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  Astroboletim #1599  
  05/07 a 08/07/2019  
     
 
Efemérides

Dia 05/07: 186.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1687, era publicado o Philosophiae Naturalis Principia Mathematica de Isaac Newton.

Pela primeira vez era dada uma explicação para a causalidade do movimento dos planetas e satélites.
Em 2016, a sonda Juno chega a Júpiter.
Observações: Ao lusco-fusco, procure Régulo a surgir para a esquerda da Lua Crescente.
A Ursa Maior, alta a noroeste após o cair da noite, começa a dar a voltar para "ir buscar água" ao longo das noites de verão e princípio de outono.

Dia 06/07: 187.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2003, o radar planetário de Yevpatoria, com 70 metros, envia uma mensagem METI para 5 estrelas: Hip 4872HD 24540955 CancriHD 10307 e 47 Ursae Majoris, que chegará em 2036, 2040, 2044 e 2049, respetivamente.

Observações: Eclipse de Io, entre as 00:41 e as 03:00.
Trânsito de Io, entre as 21:26 e as 23:42.
Trânsito da sombra de Io, entre as 22:03 e as 00:20 (já de dia 7).

Dia 07/07: 188.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1959, Vénus oculta a estrela Régulo. Este evento raro é usado para determinar o diâmetro de Vénus e a estrutura da atmosfera venusiana.
Em 1988, era lançada a sonda soviética Phobos 1

Infelizmente a sonda perdeu-se no caminho até Marte devido a uma má atualização do software a 29/30 de agosto. Este erro impediu o alinhamento correto dos painéis solares com o Sol, o que esgotou a bateria.
Em 2003, lançamento do rover Opportunity da NASA, a bordo de um foguetão Delta II.
Em 2015, a sonda New Horizonscapta uma fotografia de Plutão a 12,8 milhões de quilómetros e descobre o seu "coração".
Observações: Ocultação de Ganimedes, entre as 03:58 e as 06:39.
Conhece as três duplas do topo de Escorpião? A cabeça da constelação de Escorpião - a fila quase vertical de três estrelas para cima e para a direita de Antares - está alta a sul por estas noites. A estrela de cima é Beta Scorpii ou Graffias, uma boa estrela dupla para telescópios.
A apenas 1º para baixo ou para baixo e para a esquerda (uma ponta de um dedo à distância do braço esticado) está o par largo Omega^1 e Omega^2 Scorpii, visível a olho nu, não bem na vertical. Os binóculos mostram a sua ligeira diferença de cor.
Para cima e para a esquerda de Beta, a cerca de 1,6º, está Nu Scorpii (Jabbah), outro bom duplo telescópico. Um alto poder de ampliação e um céu limpo e escuro revelam que o componente mais brilhante de Nu é ele próprio uma estrela dupla, com uma separação de 2 segundos de arco.

Dia 08/07: 189.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2011, o vaivém espacial Atlantis é lançado na sua missão final.

Observações: Ocultação de Europa, entre as 04:05 e as 06:40.
Eclipse de Europa, entre as 05:20 e as 08:00.
Esta noite a Lua encontra-se quase no ponto médio entre Espiga (a estrela brilhante para a sua esquerda) e Denébola (a estrela brilhante para a sua direita).

 
     
 
Curiosidades


O nosso planeta Terra tem uma atmosfera proporcionalmente mais fina que a casca de uma maçã.

 
 
   
Hubble e Spitzer revelam atmosfera de planeta de tamanho médio

Dois telescópios espaciais da NASA uniram forças para identificar, pela primeira vez, a "impressão digital" química detalhada de um planeta com tamanho intermédio entre o da Terra e o de Neptuno. Não existe nenhum planeta como este no nosso Sistema Solar, mas são comuns em torno de outras estrelas.

O planeta, Gliese 3470 b (também conhecido como GJ 3470 b), pode ser um cruzamento entre a Terra e Neptuno, com um grande núcleo rochoso enterrado sob uma profunda atmosfera de hidrogénio e hélio. Com 12,6 massas terrestres, o planeta é mais massivo do que a Terra, mas menos massivo que Neptuno (que tem mais de 17 massas terrestres).

Muitos mundos semelhantes já foram descobertos pelo observatório espacial Kepler da NASA, cuja missão terminou em 2018. De facto, 80% dos planetas na nossa Galáxia podem cair nesta gama de massas. No entanto, os astrónomos nunca foram capazes de compreender a natureza química de tal planeta. Até agora.

 
Esta impressão de artista mostra a estrutura interna teórica do exoplaneta GJ 3470 b. É totalmente diferente de qualquer planeta do Sistema Solar. Com 12,6 massas terrestres, o planeta é mais massivo do que a Terra mas menos massivo do que Neptuno. E, ao contrário de Neptuno, que está a 4,5 mil milhões de quilómetros do Sol, GJ 3470 b pode ter sido formado muito perto da sua estrela anã vermelha, como um objeto seco e rochoso. Atraíu, depois, gravitacionalmente, hidrogénio e hélio de um disco protoplanetário para formar uma espessa atmosfera. O disco dissipou-se há milhares de milhões de anos e o planeta parou de crescer. A ilustração de baixo mostra o aspeto do disco. Através das observações com os telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA, os cientistas conseguiram analisar quimicamente a composição da atmosfera muito limpa e profunda de GJ 3470 b, fornecendo pistas sobre as origens do planeta. Existem, na Via Láctea, muitos planetas com esta massa.
Crédito: NASA, ESA e L. Hustak (STScI)
 

Ao fazerem um inventário do conteúdo da atmosfera de GJ 3470 b, os astrónomos conseguiram descobrir pistas sobre a natureza e origem do planeta.

"Esta é uma grande descoberta, da perspetiva da formação planetária. O planeta orbita muito perto da estrela e é bem menos massivo do que Júpiter - que tem 318 vezes a massa da Terra - mas conseguiu acumular a atmosfera primordial de hidrogénio/hélio que em grande não está 'poluída' por elementos mais pesados," comentou Björn Benneke da Universidade de Montreal, no Canadá. "Não temos nada assim no Sistema Solar e é isso que o torna tão impressionante."

Os astrónomos recrutaram as capacidades combinadas de vários comprimentos de onda dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA para fazer um estudo inédito da atmosfera de GJ 3470 b.

Tal foi conseguido medindo a absorção da luz estelar à medida que o planeta passava em frente (ou "transitava") da sua estrela e a perda da luz refletida do planeta quando passava por trás (eclipse) da estrela. Os telescópios espaciais observaram 12 trânsitos e 20 eclipses. A ciência de analisar as impressões digitais químicas com base na luz é chamada "espectroscopia".

"Pela primeira vez, temos uma assinatura espectroscópica de tal mundo," disse Benneke. Mas tem muitas dúvidas quanto à sua classificação: deverá ser chamado de "super-Terra" ou "sub-Neptuno?" Ou talvez outro nome?

Por sorte, a atmosfera de GJ 3470 b mostrou-se na maior parte limpa, com apenas neblinas finas, permitindo que os cientistas examinassem profundamente a atmosfera.

"Esperávamos uma atmosfera fortemente enriquecida com elementos mais pesados, como oxigénio e carbono, que formam vapor de água e metano abundantes, de modo idêntico ao que vemos em Neptuno," explicou Benneke. "Em vez disso, encontramos uma atmosfera tão pobre em elementos pesados que a sua composição se assemelha à composição rica em hidrogénio e hélio do Sol."

Pensa-se que outros exoplanetas, chamados "Júpiteres quentes", se formem longe das suas estrelas e, com o tempo, migrem para muito mais perto. Mas este planeta parece ter sido formado exatamente onde está hoje, acrescentou Benneke.

A explicação mais plausível, segundo Benneke, é que GJ 3470 b nasceu precariamente perto da sua estrela anã vermelha, que tem mais ou menos metade da massa do nosso Sol. Ele teoriza que, essencialmente, começou como uma rocha seca e rapidamente acretou hidrogénio de um disco primordial de gás quando a sua estrela era ainda muito jovem. Ao disco chamamos "disco protoplanetário".

"Estamos a ver um objeto que foi capaz de acumular hidrogénio a partir do disco protoplanetário, mas não fugiu para se tornar um Júpiter quente," salientou Benneke. "Este é um regime intrigante."

Uma explicação é que o disco se dissipou antes que o planeta pudesse aumentar ainda mais. "O planeta ficou preso sendo um sub-Neptuno," disse Benneke.

O Telescópio Espacial James Webb da NASA será capaz de investigar ainda mais profundamente a atmosfera de GJ 3470 b, graças à sua sensibilidade sem precedentes no infravermelho. Os novos resultados já suscitaram grande interesse por parte de equipas norte-americanas e canadianas que estão a desenvolver os instrumentos do Webb. As equipas vão observar os trânsitos e os eclipses de GJ 3470 b no visível, onde as neblinas atmosféricas se tornam cada vez mais transparentes.

// NASA (comunicado de imprensa)
// JPL/NASA (comunicado de imprensa)
// Hubblesite (comunicado de imprensa)
// Universidade de Montreal (comunicado de imprensa)
// Caltech (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Nature Astronomy)

 


Saiba mais

Notícias relacionadas:
Science
Astronomy
Universe Today
ScienceDaily
Discover
PHYSORG

GJ 3470 b:
NASA
Exoplanet.eu
Open Exoplanet Catalogue
Wikipedia

Exoplanetas:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro Espacial Spitzer 
Wikipedia

JWST (Telescópio Espacial James Webb):
NASA
STScI
ESA
Wikipedia

 
   
InSight da NASA destapa a "toupeira"
 
No dia 28 de junho de 2019, o "lander" InSight da NASA usou o seu braço robótico para mover a estrutura de suporte do seu instrumento que escava, informalmente chamado de "toupeira". Estas imagens foram capturadas pelo ICC (Instrument Context Camera) situado por baixo do convés do módulo.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Aqui está a "toupeira": o espigão sensível ao calor que o módulo InSight da NASA implantou na superfície de Marte é agora visível. A semana passada, o braço robótico do "lander" removeu com sucesso a estrutura de apoio da toupeira, que não tem conseguido escavar, e colocou-a de lado. O tirar a estrutura do caminho dá à equipa da missão uma vista da toupeira - e talvez uma maneira de a ajudar a cavar.

"Concluímos o primeiro passo do nosso plano para salvar a toupeira," disse Troy Hudson, cientista e engenheiro da missão InSight no JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. "Ainda não terminámos. Mas, por enquanto, toda a equipa está empolgada porque estamos muito mais perto de fazer a toupeira mexer-se novamente."

Parte de um instrumento chamado HP3 (Heat Flow and Physical Properties Package), a toupeira que se martela a ela própria está construída para escavar até 5 metros e obter a temperatura de Marte. Mas a toupeira não conseguiu escavar mais do que 30 centímetros, de modo que no dia 28 de fevereiro de 2019 a equipa ordenou que o instrumento parasse de martelar para que pudessem determinar os próximos passos.

Os cientistas e engenheiros têm realizado testes no JPL para salvar a toupeira, que lidera a missão InSight, bem como no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), que forneceu o HP3. Com base nos testes do DLR, o solo pode não fornecer o tipo de fricção para o qual a toupeira foi projetada. Sem esta fricção para balançar o recuo do movimento de auto-martelamento, a toupeira simplesmente salta no lugar em vez de cavar.

 
No dia 28 de junho de 2019, o "lander" InSight da NASA usou o seu braço robótico para mover a estrutura de suporte do seu instrumento que escava, informalmente chamado de "toupeira". Estas imagens foram capturadas pelo IDC (Instrument Deployment Camera) no braço robótico do módulo.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Um sinal deste inesperado tipo de solo é aparente em imagens obtidas por uma câmara no braço robótico: formou-se um pequeno buraco em torno da toupeira enquanto esta martelava.

"As imagens vindas de Marte confirmam o que vimos nos nossos testes cá na Terra," disse o cientista do projeto HP3 Mattias Grott, do DLR. "Os nossos cálculos estavam corretos: este solo coeso está a compactar-se em paredes à medida que a toupeira martela."

A equipa quer pressionar o solo perto deste buraco usando uma pequena pá na ponta do braço robótico. A esperança é que isso colapse a cova e forneça a fricção necessária para a toupeira cavar.

Ainda é possível que a toupeira tenha atingido uma rocha. Embora a toupeira esteja construída para empurrar pequenas pedras para fora do caminho ou para se desviar em torno delas, as maiores impedem o avanço do espigão. É por isso que a missão selecionou cuidadosamente um local de aterragem que provavelmente teria menos rochas em geral e rochas mais pequenas perto da superfície.

A garra do braço robótico não foi projetada para levantar a toupeira assim que fique fora da sua estrutura de suporte, de modo que não será capaz de a realocar caso uma rocha esteja a bloquear o seu progresso.

A equipa vai discutir os próximos passos a tomar com base numa análise cuidadosa. No final do mês, depois de soltarem a garra do braço da estrutura de suporte, vão fotografar em mais detalhe a toupeira.

// NASA (comunicado de imprensa)
// Perguntas e respostas sobre a "toupeira" do InSight (NASA)

 


Saiba mais

Cobertura da missão InSight pelo CCVAlg:
26/04/2019 - InSight captura áudio do seu primeiro sismo marciano
08/03/2019 - "Toupeira" do InSight faz uma pausa na escavação
19/02/2019 - InSight prepara-se para medir a temperatura de Marte
08/02/2019 - Sismómetro do InSight tem agora um abrigo aconchegante em Marte
21/12/2018 - InSight coloca primeiro instrumento no solo marciano
11/12/2018 - Lander InSight "ouve" ventos marcianos
27/11/2018 - "Lander" InSight aterra em Marte
23/11/2018 - InSight aterra em Marte no dia 26
20/11/2018 - Local de aterragem do InSight é perfeitamente "chato"
08/05/2018 - InSight a caminho de Marte
03/04/2018 - NASA pronta para estudar o coração de Marte
03/04/2018 - Sismos marcianos podem revolucionar ciência planetária
21/08/2012 - Nova missão da NASA vai estudar directamente e pela primeira vez o interior de Marte

Notícias relacionadas:
The Planetary Society
Sky & Telescope
SPACE.com
Universe Today
Spaceflight Now
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InSight:
NASA
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Marte:
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Desaparecimento do metano em Marte: investigadores propõem novo mecanismo como explicação
 
Simulação da erosão do vento em Marte. A ampola de quartzo contém partículas de basalto olivina e uma atmosfera semelhante à de Marte. Ao agitar a ampola, os investigadores simulam um cenário gerado pelo vento, ou seja, o vento faz com que os grãos de areia saltem sobre a superfície. O atrito das partículas cria cargas elétricas e a estrela amarela ilustra que um átomo de árgon perdeu um eletrão. As pequenas cargas elétricass fazem com que as partículas brilhem ligeiramente, conforme ilustrado nas quatro imagens à direita.
Crédito: Laboratório de Simulação de Marte, Universidade de Aarhus
 

Os processos por trás da libertação e do consumo de metano em Marte são já discutidos desde que o elemento químico foi medido pela primeira vez há aproximadamente 15 anos atrás. Agora, um grupo multidisciplinar de investigação da Universidade de Aarhus (Dinamarca) propôs um processo físico-químico anteriormente negligenciado que pode explicar o consumo de metano.

Há cerca de 15 anos atrás, estaríamos a ler pela primeira vez acerca de metano na atmosfera de Marte. Isto despertou grande interesse, também fora dos círculos científicos, já que o metano, com base no nosso conhecimento do elemento cá na Terra, é considerado uma bioassinatura, isto é, sinais de atividade biológica e, portanto, vida.

Nos anos seguintes, pudemos ler artigos que informaram alternativamente sobre a presença e ausência de metano. Esta variação levou a dúvidas sobre a precisão das primeiras medições de metano. Medições recentes de metano na atmosfera de Marte mostraram agora que a sua dinâmica é bastante real e o facto de que às vezes apenas podem ser medidas apenas concentrações muito baixas pode ser atribuído a um mecanismo por descobrir que faz com que o metano desapareça da atmosfera e não a uma medição incorreta.

As fontes de metano ou as causas do seu desaparecimento, até ao momento, ainda não foram identificadas. Especialmente esta última, o rápido desaparecimento do metano, carece de uma explicação plausível. O mecanismo mais óbvio, nomeadamente a degradação fotoquímica do metano provocada pela radiação UV, não pode explicar o rápido desaparecimento do metano, pré-requisito para a explicação da dinâmica.

Erosão e química

Um grupo multidisciplinar de investigadores da Universidade de Aarhus acabou de publicar um artigo na revista Icarus no qual propõem um novo mecanismo que pode explicar a remoção de metano em Marte. Durante anos, este grupo multidisciplinar investigou a importância da erosão de minerais para a formação de superfícies reativas sob condições parecidas às de Marte. Para este propósito, o grupo de investigação desenvolveu equipamentos e métodos para simular a erosão em Marte nos seus laboratórios "terrestres".

Com base em minerais análogos de Marte, como basalto e plagióclase, os investigadores mostraram que estes sólidos podem ser oxidados e os gases ionizados durante os processos de erosão. Assim, o metano ionizado reage com as superfícies minerais e liga-se a elas. A equipa de investigação mostrou que o átomo de carbono, como o grupo metila do metano, liga-se diretamente ao átomo de silício na plagióclase, que também é um componente dominante do material da superfície de Marte.

O que os cientistas vêm no laboratório também pode explicar a perda de metano em Marte. Através deste mecanismo, que é muito mais eficaz do que os processos fotoquímicos, o metano pode ser removido da atmosfera dentro do tempo observado e depois depositado no solo marciano.

Afeta a possibilidade de vida

O grupo mostrou ainda que estas superfícies minerais podem levar à formação de substâncias químicas reativas, como peróxido de hidrogénio e radicais de oxigénio, que são muito tóxicos para os organismos vivos, incluindo bactérias.

Os resultados do grupo são importantes para avaliar a possibilidade de vida à superfície de Marte ou logo abaixo. Em vários estudos de acompanhamento, os investigadores vão agora examinar o que está a acontecer com o metano ligado e se o processo de erosão, além dos gases na atmosfera, também muda ou até remove completamente o material orgânico mais complexo, que pode ter origem em Marte ou ter chegado a Marte como parte de meteoritos.

Assim sendo, os resultados têm um impacto sobre a nossa compreensão da preservação do material orgânico em Marte e, portanto, sobre a questão fundamental da vida em Marte - entre outros aspetos, em ligação com a interpretação dos resultados do próximo rover ExoMars, que a ESA deverá fazer pousar em Marte em 2021.

// Universidade de Aarhus (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Icarus)

 


Saiba mais

Notícias relacionadas:
EurekAlert!
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spaceref
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Marte:
CCVAlg - Astronomia
Wikipedia 

Metano:
Wikipedia
Metano na atmosfera de Marte (Wikipedia)

ExoMars 2020:
ESA
Rover Rosalind Franklin (Wikipedia)

 
   
Também em destaque
  Surto rápido de rádio localizado em distante galáxia (via Caltech)
Os FRBs (Fast radio bursts) estão entre os eventos mais enigmáticos e poderosos do Universo. Até ao momento foram descobertos cerca de 80 destes eventos - surtos intensamente brilhantes, com a duração de milissegundos, de ondas de rádio oriundas de fora da nossa Galáxia - mas as suas causas permanecem desconhecidas. Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - O Quinteto de Stephan pelo Hubble
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESAHubble; Processamento: Daniel Nobre
 
Quando é que estas grandes galáxias começaram a "dançar"? Na realidade, apenas quatro das cinco galáxias do Quinteto de Stephan estão trancadas num tango cósmico de repetidos encontros próximos a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância. A galáxia que não pertence ao grupo é facilmente identificada nesta imagem recém-processada do Telescópio Espacial Hubble - as galáxias em interação, NGC 7319, 7318B, 7318A e 7317 (da esquerda para a direita), têm um tom amarelado mais dominante. Também tendem a ter "loops" e caudas distorcidas, cultivadas sob a influência de marés gravitacionalmente perturbadoras. A galáxia predominantemente azulada, a grande NGC 7320 em baixo à esquerda, está no plano da frente a apenas 40 milhões de anos-luz de distância e, portanto, não faz parte do grupo em interação. Dados e modelos indicam que NGC 7318B é uma intrusa relativamente nova. Um recém-descoberto halo de estrelas velhas e vermelhas em torno do Quinteto de Stephan indica que pelo menos algumas destas galáxias começaram a "dançar" há mais de mil milhões de anos. O Quinteto de Stephan é visível com um telescópio de tamanho modesto na direção da constelação de Pégaso.
 
   
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