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Edição n.º 809
06/12 a 08/12/2011
 
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EFEMÉRIDES

Dia 06/12: 340.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1957, uma explosão na plataforma de lançamento da Vanguard TV3 impede a primeira tentativa dos EUA lançarem um satélite para órbita terrestre.

Em 2006, a NASA revela fotografias obtidas pela Mars Global Surveyor, sugerindo a presença de água líquida em Marte.
Observações: Júpiter brilha para a direita da Lua ao lusco-fusco.

Dia 07/12: 341.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1905, nascimento de Gerard Kuiper, cientista planetário americano nascido na Holanda que descobriu luas de UranoNeptuno, a atmosfera de Titã e estudou as origens dos cometas no Sistema Solar

Em 1972 era lançada a Apollo 17, a última das missões do programa Apollo. Foi também a última vez que um ser humano aterrou na Lua. A missão durou 301 horas, 51 minutos e 59 segundos, e recolheu a maior quantidade de amostras lunares. O comandante da Apollo 17 era Eugene A. CernanRonald E. Evans era o piloto do módulo de controlo e Harrison H. Schmitt era o piloto do módulo lunar. Schmitt foi também o único geólogo profissional a ir à Lua
Em 1995, a sonda Galileu desce com sucesso pela atmosfera de Júpiter e mede directamente a atmosfera de um planeta gasoso pela primeira vez.  
Observações: Por volta das das 20 horas, já a brilhante Capella está alta a Nordeste. Para a sua direita está o enxame das Plêiades, com a brilhante e bonita Aldebarã para baixo.

Dia 08/12: 342.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1990, a sonda Galileu aproxima-se do planeta Terra no seu caminho de Vénus até Júpiter. Torna-se na primeira sonda interplanetária a visitar a Terra.

Observações: A Lua brilha esta noite em Touro, perto das Plêiades. Poderá precisar de binóculos para as distinguir devido ao brilho da Lua.

 
CURIOSIDADES


O local de maior vulcanismo do sistema solar é Io, o satélite de Júpiter.

 
KEPLER CONFIRMA SEU PRIMEIRO PLANETA NA ZONA HABITÁVEL DE ESTRELA TIPO-SOL

A missão Kepler da NASA confirmou o seu primeiro planeta na "zona habitável," a região num sistema estelar onde a água líquida pode existir à superfície de um planeta. O Kepler também descobriu mais de 1000 novos candidatos a planeta, quase duplicando a sua contagem prévia. Dez destes candidatos são do tipo-Terra e orbitam na zona habitável da sua estrela-mãe. Para os candidatos são necessárias mais observações para verificar e comprovar a sua existência como planetas.

O recém-confirmado planeta, Kepler-22b, é o planeta mais pequeno já descoberto em órbita no meio da zona habitável de uma estrela tipo-Sol. O planeta tem 2,4 vezes o raio da Terra. Os cientistas não sabem ainda se Kepler-22b tem uma composição predominantemente rochosa, gasosa ou líquida, mas a sua descoberta é um passo em frente na descoberta de mais planetas tipo-Terra.

As investigações anteriores apontavam para a existência de planetas com tamanho quase idêntico aos tipo-Terra em zonas habitáveis, mas uma confirmação clara permanecia elusiva. Dois outros pequenos planetas em órbita de estrelas mais pequenas e frias que o nosso Sol foram recentemente confirmados mesmo nos limites das suas zonas habitáveis, com órbitas mais parecidas com as de Vénus e Marte.

Impressão de artista de Kepler-22b, um planeta que orbita confortavelmente na zona habitável de uma estrela tipo-Sol.
Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Este é um grande marco no percurso para descobrir um gémeo da Terra," afirma Douglas Hudgins, cientista do programa Kepler, na sede da NASA em Washington. "Os resultados do Kepler continuam a demonstrar a importância das missões científicas da NASA, que têm o objectivo de responder a algumas das questões mais importantes acerca do nosso lugar no Universo."

O Kepler descobre planetas e candidatos a planeta ao medir diminuições no brilho de mais de 150.000 estrelas quando estes passam à sua frente, ou "transitam". O Kepler requer pelo menos 3 trânsitos para verificar um sinal como um planeta.

"A sorte sorriu-nos com a detecção deste planeta," afirma William Borucki, investigador principal do Kepler, no centro de pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, Califórnia, que liderou a equipa que descobriu Kepler-22b. "O primeiro trânsito foi capturado apenas três dias depois de termos declarado o observatório operacionalmente pronto. Testemunhámos o terceiro e definitivo trânsito durante a época natalícia de 2010."

A equipa científica do Kepler usa telescópios terrestres e o Telescópio Espacial Spitzer para rever as observações de planetas candidatos que o observatório espacial descobre. O campo estelar que o Kepler observa, nas constelações de Cisne e Lira, pode apenas ser observado nos observatórios terrestres entre a Primavera e o início do Outono. Os dados destes outros observatórios ajudam a determinar quais os candidatos que podem ser validados como planetas.

Kepler-22b está localizado a 600 anos-luz de distância. Embora o planeta seja maior que a Terra, a sua órbita de 290 dias em torno de uma estrela tipo-Sol assemelha-se com a do nosso mundo. A estrela-mãe pertence à mesma classe que o Sol, do tipo G, embora seja ligeiramente mais pequena e fria.

Este diagrama compara o nosso Sistema Solar com o sistema Kepler-22, que contém o primeiro planeta na "zona habitável" descoberto pela missão Kepler.
Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Dos 54 candidatos a planeta na zona habitável, anunciados em Fevereiro de 2011, o Kepler-22b é o primeiro a ser confirmado. Este marco será publicado na revista The Astrophysical Journal.

A equipa do Kepler está a apresentar a sua conferência científica inaugural em Ames de 5 a 9 de Dezembro, anunciando 1094 novos candidatos a planeta. Desde o último catálogo, anunciado em Fevereiro, o número de candidatos identificados pelo Kepler aumentou 89% e agora totaliza 2326. Destes, 207 são aproximadamente do tipo-Terra, 680 são super-Terras, 1181 são do tamanho de Neptuno, 203 do tamanho de Júpiter e 55 são maiores que Júpiter.

Os achados, com base em observações levadas a cabo entre Maio de 2009 e Setembro de 2010, mostram um aumento considerável no número de candidatos a planeta de tamanho pequeno.

O Kepler observou muitos planetas grandes em órbitas pequenas no início da sua missão, que foram reflectidos no anúncio dos dados de passado Fevereiro. Com mais tempo para observar três trânsitos planetários com períodos orbitais maiores, os novos dados sugerem que planetas entre uma e quatro vezes o tamanho da Terra podem ser abundantes na Galáxia.

O número de planetas tipo-Terra e super-Terra aumentou por mais de 200% e 140% desde Fevereiro, respectivamente.

Existem 48 candidatos a planeta na sua habitável da sua estrela. Embora seja uma diminuição dos 54 anunciados em Fevereiro, a equipa do Kepler aplicou uma definição mais restrita do que constitui a zona habitável no novo catálogo, ao ter em conta o efeito de aquecimento das atmosferas, que afasta a zona da estrela, para períodos orbitais maiores.

"O tremento crescimento no número de candidatos a tipo-Terra diz-nos que estamos a alcançar o objectivo do Kepler: detectar não só aqueles planetas tipo-Terra, mas também planetas potencialmente habitáveis," afirma Natalie Batalha, vice-líder da equipa científica do Kepler, da Universidade Estatal de San Jose, Califórnia. "Quanto mais dados recolhermos, melhor conseguimos descobrir planetas mais pequenos e em períodos orbitais mais longos."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Anúncio da descoberta (via Youtube)
Spaceref
Spaceflight Now
SPACE.com
New Scientist
Nature
Discover
Spaceref
PHYSORG.com
Universe Today
Scientific American
Astronomy Now Online
Wired
Science News
Youtube
Reuters
National Geographic
Discovery News
BBC News
UPI.com

Kepler-22b:
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Wikipedia (lista)
Wikipedia (lista de extremos)
Catálogo de planetas extrasolares vizinhos (PDF)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Uma Aurora Memorável por Cima da Noruega
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Ole Christian Salomonsen
 
Foi uma das auroras mais memoráveis da temporada. Com luz verde, vermelha e por vezes uma mistura das duas. Raios múltiplos, cortinas distintas e até mesmo uma coroa auroral. Ocupou uma grande parte do céu. No pano de fundo estavam inúmeras estrelas, e cá na Terra um companheiro que tentava obter uma imagem da mesma paisagem celeste. Esta cena foi capturada com uma lente olho-de-peixe perto de Tromsø, Noruega, no mês passado. Com o Sol tornando-se cada vez mais activo, o próximo ano poderá trazer auroras ainda mais espectaculares.
 

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