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Edição n.º 933
12/02 a 14/02/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 12/02: 43.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1947, um meteoro cria uma cratera de impacto em Sikhote-Alin, na União Soviética.
Em 1961, era lançada a sonda soviética Venera 1, para Vénus.
Em 2001, a sonda NEAR Shoemaker tornava-se a primeira nave humana a pousar num asteróide, de nome 433 Eros.

Observações: Pouco depois do pôr-do-Sol, olhe para a Lua e bem para baixo da mesma encontram-se Mercúrio e Marte.

Dia 13/02: 44.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1633, Galileu Galilei chegava a Roma para ser julgado pela Inquisição.

Em 2004, o Centro para Astrofísica Harvard-Smithsonian descobre o maior diamante conhecido do Universo, a anã branca BPM 37093.
Em 2012, a Agência Espacial Europeia (ESA) leva a cabo o primeiro lançamento do foguetão europeu Vega a partir de Kourou, na Guiana Francesa.
Observações: Depois do anoitecer, olhe para a direita da Lua e encontre Gamma Pegasi, a estrela mais à esquerda do Grande Quadrado de Pégaso. Está apoiado num canto.

Dia 14/02: 45.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1898, nascia Fritz Zwick, o primeiro a identificar as supernovas como uma classe separada de objectos e a sugerir a possibilidade das estrelas de neutrões; Zwicky também catalogou galáxias em enxames e desenhou motores a jacto.
Em 1989, o primeiro de 24 satélites GPS é colocado em órbita. 
Em 1990, as câmaras da Voyager 1 apontaram para o Sol e tiraram uma série de imagens da estrela e dos planetas, fazendo o primeiro "retrato" do nosso Sistema Solar visto de fora.

Em 2000, a sonda NEAR torna-se na primeira a orbitar um asteróide, 433 Eros.
Observações: Fevereiro é quando Orionte está o mais alto a Sul ao começo da Noite. Nesta estação, Orionte está rodeado pelos dois pontos mais brilhantes do céu: Júpiter bem alto para a sua direita e para cima, e Sirius bem para baixo e para a sua esquerda.

 
CURIOSIDADES


Mizar e Alcor eram usadas como teste de acuidade visual nas inspecções militares da antiguidade.

 
AJUDE A NOMEAR DUAS LUAS DE PLUTÃO

Se já quis alguma vez deixar a sua marca nos céus, tem agora uma oportunidade.

Os astrónomos estão pedindo a ajuda do público para nomear as mais recentes luas descobertas em torno de Plutão, que actualmente têm as designações P4 e P5. Os pequenos satélites foram descobertos pelo Telescópio Espacial Hubble em 2011 e 2012, respectivamente.

As outras três luas conhecidas de Plutão - Caronte, Nix e Hidra - têm o nome de personagens da mitologia grega associadas com o submundo. A pequena lista de nomes em que os membros interessados do público podem votar segue esse mesmo padrão, afirmam os investigadores.

"Os Gregos eram grandes contadores de histórias, e deram-nos um elenco de personagens coloridas para trabalhar," afirma Mark Showalter, cientista do Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) em Mountain View, no estado americano da Califórnia.

Esta imagem, obtida pelo Telescópio Hubble, mostra cinco luas em órbita do distante e gelado planeta anão Plutão. O círculo verde marca a lua, designada P5, fotografada pelo instrumento WFC3 do Hubble a 7 de Julho do ano passado. P4 foi descoberto em imagens do Hubble em 2011.
Crédito: NASA, ESA, M. Showalter, Instituto SETI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Pode votar nos nomes no site plutorocks.com até às 17:00 (hora de Portugal) de dia 25 de Fevereiro.

P4 e P5 são ambas muito pequenas, com diâmetros entre 20 e 30 km. Foram descobertas por investigadores associados à missão New Horizons da NASA, que tem passagem prevista pelo sistema plutoniano em 2015. A equipa tem pesquisado Plutão e seus arredores em busca de anéis, pequenas luas e outros objectos que possam representar um perigo para a sonda em rápido movimento.

Plutão foi descoberto em 1930. O seu título de planeta foi posto em causa quando a União Astronómica Internacional criou uma nova definição de "planeta" em 2006. Nesse ano, Plutão foi despromovido para a categoria de "planeta anão", uma categoria criada recentemente para descrever muitos outros objectos da Cintura de Kuiper, o anel de corpos gelados para lá de Neptuno.

Caronte é de longe a maior das luas de Plutão, medindo 1043 km de diâmetro. Nix e Hidra variam entre os 32 e 113 km.

Links:

Vote aqui:
Pluto Rocks

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
01/11/2005 - Duas novas luas descobertas em torno de Plutão
23/06/2006 - Novas luas de Plutão chamadas Hidra e Nix
22/07/2011 - Hubble descobre outra lua em torno de Plutão
13/07/2012 - Hubble descobre quinta lua em torno de Plutão

Notícias relacionadas:
The Planetary Society
Universe Today
SPACE.com
redOrbit
Scientific American
POPSCI
PHYSORG
Discovery News
UPI.com

Sistema de Plutão:
Wikipedia
Caronte (Wikipedia)
Nix (Wikipedia)
Hidra (Wikipedia)
S/2011 P1 (ou P4) (Wikipedia)
S/2012 P1 (ou P5) (Wikipedia)

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Wikipedia

New Horizons:
Página oficial
Wikipedia

 
TERCEIRO ANIVERSÁRIO DO SDO

A 11 de Fevereiro de 2010, a NASA lançou um observatório solar sem precedentes para o espaço. O SDO (Solar Dynamics Observatory) da NASA seguiu num foguetão Atlas V, transportando instrumentos que os cientistas esperavam revolucionar as observações do Sol. Se tudo corresse como o previsto, o SDO forneceria dados de incrível alta-resolução de todo o disco solar, quase tão rapidamente quanto uma vez por segundo.

Quando a equipa de cientistas divulgou as suas primeiras imagens em Abril de 2010, os dados do SDO excederam todas as esperanças e expectativas, fornecendo vistas incrivelmente detalhadas do Sol. Nos três anos desde então, as imagens do SDO continuaram a mostrar retratos de tirar o fôlego e filmes de eventos eruptivos no Sol. Tais imagens são mais que apenas bonitas, são os próprios dados que os cientistas estudam. Ao destacar diferentes comprimentos de onda, os cientistas podem seguir o movimento do material no Sol. Este movimento, por sua vez, contém pistas sobre o que provoca estas explosões gigantes, que, quando dirigidas à Terra, podem perturbar tecnologia no espaço.

Impressão de artista do SDO.
Crédito: NASA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

No seu terceiro ano de observações, no entanto, o SDO também abriu várias e inesperadas portas para a investigação científica. Durante o ano passado os cientistas passaram muito tempo debruçados sobre dados de observações de cometas. Há muito que se observam cometas que viajam perto do Sol, mas a vista foi sempre obscurecida pela brilhante luz do Sol quando os cometas chegam muito perto. Mas o SDO já capturou imagens de dois cometas à medida que passavam muito perto do Sol.

Em Dezembro de 2011, o Cometa Lovejoy passou pela coroa do Sol. O SDO enviou imagens da longa cauda cometária sendo golpeada por sistemas em redor do Sol. Estas caudas movem-se em resposta ao campo magnético do Sol, por isso podem agir como marcadores do complexo campo magnético mais acima na coroa, dando aos cientistas uma forma única de observar aí o movimento. As observações das caudas de vapor de água dos cometas e do seu material perdido, bem como do modo como se vaporizam na intensa radiação do Sol, podem também ser usadas para estudar o material atómico e os seus rácios na coroa. O terceiro ano do SDO, portanto, uniu duas comunidades: os investigadores cometários que podem usar observações solares nos seus estudos e cientistas solares que podem usar observações cometárias para estudar o Sol.

Um dos grandes momentos do SDO da NASA durante o seu terceiro ano no espaço: observações do trânsito de Vénus pelo Sol. A imagem foi capturada mesmo quando Vénus deixava o disco solar às 12:15 (EDT) de dia 6 de Junho de 2012.
Crédito: NASA/SDO/HMI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O segundo destaque do terceiro ano do SDO ocorreu a 5 de Junho de 2012, quando Vénus passou em frente do Sol, a partir do ponto de vista da Terra - um evento que não tornará a acontecer durante mais de 100 anos. As câmaras do SDO usaram o trânsito para calibrar os instrumentos e aprender mais sobre a atmosfera de Vénus. Dado que os pontos em que Vénus primeiro toca e finalmente deixa o disco solar são cronologicamente conhecidos até ao minuto, o SDO pôde usar esta informação para ter a certeza de que as suas imagens estão orientadas para o verdadeiro norte solar - calibrando a sua orientação até um décimo de pixel. Os cientistas também registaram como a extrema radiação ultravioleta do Sol viajou através da atmosfera de Vénus, a fim de aprender mais sobre os elementos que existem em torno do planeta.

A terceira nova área de dados do SDO veio de uma fonte planeada, o instrumento HMI (Helioseismic and Magnetic Imager). O HMI fornece mapas em tempo real dos campos magnéticos de toda a superfície do Sol, mostrando quão fortes são e - pela primeira vez - em que direcção apontam. Dado que o HMI fornece um tipo de dados até agora nunca recolhido, abriu uma nova área de investigação. A mudança dos campos magnéticos está intimamente ligada às erupções solares, por isso é um conjunto fundamental de dados. Os cientistas passaram muito tempo o ano passado a descobrir a melhor forma de criar mapas visuais a partir dos dados - bem como a interpretá-los. As imagens do HMI foram carinhosamente apelidadas de "imagens ouriço" porque mostram linhas espetadas apontando para fora - ou na direcção - do Sol.

As linhas brancas representam o campo magnético que rodopiam para fora da superfície solar nesta imagem do HMI do SDO.
Crédito: NASA/SDO/HMI
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O estudo destes complexos movimentos magnéticos dentro do Sol pode ajudar os cientistas a compreender os campos magnéticos da nossa estrela, que levam às erupções e que podem causar efeitos espaciais perto da Terra e noutros objectos do Sistema Solar. Em última análise, a investigação nestes campos sempre em mudança pode levar a pré-avisos de tal actividade, que podem enviar radiação, partículas e campos magnéticos na direcção da Terra e por vezes interromper tecnologia na Terra e noutros planetas.

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universe Today
redOrbit

SDO:
NASA
Canal do SDO no YouTube
Wikipedia

Sol:
Wikipedia
Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - N11: Nuvens Estelares da Grande Nuvem de Magalhães
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASAESAJ. Lake (Pomfret School)
 
Estrelas massivas, ventos abrasivos, montanhas de poeira e luz energética esculpem uma das maiores e mais pitorescas regiões de formação estelar no Grupo Local de Galáxias. Conhecida como N11, a região é visível à direita e para cima em muitas imagens da sua galáxia-mãe, a vizinha da Via Láctea, Grande Nuvem de Magalhães. A imagem acima foi obtida para propósitos científicos pelo Telescópio Espacial Hubble e reprocessada para fins artísticos por um amador que acabou por ganhar a competição "Tesouros Escondidos do Hubble". Embora a secção na imagem acima seja conhecida como NGC 1763, a totalidade da nebulosa de emissão N11 fica em segundo lugar em termos de tamanho na Grande Nuvem de Magalhães, seguindo-se a 30 Dourado. O estudo das estrelas em N11 mostrou que na realidade contém três gerações sucessivas de formação estelar. Glóbulos compactos de poeira escura, que dão à luz novas estrelas, são também visíveis pela imagem.
 

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