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Edição n.º 1353
24/02 a 27/02/2017
 
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24/02/17 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
19:30 - Este evento inclui uma apresentação sobre um tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Local: CCVAlg
Preço: 2€
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 920
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 24/02: 55.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1967, nascia Brian Schmidt, astrónomo e astrofísico australiano que em 2011 partilhou com Saul Perlmutter e Adam Riess o Prémio Nobel da Física por fornecer evidências da aceleração da expansão do Universo.
Em 1968 foi descoberto o primeiro pulsar, por Jocelyn Bell Burnell, numa pesquisa no rádio. Hewish e Ryle, codiretores do projeto, receberam o prémio Nobel da Física em 1974 por conjugar as observações com um modelo duma estrela de neutrões em rotação. 
Em 1969 era lançada a sonda americana Mariner 6. A 31 de julho de 1969, passou a 3330 km de Marte e enviou de volta 74 imagens.
Em 1979, lançamento do satélite Solwind P78-1.
Em 1996 foi lançada a sonda POLAR para estudar a região dos pólos da Terra, uma região ativa do geoespaço.
Em 2011, voo final do vaivém Discovery.

Observações: Sirius brilha alto a sul por volta 21 horas. Usando binóculos, examine a mancha 4º para sul de Sirius. Quatro graus são aproximadamente um pouco menos do campo de visão de uns binóculos normais. Consegue ver uma pequena manchinha difusa? É o enxame aberto M41, a cerca de 2200 anos-luz de distância. Sirius, em comparação, está a apenas 8,6 anos-luz.

Dia 25/02: 56.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2007, a sonda Rosetta passa por Marte.

Observações: Trânsito de Io, entre as 00:28 e as 02:43.
Ocultação de Io, entre as 21:33 e as 23:50.

Dia 26/02: 57.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1880 nascia Kenneth Edgeworth, astrónomo irlandês conhecido por propôr a existência de um disco de corpos gelados para lá da órbita de Neptuno na década de 1940, como Gerard Kuiper publicaria dez anos depois.
Em 1966, lançamento do AS-201, do programa Apollo, o primeiro voo do foguetão Saturno IB.

Observações: Lua Nova, pelas 14:58.
Eclipse solar anular, visível ao longo de um percurso estreito que corta a América do Sul e África.

Dia 27/02: 58.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1897, nascia Bernard Lyot, inventor do coronógrafo.

Observações: As estações estão a mudar; entre as 20 e as 21 horas, a Ursa Maior está à mesma altura a nordeste que Cassiopeia a noroeste.

 
CURIOSIDADES


Última contagem de exoplanetas: 3583 planetas em 2688 sistemas planetários, 603 dos quais são múltiplos.

 
ANÃ ULTRAFRIA E OS SETE PLANETAS
Esta ilustração mostra a possível superfície de TRAPPIST-1f, um dos recém-descobertos planetas no sistema TRAPPIST-1. Usando o Telescópio Espacial Spitzer e telescópios terrestres, cientistas descobriram que existem sete planetas do tamanho da Terra no sistema.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
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O Telescópio Espacial Spitzer da NASA revelou o primeiro sistema conhecido com sete planetas do tamanho da Terra em torno de uma única estrela. Três desses planetas estão firmemente localizados na zona habitável, a área em redor da estrela hospedeira onde um planeta rochoso tem mais probabilidade de ter água líquida à sua superfície.

A descoberta estabelece um novo recorde para o maior número de planetas na zona habitável descobertos em torno de uma única estrela para lá do nosso Sistema Solar. Todos estes sete planetas poderiam ter água líquida - fundamental para a vida como a conhecemos - sob condições atmosféricas ideais, mas as probabilidades são mais altas para os três na zona habitável.

"Esta descoberta pode ser uma peça importante do quebra-cabeças de encontrar ambientes habitáveis, lugares propícios para a vida," comenta Thomas Zurbuchen, administrador associado do Diretorado de Missões Científicas da agência espacial em Washington, EUA. "A resposta à pergunta 'estamos sozinhos' é uma prioridade científica e a descoberta de tantos planetas como estes pela primeira vez, na zona habitável, é um passo notável em direção a esse objetivo."

A cerca de 40 anos-luz da Terra, o sistema planetário está relativamente perto de nós, na direção da constelação de Aquário. Dado que estão localizados para lá do nosso Sistema Solar, esses planetas são cientificamente conhecidos como exoplanetas.

Esta impressão artística mostra a vista da superfície de um dos planetas do sistema TRAPPIST-1. Há pelo menos sete planetas que orbitam esta estrela anã superfria situada a 40 anos-luz da Terra e todos eles têm aproximadamente o mesmo tamanho da Terra. Vários destes planetas encontram-se à distância certa da sua estrela para poderem ter água líquida à superfície.
Crédito: ESO/N. Bartmann/spaceengine.org
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Este sistema exoplanetário é chamado TRAPPIST-1, em nome do telescópio TRAPPIST (Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope) no Chile. Em maio de 2016, investigadores usando o TRAPPIST anunciaram a descoberta de três planetas no sistema. Assistidos por vários telescópios terrestres, incluindo o VLT (Very Large Telescope) do ESO, o Spitzer confirmou a existência de dois desses planetas e descobriu outro cinco, aumentando para sete o número de planetas conhecidos no sistema.

Os novos resultados foram publicados anteontem na revista Nature e anunciados numa conferência de imprensa na sede da NASA em Washington.

Usando dados do Spitzer, a equipa mediu com precisão os tamanhos dos sete planetas e desenvolveu as primeiras estimativas das massas de seis deles, permitindo com que a sua densidade fosse estimada.

Com base nas suas densidades, é provável que todos os planetas de TRAPPIST-1 sejam rochosos. Observações adicionais não só vão ajudar a determinar se são ricos em água, como também, possivelmente, revelar se qualquer um deles pode ter água líquida à superfície. A massa do sétimo exoplaneta, o mais distante, ainda não foi estimada - os cientistas pensam que pode ser um gelado mundo "bola de neve", mas são necessárias mais observações.

"As sete maravilhas de TRAPPIST-1 são os primeiros planetas do tamanho da Terra encontrados em órbita deste tipo de estrela," realça Michael Gillon, autor principal do artigo e investigador principal do levantamento TRAPPIST na Universidade de Lieja, Bélgica. "É também o melhor alvo, até agora, para o estudo das atmosferas de mundos tipo-Terra potencialmente habitáveis."

Esta impressão de artista mostra o possível aspeto de cada um dos planetas de TRAPPIST-1, com base em dados disponíveis sobre os seus tamanhos, massas e distâncias orbitais.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
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Em contraste com o nosso Sol, a estrela TRAPPIST-1 - classificada como uma anã ultrafria - é tão fria que a água líquida até poderá existir em planetas que orbitam muito perto dela, mais perto do que é possível em planetas do nosso Sistema Solar. Todas as sete órbitas planetárias do sistema TRAPPIST-1 estão mais perto da sua estrela-mãe do que Mercúrio está do Sol. Os planetas também estão muito próximos uns dos outros. Se uma pessoa estivesse à superfície de um destes planetas, ao olhar para cima podia, potencialmente, ver características geológicas ou nuvens nesses mundos vizinhos, que por vezes apareceriam maiores do que a Lua aparece no céu da Terra.

Os planetas também podem ter bloqueio de marés em relação à sua estrela, o que significa que o mesmo lado do planeta está sempre virado para a estrela. Portanto, em cada lado ou é sempre noite ou é sempre dia. Isto pode significar a existência de padrões meteorológicos completamente diferentes daqueles na Terra, como ventos fortes que sopram do lado diurno para o noturno, e mudanças extremas de temperatura.

Este diagrama compara as órbitas dos recém-descobertos planetas situados em torno da estrela vermelha ténue TRAPPIST-1 com as órbitas dos satélites galileanos de Júpiter e o Sistema Solar interior. Todos os planetas descobertos em órbita de TRAPPIST-1 encontram-se muito mais próximo da sua estrela do que Mercúrio se encontra do Sol, no entanto como a estrela é muito mais fraca, os planetas estão expostos a níveis de radiação semelhantes aos de Vénus, Terra e Marte no Sistema Solar.
Crédito: ESO/O. Furtak
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O Spitzer, um telescópio infravermelho que segue a Terra à medida que esta orbita o Sol, está bem adequado para o estudo de TRAPPIST-1 porque a estrela brilha mais no infravermelho, cujos comprimentos de onda são mais longos do que o olho humano consegue ver. No outono de 2016, o Spitzer observou TRAPPIST-1 quase continuamente por 500 horas. O Spitzer está unicamente posicionado na sua órbita para observar suficientes trânsitos planetários pela estrela hospedeira a fim de revelar a complexa arquitetura do sistema. Os engenheiros otimizaram a capacidade do Spitzer para observar planetas em trânsito durante a "missão quente" do Spitzer, que começou depois do líquido refrigerante da nave ter acabado, como planeado, após os primeiros cinco anos de operações.

"Este é o resultado mais emocionante que já vi nos 14 anos de operações do Spitzer," comenta Sean Carey, gestor do Centro de Ciências do Spitzer da NASA no Caltech/IPAC em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. "O Spitzer continuará, este outono, a refinar ainda mais a nossa compreensão destes planetas para que o Telescópio Espacial James Webb prossiga com os trabalhos. Mais observações do sistema vão revelar, certamente, mais dos seus segredos."

Na sequência da descoberta do Spitzer, o Telescópio Espacial Hubble da NASA iniciou o estudo de quatro dos planetas, incluindo os três situados dentro da zona habitável. Estas observações visam avaliar a presença de atmosferas densas e dominadas por hidrogénio, típicas de mundos gasosos como Neptuno, em torno desses planetas.

Este diagrama compara os tamanhos dos recém-descobertos planetas situados em torno da estrela vermelha ténue TRAPPIST-1 com os satélites galileanos de Júpiter e o Sistema Solar interior. Todos os planetas descobertos em torno de TRAPPIST-1 têm aproximadamente o mesmo tamanho da Terra.
Crédito: ESO/O. Furtak
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Em maio de 2016, a equipa do Hubble observou os dois planetas mais interiores e não encontrou evidências dessas atmosferas inchadas. Isto reforçou o caso de que os planetas mais próximos da estrela são, de facto, rochosos.

"O sistema TRAPPIST-1 fornece uma das melhores oportunidades, durante a próxima década, para estudar as atmosferas de planetas do tamanho da Terra," salienta Nikole Lewis, colíder do estudo do Hubble e astrónoma do STScI (Space Telescope Science Institute) em Baltimore, Maryland, EUA. O caçador de planetas da NASA, o Telescópio Espacial Kepler, também está a estudar o sistema TRAPPIST-1, obtendo medições das minúsculas mudanças de brilho estelar devido a trânsitos planetários. Operando na missão K2, as observações da nave vão permitir com que os astrónomos refinem as propriedades dos planetas conhecidos, bem como procurar planetas adicionais no sistema. As observações K2 terminam no final de março e serão disponibilizadas no arquivo público.

O Spitzer, o Hubble e o Kepler vão ajudar os astrónomos a planear observações de acompanhamento usando o futuro Telescópio Espacial James Webb da NASA, com lançamento previsto para 2018. Com uma sensibilidade muito maior, o James Webb será capaz de detetar as assinaturas químicas da água, do metano, do oxigénio, do ozono e de outros componentes da atmosfera de um exoplaneta. O James Webb também vai analisar as temperaturas e as pressões à superfície - fatores-chave na avaliação da habitabilidade.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
28/10/2016 - Preferencialmente, planetas do tamanho da Terra com muita água
16/09/2016 - Conheça a estrela, conheça o planeta
22/07/2016 - Hubble faz o primeiro estudo atmosférico de exoplanetas do tamanho da Terra
03/05/2016 - Três mundos potencialmente habitáveis em torno de uma estrela anã muito fria

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
ESO (comunicado de imprensa)
Universidade de Lieja (comunicado de imprensa)
NASA & TRAPPIST-1: Um Tesouro Planetário (NASA/JPL via YouTube)
NASA VR: À Superfície do Planeta TRAPPIST-1d (NASA/JPL via YouTube)
Artigo científico - Nature
Artigo científico (PDF)
"Short story" sobre TRAPPIST-1 por Laurence Suhner (Nature)
Mais recursos sobre TRAPPIST-1 (NASA)
reddit IAmA (entrevista com os cientistas)
Nature
Science
Astronomy
Sky & Telescope
The Planetary Society
SPACE.com
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SPACE.com - 3
SPACE.com - 4
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Jornal de Notícias
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Diário de Notícias - 2
Observador
Observador - 2
ZAP.aeiou

TRAPPIST-1:
Wikipedia
Open Exoplanet Catalogue
TRAPPIST-1b (Wikipedia)
TRAPPIST-1b (Exoplanet.eu) 
TRAPPIST-1c (Wikipedia) 
TRAPPIST-1c (Exoplanet.eu)
TRAPPIST-1d (Wikipedia)
TRAPPIST-1d (Exoplanet.eu)
TRAPPIST-1e (Wikipedia)
TRAPPIST-1e (Exoplanet.eu)
TRAPPIST-1f (Wikipedia)
TRAPPIST-1f (Exoplanet.eu)
TRAPPIST-1g (Wikipedia)
TRAPPIST-1g (Exoplanet.eu)
TRAPPIST-1h (Wikipedia)
TRAPPIST-1h (Exoplanet.eu)

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro de Ciência Spitzer 
Wikipedia

Telescópio TRAPPIST:
Página oficial (Universidade de Lieja)
ESO
Wikipedia

VLT:
Página oficial
Wikipedia

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
K2 (NASA)
Arquivo de dados do Kepler
Arquivo de dados da missão K2
Descobertas planetárias do Kepler
Wikipedia

JWST (Telescópio Espacial James Webb):
NASA
STScI
ESA
Wikipedia

 
AINDA DESCONTENTE ACERCA DE PLUTÃO? E QUE TAL 110 PLANETAS NO SISTEMA SOLAR?

Em 2006, durante a sua 26.ª Assembleia Geral, a UAI (União Astronómica Internacional) adotou uma definição formal do termo "planeta". Isto foi feito na esperança de dissipar a ambiguidade sobre quais os corpos que deveriam ser designados "planetas", uma questão que atormentava os astrónomos desde que descobriram objetos para lá da órbita de Neptuno comparáveis, em tamanho, com Plutão.

Escusado será dizer que a definição que adotaram resultou num certo grau de controvérsia pela comunidade astronómica e pelo público em geral. Por esta razão, uma equipa de cientistas planetários - que inclui o famoso "defensor de Plutão" Alan Stern - reuniu-se para propor um novo significado para o termo "planeta". Com base na sua definição geofísica, o termo aplicar-se-ia a mais de 100 corpos no Sistema Solar, incluindo a própria Lua.

A definição atual da UAI (conhecida como Resolução 5A) esclarece que um planeta é definido com base nos seguintes critérios:

1 - Um "planeta" é um corpo celeste que (a) orbita o Sol, (b) possui massa suficiente para que a sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido, de modo que assume uma forma de equilíbrio hidrostático (quase redondo), e (c) que tenha "limpo" a sua vizinhança orbital.

2 - Um "planeta anão" é um corpo celeste que (a) orbita o Sol, (b) possui massa suficiente para que a sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido, de modo que assume uma forma de equilíbrio hidrostático (quase redondo), (c) que não tenha "limpo" a sua vizinhança orbital, e (d) não é um satélite.

3 - Todos os outros objetos, exceto os satélites, em órbita do Sol, serão referidos coletivamente como "Corpos Pequenos do Sistema Solar".

Por causa destes critérios, Plutão deixou de ser considerado planeta e foi classificado como "planeta anão", plutoide, plutino, Objeto Transneptuniano ou Objeto da Cintura de Kuiper. Além disso, corpos como Ceres, e objetos transneptunianos recém-descobertos como Éris, Haume, Makemake e similares, também foram designados "planetas anões". Naturalmente, esta definição não foi bem aceite por alguns, entre eles determinados geólogos planetários.

Ilustração dos tamanhos relativos, albedos e cores dos maiores objetos transneptunianos.
Crédito: Wikipedia
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Liderada por Kirby Runyon - estudante de doutoramento do Departamento de Ciências Terrestres e Planetárias da Universidade Johns Hopkins - esta equipa inclui cientistas do SwRI (Southwest Research Institute, Instituto de Pesquisa do Sudoeste) em Boulder, Colorado, EUA; do NOAO (National Optical Astronomy Observatory) em Tucson, Arizona, EUA; do Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, EUA; e do Departamento de Física e Astronomia da Universidade George Mason.

O seu estudo - intitulado "A Geophysical Planet Definition", foi recentemente disponibilizado e aborda o que a equipa vê como a necessidade de uma nova definição que leve em conta as propriedades geofísicas de um planeta. Por outras palavras, acreditam que um planeta assim deve ser designado com base nas suas propriedades intrínsecas, em vez das suas propriedades orbitais ou extrínsecas.

A partir deste conjunto mais básico de parâmetros, Runyon e colegas sugeriram a seguinte definição:

"Um planeta é um corpo de massa subestelar que nunca sofreu fusão nuclear e que cuja gravidade é suficiente para assumir uma forma esferoidal adequadamente descrita por uma elipsoide triaxial, independentemente dos seus parâmetros orbitais."

Esta definição é uma tentativa de estabelecer algo que é útil para todos os envolvidos no estudo da ciência planetária, que sempre incluiu geólogos. Runyon afirma: "a definição da UAI é útil para os astrónomos planetários preocupados com as propriedades orbitais dos corpos do Sistema Solar, e pode capturar a essência do que um 'planeta' é para eles. A definição não é útil para os geólogos planetários. Eu estudo paisagens e como as paisagens evoluem. Também me aborreceu que a UAI decidisse sozinha algo que os geólogos também usam.

"Graças ao modo como o nosso cérebro evoluiu, nós fazemos sentido do Universo através da classificação das coisas. A Natureza existe num continuum, não em caixas discretas. No entanto nós, como seres humanos, precisamos de classificar coisas a fim de trazer ordem ao caos. Ter uma definição da palavra planeta, que expressa o que pensamos que um planeta deve ser, é concordante com o desejo de trazer ordem ao caos e de compreender o Universo."

Plutão preenche quase o campo de visão do instrumento LORRI a bordo da sonda New Horizons, numa imagem capturada dia 13 de julho de 2015, quando a sonda estava a 768.000 km da superfície.
Crédito: NASA/APL/SwRI
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A nova definição também tenta abordar muitos dos aspetos mais "pegajosos" da definição adotada pela UAI. Por exemplo, aborda a questão de orbitar ou não o Sol - o que se aplica àqueles encontrados em torno de outras estrelas (os exoplanetas). Além disso, de acordo com esta nova definição, os planetas "fugitivos" ou "flutuantes", que foram expulsos dos seus sistemas estelares, não são, tecnicamente, planetas.

E, em seguida, há a questão problemática da "limpeza da vizinhança." Como tem sido enfatizado por muitos que rejeitam a definição da UAI, planetas como a Terra não satisfazem a qualificação, uma vez que pequenos novos corpos estão a ser constantemente injetados em órbitas que atravessam o planeta - os NEOs (Near-Earth Objects). Além disso, esta definição proposta procura resolver o que é indiscutivelmente um dos aspetos mais lamentáveis da resolução de 2006 da UAI.

"A maior motivação, para mim, é: de cada vez que falo sobre isto ao público em geral, as pessoas comentam logo que 'Plutão já não é um planeta'," comenta Runyon. "O interesse das pessoas num corpo parece ligado com a presença ou ausência do rótulo 'planeta'. Eu quero deixar bem claro na mente do público, o que realmente é um planeta. A definição da UAI não se ajusta à minha intuição e acho que também não se ajusta à intuição das outras pessoas."

O estudo foi preparado para a 49.ª Conferência de Ciência Planetária e Lunar. Esta conferência anual - que terá lugar entre os dias 20 e 24 de março em Houston, no estado norte-americano do Texas - envolverá especialistas de todos os cantos do mundo que se reúnem para partilhar os mais recentes achados da ciência planetária. Aqui, Ruynon e colegas esperam apresentá-lo como parte do Evento de Educação e Envolvimento Público.

"Escolhemos publicá-lo nesta secção da conferência dedicada à educação," salienta. "Especificamente, quero influenciar os professores sobre a definição que podem ensinar aos alunos. Esta não é a primeira vez que alguém propõe uma definição que não a proposta pela UAI. Mas poucos falam sobre educação. Falam entre os pares e faz-se pouco progresso. Quero divulgar o estudo numa secção que alcance os professores."

Esta imagem do planeta anão Ceres foi capturada pela sonda Dawn da NASA no dia 19 de fevereiro de 2015 a uma distância de 46.000 quilómetros. Segundo a definição proposta por Runyon, corpos como Ceres e até a Lua seriam considerados "planetas".
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Naturalmente, há aqueles que podem levantar dúvidas sobre como esta definição poderia levar a demasiados planetas. Se a propriedade intrínseca do equilíbrio hidrostático é o único qualificador real, então corpos grandes como Ganimedes, Europa e a Lua também seriam considerados planetas. Dado que esta definição resultaria num Sistema Solar com 110 "planetas", temos que nos perguntar se talvez seja demasiado inclusivo. No entanto, Runyon não está preocupado com estes números.

"Cinquenta estados são muitos para memorizar, 88 constelações são muitas para memorizar," comenta. "Quantas estrelas existem no céu? Porque é que precisamos de ter um número memorável? Como é que isso lida com a definição? Se percebermos que a tabela periódica está organizada com base no número de protões, não precisamos de memorizar todos os elementos atómicos. Não há lógica na definição da UAI quando argumentam que existem demasiados planetas no Sistema Solar."

Desde a sua publicação que perguntaram muitas vezes a Runyon se pretende apresentar esta proposta à UAI para sanção oficial. Ao que Runyon simplesmente respondeu:

"Não. Porque partimos do princípio que a UAI é que detém o poder para dizer qual é a definição. Nós, no campo da ciência planetária, não precisamos da definição da UAI. A definição de palavras baseia-se, em parte, na forma como são utilizadas. Se a definição geofísica é a definição que as pessoas usam e que os professores ensinam, então esta tornar-se-á, de facto, a definição, apesar dos votos da UAI em Praga."

Independentemente da opinião das pessoas sobre a definição de planeta pela UAI (ou a proposta por Runyon e colegas), é claro que o debate está longe do fim. Antes de 2006, não havia definição exata do termo planeta; e "a toda a hora" são descobertos novos corpos astronómicos que desafiam as nossas noções do que constitui um planeta. No final, é o processo de descoberta que conduz os esquemas de classificação, não o contrário.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
26/08/2011 - Cinco anos depois, despromoção de Plutão é ainda controversa
14/06/2008 - Plutão é agora um "plutóide"
15/09/2006 - 2003 UB313 passa a chamar-se Éris
29/08/2006 - Nova definição de planeta sob fogo cerrado
25/08/2006 - Plutão deixa de ser planeta principal
22/08/2006 - Plutão ainda pode deixar de ser planeta
18/08/2006 - Os nove planetas irão tornar-se doze com a nova definição
15/08/2006 - Destino de Plutão como planeta com resolução para breve
27/09/2005 - Termo "planeta" poderá em breve ter adjectivos
05/08/2005 - Debate acerca do termo "planeta" aquece
30/07/2005 - Descoberto um objecto maior que Plutão, já apelidado de 10.º planeta
10/02/2005 - UB313 maior que Plutão

Notícias relacionadas:
Uma definição geofísica de "planeta" (PDF)
Universe Today
SPACE.com
PHYSORG

Definição de planeta:
Wikipedia
Definição de planeta pela UAI (Wikipedia)
"Limpando a vizinhança" (Wikipedia)

União Astronómica Internacional:
Página oficial
Centro de Planetas Menores

Plutão:
Wikipedia
Nine Planets
NASA

Planetas flutuantes:
Wikipedia


 

Adenda do Núcleo de Astronomia do CCVAlg:

Independentemente da opinião de Runyon e de quem rejeita a atual definição do termo "planeta" pela UAI, quer parecer, ao Núcleo de Astronomia do CCVAlg, que existe uma certa má interpretação no que concerne ao significado de "limpar a vizinhança orbital". Facto que é compreensível, visto que não está, de todo, explicado na resolução da UAI de 2006.

A "limpeza orbital" diz respeito, especificamente, ao domínio gravitacional da sua região e a objetos de tamanho similar (ou maior), não a "todos" os objetos dessa vizinhança:

  • não há nenhum outro objeto do tamanho da Terra, na vizinhança orbital da Terra;
  • não há nenhum objeto do tamanho de Saturno, na vizinhança orbital de Saturno;
  • etc.

Aplicando o mesmo critério, Plutão tem vizinhos orbitais de tamanho idêntico - objetos da Cintura de Kuiper como Éris - e não tem domínio gravitacional da sua região, pois a órbita de Plutão é afetada pela gravidade de Neptuno. Assim sendo, falha a classificação de planeta e, por essas razões, foi despromovido para "planeta anão".

O Núcleo de Astronomia do CCVAlg concorda que a definição seja revista, mas para melhor explicar o significado desta "limpeza orbital da vizinhança" e para adicionar os termos "exoplaneta" e "planetas flutuantes ou fugitivos". Quem sabe, também usando o argumento da ausência de fusão nuclear da definição de Runyon e colegas.

 
NOVOS DADOS SOBRE DOIS ASTEROIDES DISTANTES DÃO PISTAS SOBRE POSSÍVEL "PLANETA NOVE"

As propriedades dinâmicas destes asteroides, observados espectroscopicamente pela primeira vez usando o Gran Telescopio CANARIAS, sugerem uma possível origem comum e dão uma pista para a existência de um planeta para lá de Plutão, o chamado "Planeta Nove".

Representação esquemática das órbitas de seis dos sete objetos transneptunianos extremos (ETNOs) usados para propôr a hipótese do "Planeta Nove". A elipse tracejada mostra a órbita deste possível planeta.
Crédito: Wikipedia
(clique na imagem para ver versão maior)
 

No ano 2000 foi descoberto o primeiro de uma nova classe de objetos do Sistema Solar distante, orbitando o Sol a uma distância maior do que a de Neptuno: os objetos transneptunianos extremos (em inglês extreme trans Neptunian objects, ou ETNOs). As suas órbitas estão muito longe do Sol em comparação com a da Terra. Nós orbitamos o Sol a uma distância média de 1 Unidade Astronómica (1 UA corresponde a 150 milhões de quilómetros), mas os ETNOs orbitam a mais de 150 UA. Para termos uma ideia de quão longe estão, a órbita de Plutão ronda as 40 UA e a sua maior aproximação ao Sol (periélio) situa-se nas 30 UA. Esta descoberta marcou um ponto de viragem nos estudos do Sistema Solar e, até agora, foram identificados um total de 21 ETNOs.

Recentemente, vários estudos sugeriram que os parâmetros dinâmicos dos ETNOs podem ser melhor explicados se existisse um ou mais planetas com massas várias vezes a da Terra orbitando o Sol a distância de centenas de UA. Em particular, em 2016 os investigadores Brown e Batygin usaram as órbitas de sete ETNOs para prever a existência de uma "superterra" em órbita do Sol a cerca de 700 UA. Esta gama de massas é denominada subneptuniana. Esta ideia é referida como Hipótese do Planeta Nove e é um dos temas atuais de mais interesse na ciência planetária. No entanto, dado que os objetos estão tão distantes, a luz que recebemos deles é muito fraca e até agora o único dos 21 objetos transneptunianos observados espectroscopicamente era Sedna.

Agora, uma equipa de investigadores liderados pelo Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), em colaboração com a Universidade Complutense de Madrid, deu um passo em direção à caracterização física destes corpos e, através do seu estudo, confirmar ou refutar a Hipótese do Planeta Nove. Os cientistas fizeram as primeiras observações espectroscópicas de 2004 VN112 e 2013 RF98, ambos particularmente interessantes dinamicamente porque as suas órbitas são quase idênticas e os polos das órbitas estão separados por um ângulo muito pequeno. Isto sugere uma origem comum e as suas órbitas atuais podem ser o resultado de uma interação passada com o hipotético Planeta Nove. Este estudo, recentemente publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, sugere que este par de ETNOs foi um asteroide binário que se separou depois de um encontro com um planeta para lá da órbita de Plutão.

Sequência de imagens obtidas com o GTC (Gran Telescopio Canarias) para identificar um dos ETNOs estudados neste artigo, 2013 RF98, onde podemos ver como se move durante quatro noites consecutivas. À direita está o espectro visível obtido com o GTC dos dois objetos 2004 VN112 e 2013 RF98. As linhas vermelhas mostram os gradientes do espectro.
Crédito: Julia de León (IAC)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Para chegar a estas conclusões, fizeram as primeiras medições espectroscópicas de 2004 VN112 e 2013 RF98 no visível. Estas foram realizadas em colaboração com os astrónomos Gianluc Lombardi e Ricardo Scarpa, usando o espectrógrafo OSIRIS acoplado ao Gran Telescopio CANARIAS (GTC), situado no Observatório Roque de los Muchachos (Garafía, La Plama). Foi um trabalho árduo identificar estes asteroides porque a sua grande distância significa que o seu movimento aparente no céu é muito lento. Então, mediram as suas magnitudes aparentes (o seu brilho visto a partir da Terra) e também recalcularam a órbita de 2013 RF98, que tinha sido mal determinada. Descobriram este objeto a uma distância de mais de um minuto de arco da posição prevista a partir das efemérides. Estas observações ajudaram a melhorar a órbita computacional e foram publicadas pelo Centro de Planetas Menores, o organismo responsável pela identificação de cometas e planetas menores (asteroides), bem como pelas medições dos seus parâmetros e posições orbitais.

O espectro visível pode também dar algumas informações sobre a sua composição. Medindo a inclinação do espectro, podemos ficar a saber se têm gelo puro às suas superfícies, como é o caso de Plutão, bem como compostos de carbono altamente processados. O espectro também pode indicar a possível presença de silicatos amorfos, como nos asteroides troianos associados com Júpiter. Os valores obtidos para 2014 VN112 e 2013 RF98 são quase idênticos e semelhantes àqueles observados fotometricamente para outros dois ETNOs, 2000 CR105 e 2012 VP113. No entanto, Sedna, o único destes objetos previamente observado espectroscopicamente, mostra valores muitos diferentes dos restantes. Estes cinco objetos fazem parte do grupo de sete usados para testar a Hipótese do Planeta Nove, o que sugere que todos deveriam ter uma origem comum, à exceção de Sedna, que se pensa ter vindo da parte interna da nuvem de Oort.

"Os gradientes espectrais semelhantes observados para o par 2004 VN112 - 2013 RF98 sugerem uma origem física comum," explica Julia de León, a autora principal do artigo, astrofísica do IAC. "Estamos a propor a possibilidade de terem sido anteriormente um asteroide binário que se afastou durante um encontro com um objeto mais massivo." Para validar esta hipótese, a equipa realizou milhares de simulações numéricas para ver como os polos das órbitas se separariam com o passar do tempo. Os resultados destas simulações sugerem que um possível Planeta Nove, com uma massa entre 10 e 20 massas terrestres, orbitando o Sol a uma distância entre 300 e 600 UA, pode ter desviado o par 2004 VN112 - 2013 RF98 há cerca de 5 a 10 milhões de anos atrás. Isto poderia explicar, em princípio, como estes dois asteroides, que começaram como um par em órbita um do outro, se separaram gradualmente nas suas órbitas porque fizeram uma aproximação a um objeto muito mais massivo num momento particular do seu passado.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
21/10/2016 - Inclinação curiosa do Sol atribuída ao Planeta Nove
30/08/2016 - Caça ao Planeta Nove revela novos objetos extremamente distantes no Sistema Solar
06/05/2016 - Planeta Nove: um mundo que não devia existir
12/04/2016 - Planeta 9 toma forma; Cassini não é afetada
26/02/2016 - Procurando o Planeta Nove
22/01/2016 - Cientistas encontram evidências teóricas de um nono planeta

Notícias relacionadas:
Instituto de Astrofísica das Canárias (comunicado de imprensa)
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Artigo científico (arXiv.org)
Universe Today
Space Daily
PHYSORG

Planeta Nove:
Wikipedia

2004 VN112:
Wikipedia

2013 RF98:
Wikipedia

Sedna:
Wikipedia

2000 CR105:
Wikipedia

2012 VP113:
Wikipedia

 
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ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - A Tulipa e Cygnus X-1
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ivan Eder
 
Esta imagem telescópica de uma brilhante região de emissão no plano da nossa Via Láctea está apontada na direção da constelação de Cisne, rica em nebulosas. Com o nome popular de Nebulosa da Tulipa, a nuvem brilhante e avermelhada de gás e poeira interestelar encontra-se também no catálogo de 1959 do astrónomo Stewart Sharpless com o nome de Sh2-101. A cerca de 8000 anos-luz de distância e com 70 anos-luz de diâmetro, a linda e complexa nebulosa floresce no centro desta composição. A radiação ultravioleta de estrelas jovens e energéticas na orla da associação OB3 de Cisne, incluindo a estrela do tipo-O, HDE 227018, ioniza os átomos e alimenta a emissão da Nebulosa da Tulipa. HDE 227018 é a brilhante estrela perto do centro da nebulosa. Também no campo de visão está uma das fontes mais fortes de raios-X do céu do planeta Terra, o microquasar Cygnus X-1. Alimentado por jatos poderosos do disco de acreção de um buraco negro, a sua ténue e curva frente de choque é visível para cima e para a direita, logo para lá das pétalas da Tulipa cósmica.
 

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