A sonda da NASA, MESSENGER, já enviou de volta espectaculares novas imagens do seu segundo voo rasante por Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol.
A sonda capturou detalhes nunca antes vistos da superfície de Mercúrio durante o seu encontro na passada Segunda-feira. A sonda passou por Mercúrio pela segunda vez este ano e usou a gravidade do planeta para ajustar o seu percurso enquanto continua no seu caminho para se tornar na primeira sonda a orbitar o planeta em Março de 2011.
Uma nova imagem mostra grandes padrões de linhas tipo-raios que se prolongam para Sul ao longo de grande parte da superfície do planeta a partir de uma jovem cratera. A cratera Kuiper, previamente fotografada, e outras crateras, também têm teias de linhas similares que irradiam para fora.
Outra fotografia representa a imagem a cores de mais alta-resolução já obtida da superfície de Mercúrio, e veio apenas 9 minutos depois da maior aproximação da sonda por Mercúrio, pelas 08:45 GMT. Os detalhes incluem uma grande bacia de impacto com um diâmetro de 133 km, com o nome de Polygnotus, um pintor grego do século V A.C.
Uma terceira imagem da superfície nunca antes vista de Mercúrio veio da aproximação da sonda MESSENGER com o planeta em crescente, e é uma das 44 imagens obtidas como parte de um mosaico. Os cientistas esperam fazer nove mosaicos de modo a acrescentar até 30% de regiões nunca antes vistas da superfície do planeta.
A segunda passagem rasante por Mercúrio de 6 de Outubro veio após a primeira do passado dia 14 de Janeiro, que observou um lado diferente do planeta.
"Quando estes dados forem digeridos e comparados, teremos pela primeira vez uma perspectiva global de Mercúrio," disse Sean Solomon, investigador principal da MESSENGER no Instituto Carnegie em Washington, EUA.
Lançada em Agosto de 2004, a MESSENGER (MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry, and Ranging) é a primeira sonda em 33 anos a saudar Mercúrio de perto desde a missão Mariner 10 da NASA na década de 70. A nova sonda passará uma terceira vez por Mercúrio em 2009 antes de finalmente alcançar órbita a 18 de Março de 2011. Espera-se que a missão de 446 milhões de dólares passe um ano a estudar Mercúrio.
Links:
Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve:
04/08/03 - MESSENGER com destino a Mercúrio
08/01/12 - Sonda MESSENGER fará histórico voo rasante por Mercúrio
08/01/16 - Sonda MESSENGER passa por Mercúrio
08/01/26 - Mercúrio visto pela sonda MESSENGER
08/07/05 - Superfície de Mercúrio dominada por actividade vulcânica
08/10/04 - MESSENGER regressa a Mercúrio
Notícias relacionadas:
NASA
JHUAPL (comunicado de imprensa)
Universe Today
Discover
SPACE.com
PHYSORG.comccvcc
Science Daily
National Geographic
CNN
AFP
Reuters
Ciberia
Sonda MESSENGER:
NASA
JHUAPL
Wikipedia
Vídeo da aproximação da sonda MESSENGER até Mercúrio (formato Quicktime)
Mercúrio:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia |
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Esta é uma das primeiras imagens do voo rasante de 6 de Outubro por Mercúrio. A brilhante cratera a Sul do centro da imagem é a cratera Kuiper, identificada em imagens da Mariner 10, lançada nos anos 70. A maioria do terreno a Este da Kuiper, na direcção do limbo do planeta, nunca tinha sido observado até agora.
Crédito: NASA/JHUAPL/CIW
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Esta porção da superfície de Mercúrio já tinha sido observada anteriormente pela Mariner 10, embora com diferentes condições de luz, mas esta nova imagem de mosaico da MESSENGER é a imagem a cores de mais alta-resolução obtida de Mercúrio. A maioria característica de impacto no topo da imagem mede cerca de 133 km de diâmetro e tem o nome de Polygnotus.
Crédito: NASA/JHUAPL/CIW
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A MESSENGER completou com êxito a sua segunda passagem por Mercúrio no dia 6 de Outubro de 2008, usando a gravidade do planeta para a ajudar a tornar-se na primeira sonda a orbitar o planeta mais interior do Sistema Solar em Março de 2011. Esta imagem foi adquirida cerca de 89 minutos antes da maior aproximação da sonda.
Crédito: NASA/JHUAPL/CIW
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Esta imagem mostra terreno nunca antes visto de Mercúrio. A região perto da direita encontra-se perto da região entre o dia e a noite, por isso as sombras são longas e proeminentes. Duas escarpas muito longas são visíveis nesta região, e parecem cruzar-se uma com a outra. A escarpa mais a Este também corta uma cratera, mostrando que se formou depois do impacto que criou a cratera. Outras crateras de impacto vizinhas, tais como as perto do canto superior esquerdo, parecem ter sido preenchidas por material que criou planícies lisas.
Crédito: NASA/JHUAPL/CIW
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