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Edição n.º 1228
15/12 a 17/12/2015
 
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EFEMÉRIDES

Dia 15/12: 349.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1852, nascia Henri Becquerel, físico que, juntamente com Marie e Pierre Curie, recebeu o prémio Nobel da Física pela sua descoberta da radioatividade. A unidade SI da radioativade, o becquerel (Bq), tem o seu nome.
Em 1965 as Gemini 6 e 7 realizam o seu primeiro encontro entre duas naves em órbita da Terra.

Os astronautas da Gemini 6 eram Walter Schirra e Thomas Stafford, e os da Gemini 7 Frank Borman e James A. Lovell Jr
Em 1970, a sonda soviética Venera 7 aterra em Vénus e torna-se na primeira sonda a transmitir dados da superfície de outro planeta. Embora esta transmissão tivesse durado apenas 23 minutos, possivelmente devido à sonda ter aterrado de lado por causa de uma avaria no seu pára-quedas, os sensores de temperatura e pressão confirmaram que a pressão à superfície do planeta era noventa vezes maior que na Terra e a temperatura era de mais de 475 graus centígrados. 
Em 1984 era lançada a Vega 1 (missão para o planeta Vénus e Cometa Halley).
Observações: A Lua está a sudoeste ao caír da noite. Procure, para cima, as duas estrelas mais brilhantes da constelação de Aquário: Beta e a mais alta Alpha Aquarii.

Dia 16/12: 350.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1857 nascia Edward Emerson Barnard, astrónomo americano.

É mais conhecido pela sua descoberta da estrela de Barnard em 1916, com este nome em sua honra.
Em 1965 a Pioneer 6 foi lançada para uma órbita solar entre Vénus e a Terra
Em 1969 nascia Adam Riess, astrofísico americano, que partilhou com Saul Perlmutter e Brian P. Schmidt, em 2011, o Prémio Nobel da Física por fornecer evidências da aceleração da expansão do Universo.
Em 2000, usando dados científicos registados pela sonda em Júpiter, Galileu, a 20 de Maio, os cientistas do JPL anunciam provas de um oceano salgado por baixo da superfície de Ganimedes, a maior lua do Sistema Solar. Junta-se a Calisto e a Europa como luas de Júpiter com prováveis oceanos de água líquida por baixo do gelo.
Observações: Esta noite a Lua está entre Fomalhaut, para baixo e para a esquerda, e Enif, o nariz de Pégaso, para cima e para a direita. Está a cerca de 2º de cada uma das estrelas.

Dia 17/12: 351.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1957, os EUA lançam com sucesso o primeiro missil balístico intercontinental Atlas em Cabo Canaveral, Flórida.

Em 2003, voo 11P do SpaceShipOne, pilotado por Brian Binnie, o seu primeiro voo supersónico.
Observações: A Lua brilha mais ou menos para baixo do lado direito do Grande Quadrado de Pégaso ao caír da noite. Consegue notar, com o passar das horas, o movimento do nosso satélite natural em relação a esta linha?

 
CURIOSIDADES


A equipa da câmara OSIRIS da Rosetta lançou um novo website para mostrar as imagens mais recentes do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A frequência das imagens é variável e depende das operações científicas de cada dia. É esperado um mínimo de uma imagem por semana. Mais informações aqui.

 
MISTÉRIO DA ÁGUA EM FALTA RESOLVIDO EM ESTUDO COMPREENSIVO DE EXOPLANETAS

Um estudo de 10 "Júpiteres quentes", feito com o Hubble e o Spitzer, levou a que uma equipa científica resolvesse um mistério de longa data - a razão porque alguns destes mundos parecem ter menos água do que o esperado. Os resultados fornecem novos dados sobre a ampla gama de atmosferas planetárias na nossa Galáxia e sobre a formação de planetas.

Dos quase 2000 planetas confirmados em órbita de outras estrelas, um subconjunto são planetas gasosos com características semelhantes às de Júpiter, mas que orbitam muito perto das suas estrelas, tornando-os muito quentes.

Esta imagem mostra uma impressão de artista de dez Júpiteres quentes estudados pelo astrónomos David Sing e colegas com os telescópios Hubble e Spitzer. A partir do topo, à esquerda, os planetas são WASP-12b, WASP-6b, WASP-31b, WASP-39b, HD 189733b, HAT-P-12b, WASP-17b, WASP-19b, HAT-P-1b e HD 209458b.
Crédito: NASA, ESA e D. Sing (Universidade de Exeter)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A sua proximidade à estrela torna difícil a observação devido ao brilho estelar. Por causa deste obstáculo, o Hubble só explorou apenas uma mão cheia de Júpiteres quentes no passado. Estes estudos iniciais descobriram vários planetas com menos água do que o previsto pelos modelos atmosféricos.

A equipa internacional de astrónomos enfrentou o problema fazendo o maior catálogo espectroscópico de atmosferas exoplanetárias. Todos os planetas no catálogo seguem órbitas orientadas de modo a que o planeta passa em frente da sua estrela progenitora, a partir da perspetiva da Terra. Durante este evento a que chamamos trânsito, alguma da luz estelar viaja através da atmosfera exterior do planeta. "A atmosfera deixa a sua impressão digital única na luz estelar, que podemos estudar quando chega até nós," explica a coautora Hannah Wakeford, agora no Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA.

Ao combinar dados dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA, a equipa foi capaz de obter um espectro amplo que cobre comprimentos de onda desde o ótico até ao infravermelho. A diferença no raio planetário, conforme medido entre os comprimentos de onda visíveis e infravermelhos, foi usada para indicar o tipo de atmosfera planetária observada para cada planeta na amostra, se era muito nublado ou limpo. Um planeta nublado aparece maior no visível do que no infravermelho, que pode penetrar mais profundamente na atmosfera. Foi esta comparação que permitiu com que a equipa encontrasse uma correlação entre as atmosferas nubladas e a ténue deteção de água.

"Estou muito animado por finalmente ver os dados deste vasto grupo de planetas, pois é a primeira vez que temos cobertura suficiente para comparar várias características entre um planeta e outro," afirma David Sing da Universidade de Exeter, no Reino Unido, autor principal do artigo científico. "Descobrimos que as atmosferas planetárias são muito mais diversificadas do que esperávamos."

"Os nossos resultados sugerem que são simplesmente as nuvens que escondem a água de 'olhos curiosos' e, portanto, excluem a hipótese de Júpiteres quentes e secos," explica o coautor Jonathan Fortney da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. "A teoria alternativa é que os planetas se formam num ambiente privado de água, mas isto exigiria repensar completamente as nossas teorias atuais sobre a formação de planetas."

Os resultados foram publicados ontem na edição de 14 de dezembro da revista Nature.

O estudo das atmosferas exoplanetárias está atualmente na sua infância. O sucessor do Hubble, o JWST (James Webb Space Telescope), abrirá uma nova janela infravermelha no estudo dos exoplanetas e suas atmosferas.

Links:

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
NASA (comunicado de imprensa)
Universidade de Exeter (comunicado de imprensa)
Artigo científico
Nature
De Júpiteres quentes limpos a nublados (HubbleESA via YouTube)
Hubblesite
Science
Astronomy
(e) Science News
PHYSORG
Discovery News
Forbes
UPI

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

Telescópio Espacial Spitzer:
Página oficial 
NASA
Centro Espacial Spitzer 
Wikipedia

JWST (Telescópio Espacial James Webb):
NASA
STScI
ESA
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Influências planetárias em discos estelares jovens (via Observatório Astrofísico do Smithsonian)
Uma estrela recém-nascida tem um disco de gás e poeira a partir do qual os planetas se desenvolvem. As estrelas com mais de 5 milhões de anos não têm evidências destes discos, sugerindo que até esta idade a maioria do material do disco ou é convertido em planetas ou corpos mais pequenos, acrescido à estrela ou dispersado do sistema. Ler fonte
     
  O que gerou a Nebulosa da Medusa? (via NASA)
A Nebulosa da Medusa, também conhecida pelo seu nome oficial IC 443, é um remanescente de supernova a 5000 anos-luz da Terra. Novas observações pelo Chandra mostram que a explosão que criou esta nebulosa pode também ter formado um objeto peculiar localido na orla sul do remanescente, denominado CXOU J061705.3+222127, ou apenas J0617. O objeto é provavelmente uma estrela de neutrões com uma rotação veloz, ou pulsar. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Plutão: de Montanhas a Planícies
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O que é que as melhores imagens de Plutão mostram? À medida que a nave espacial New Horizons viaja cada vez mais para as profundezas do Sistema Solar exterior, envia as imagens de mais alta resolução do seu encontro histórico com Plutão do passado mês de julho. Esta imagem, enviada recentemente, mostra à esquerda os Montes al-Idrisi, terras altas que se pensa serem compostas principalmente por blocos de água gelada. Uma linha costeira de transição leva-nos até às planícies geladas, à direita, que perfazem parte da característica em forma de coração conhecida como Sputnik Planum, que contém gelos de nitrogénio (azoto). Ainda não sabemos porque é que as planícies têm fossas geladas e segmentos. A imagem foi obtida 15 minutos antes da maior aproximação ao planeta anão e mostra uma área com aproximadamente 30 km de comprimento. A New Horizons tem passagem prevista pelo KBO (Kuiper Belt object) 2014 MU69 no dia de Ano Novo de 2019.
 

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