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  Arquivo | CCVAlg - Astronomia
Com o apoio do Centro Ciência de Tavira
   
 
  Astroboletim #1832  
  28/09 a 30/09/2021  
     
 
Efemérides

Dia 28/09: 271.º dia do calendário gregoriano.
História:
Em 1860, nascia Paul Ulrich Villard, físico e químico francês que descobriu os raios-gama em 1900 enquanto estudava a radiação emanada pelo elemento químico rádio.
Em 1999, o Observatório de Raios-X Chandra da NASA divulga uma espetacular imagem da Nebulosa do Caranguejo, os espetaculares remanescentes de uma explosão estelar, revelando algo ainda nunca visto.

O brilhante anel à volta do coração da nebulosa são ondas de partículas altamente energéticas que parecem ter sido expulsas a uma distância de 1 ano-luz da estrela central, e os jatos de partículas afastam-se da estrela de neutrões numa direção perpendicular à espiral.
Em 2008, a SpaceX lança sua a primeira nave espacial privada, a Falcon 1, para órbita.
Observações: O "W" de Cassiopeia encontra-se alto a nordeste por estas noites.
Observe o segundo segmento do "W" contando da parte de cima. Note as ténues estrelas a olho nu desse segmento (sem contar com as estrelas das pontas). A mais brilhante, à direita, é Eta Cassiopeiae, de magnitude 3,4. É uma estrela parecida com o Sol a apenas 19 anos-luz de distância e tem uma companheira laranja mais pequena, um bonito binário telescópico.
A "estrela" à esquerda, mais ténue, é um par visível a olho nu sob um céu escuro: Upsilon1 e Upsilon2 Cassiopeiae, separadas por 0,3º. São gigantes laranjas sem relação uma com a outra, a 200 e 400 anos-luz de distância. Upsilon1, ligeiramente mais fraca, é a mais distante.

Dia 29/09: 272.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1954 é assinada a convenção que estabelece o CERN.
Em 1962 era lançado o Alouette 1, o primeiro satélite canadiano.
Em 1988 era lançada a missão STS-26 do vaivém Discovery.

Marca o recomeço das missões depois do acidente 1986 51-L do vaivém Challenger. Duração da missão: 97 horas e 11 minutos.
Em 2004, o asteroide 4179 Toutatis passa a quatro distâncias lunares da Terra. No mesmo ano, a nave SpaceShipOne de Burt Rutan faz o seu primeiro voo espacial, dos dois necessários para ganhar o Ansari X Prize.
Observações: Lua em Quarto Minguante, pelas 02:57.

Dia 30/09: 273.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1550, nascia Michael Maestlin, astrónomo e matemático alemão, famoso por ter sido o mentor de Johannes Kepler.
Em 1880, Henry Draper tira a primeira fotografia da Nebulosa de Orionte.

A exploração de M42 é ainda feita a partir de fotos do Hubble.
Em 1977, devido a cortes e a reservas de energia cada vez menores, as experiências ALSEP das Apollo, deixadas na Lua, são desligadas.
Em 1994, lançamento da missão STS-68 do vaivém Endeavour.
Em 1995, última transmissão da Pioneer 11, 20 anos após o seu lançamento em 1972.
Observações: O asteroide Pallas, quase três semanas após a sua oposição, encontra-se alto a sudeste pelas 22:00. Com magnitude 8,8, ainda está ao alcance de um telescópio pequeno sob um céu escuro. Esta semana Pallas está a 8º ou 9º para cima e para a direita de Neptuno, de magnitude 7,8, que também já passou a sua oposição.

 
     
 
Curiosidades


Atualmente, conhecemos 8 anãs brancas até 100 anos-luz do Sol.

 
 
   
Avistando nuvens num exoplaneta distante

Uma equipa internacional de astrónomos detetou não apenas nuvens no distante exoplaneta WASP-127b, como também mediu a sua altitude com uma precisão sem precedentes. Uma apresentação do Dr. Romain Allart no EPSC (Europlanet Science Congress) 2021 mostra como, combinando dados de um telescópio espacial e de um telescópio terrestre, a equipa foi capaz de revelar a estrutura superior da atmosfera do planeta. Isto abre caminho para estudos semelhantes de muitos outros mundos distantes.

WASP-127b, localizado a mais de 525 anos-luz de distância, é um "Saturno quente" - um planeta gigante semelhante em massa a Saturno, que orbita muito perto da sua estrela. A equipa observou o planeta a passar em frente da sua estrela-mãe a fim de detetar padrões que se tornam embebidos na luz estelar à medida que esta é filtrada pela atmosfera planetária e alterada pelos constituintes químicos. Ao combinar observações infravermelhas do Telescópio Espacial Hubble da ESA/NASA e medições no visível com o espectrógrafo ESPRESSO no VLT (Very Large Telescope) do ESO no Chile, os investigadores foram capazes de sondar diferentes regiões da atmosfera. Os resultados trouxeram algumas surpresas.

 
Alguns dos elementos que tornam WASP-127b único, em comparação com os planetas do Sistema Solar.
Crédito: David Ehrenreich/Universidade de Genebra, Romain Allart/Universidade de Montréal
 

"Em primeiro lugar, como já tinha sido encontrado neste tipo de planeta, detetámos a presença de sódio, mas a uma altitude muito mais baixa do que esperávamos. Em segundo lugar, havia fortes sinais de vapor de água no infravermelho, mas nenhum em comprimentos de onda visíveis. Isto implica que o vapor de água em níveis mais baixos está a ser filtrado por nuvens que são opacas a comprimentos de onda visíveis, mas transparentes no infravermelho," disse Allart, do iREx/Universidade de Montréal e da Universidade de Genebra, que liderou o estudo.

Os dados combinados dos dois instrumentos permitiram aos cientistas reduzir a altitude das nuvens a uma camada atmosférica com pressão que varia entre 0,3 e 0,5 milibares.

"Ainda não sabemos a composição das nuvens, exceto que não são compostas por gotículas de água como na Terra," disse Allart. "Também estamos interessados em saber porque é que o sódio pode ser encontrado num lugar inesperado neste planeta. Estudos futuros vão ajudar-nos a entender não apenas mais sobre a estrutura atmosférica, mas também sobre WASP-127b, que se está a revelar um lugar fascinante."

WASP-127b demora cerca de quatro dias a completar uma órbita em torno da sua estrela, recebe 600 vezes mais radiação do que a Terra recebe do Sol e tem temperaturas que rondam os 1100º C. Isto "incha" o planeta até um raio 1,3 vezes o de Júpiter, com apenas um-quinto da sua massa, tornando-o um dos exoplanetas menos densos ou "mais fofos" já descobertos.

A natureza estendida dos exoplanetas fofos torna-os mais fáceis de observar e, portanto, WASP-127b é um candidato ideal para investigadores que trabalham na caracterização atmosférica.

As observações da equipa com o instrumento ESPRESSO também sugerem que, ao contrário dos planetas no nosso Sistema Solar, WASP-127b orbita não apenas na direção oposta da sua estrela, mas também num plano diferente do equatorial.

"Este alinhamento é inesperado para um Saturno quente num sistema estelar antigo e pode ser provocado por uma companheira desconhecida," explicou Allart. "Todas estas características únicas tornam WASP-127b um planeta que será estudado intensamente no futuro."

// Europlanet Society (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Astronomy & Astrophysics)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

WASP-127b:
NASA
Exoplanet.eu
Open Exoplanet Catalogue

Exoplanetas:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
NASA
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Hubble:
Hubble, NASA 
ESA
Hubblesite
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios Espaciais

VLT:
ESO
Wikipedia

ESO:
Página oficial
Wikipedia

 
   
As anãs brancas tornam-se magnéticas com a idade

Pelo menos uma em cada quatro anãs brancas termina a sua vida como uma estrela magnética e, portanto, os campos magnéticos são um componente essencial da física das anãs brancas. Novas informações sobre o magnetismo de estrelas degeneradas, de uma análise recente de uma amostra de volume limitado de anãs brancas, forneceram a melhor evidência obtida até agora de como a frequência do magnetismo nas anãs brancas se correlaciona com a idade. Isto pode ajudar a explicar a origem e evolução dos campos magnéticos nas anãs brancas.

Mais de 90% das estrelas na nossa Galáxia terminam as suas vidas como anãs brancas. Embora muitas tenham um campo magnético, ainda não se sabe quando aparece à superfície, se evolui durante a fase de arrefecimento de uma anã branca e, principalmente, quais são os mecanismos que o geram.

 
Uma em cada quatro anãs brancas termina a sua vida permeada por um forte campo magnético.
Crédito: ESO/L. Calçada
 

As observações astronómicas estão frequentemente sujeitas a fortes vieses. Dado que as anãs brancas são estrelas moribundas, tornam-se mais frias e, portanto, cada vez mais fracas ao longo do tempo. Como consequência, as observações tendem a favorecer o estudo das anãs brancas mais brilhantes, que são mais quentes e mais jovens. Existe também um efeito mais subtil e contraintuitivo. Devido ao seu estatuto degenerado, as anãs brancas mais massivas são mais pequenas do que as menos massivas (imagine uma série de esferas onde as mais pequenas são as mais pesadas). Dado que as anãs brancas mais pequenas também são mais ténues, as observações tendem a favorecer também as estrelas menos massivas.

Em resumo, as observações de alvos selecionados de acordo com o seu brilho (por exemplo, observar todas as anãs brancas mais brilhantes do que uma certa magnitude) tendem a concentrar-se em estrelas jovens e menos massivas, negligenciando totalmente as anãs brancas mais antigas.

Outro problema é que a maioria das observações de anãs brancas são feitas com técnicas espectroscópicas sensíveis apenas aos campos magnéticos mais fortes, falhando assim em identificar uma fração substancial de anãs brancas magnéticas. A sensibilidade da espectropolarimetria aos campos magnéticos pode ser mais de duas ordens de magnitude maior do que a da espectroscopia. A espectropolarimetria demonstrou que os campos fracos, que escapam à deteção por meio de técnicas espectroscópicas, são bastante comuns nas anãs brancas.

Para realizar um levantamento espectropolarimétrico completo, astrónomos do Observatório Armagh e da Universidade de Western Ontario selecionaram todas as anãs brancas do catálogo Gaia num volume até 20 parsecs do Sol. Cerca de dois-terços desta amostra, ou aproximadamente 100 anãs brancas, ainda não tinham sido observadas antes e, portanto, não havia dados disponíveis na literatura. Consequentemente, a equipa observou-as usando o espectrógrafo e polarímetro ISIS acoplado ao Telescópio William Herschel, juntamente com instrumentos semelhantes noutros telescópios.

Eles descobriram que os campos magnéticos são raros no início da vida de uma anã branca, quando a estrela deixa de produzir energia no seu interior e inicia a sua fase de arrefecimento. Portanto, um campo magnético não parece ser característico de uma anã branca desde o seu "nascimento". Na maioria das vezes, ou é gerado ou trazido para a superfície estelar durante a fase de arrefecimento da anã branca.

Também descobriram que os campos magnéticos das anãs brancas não mostram sinais óbvios de decaimento Ohmico, novamente uma indicação de que estes campos são gerados durante a fase de arrefecimento, ou pelo menos continuam a emergir à superfície estelar conforme a anã branca envelhece.

Esta imagem é totalmente diferente do que é observado, por exemplo em estrelas magnéticas Ap e Bp da sequência principal superior, onde se verifica que não apenas os campos magnéticos estão presentes assim que a estrela atinge a sequência principal de idade zero, mas também que a intensidade do campo diminui rapidamente com o tempo. O magnetismo nas anãs brancas, portanto, parece ser um fenómeno totalmente diferente do magnetismo das estrelas Ap e Bp.

Não só a frequência do campo magnético aumenta com a idade da anã branca, mas sabe-se que a frequência está correlacionada com a massa estelar, e que os campos aparecem com mais frequência depois do núcleo de carbono-oxigénio da estrela começar a cristalizar. Um mecanismo de dínamo pode explicar os campos mais fracos entre aqueles observados nas anãs brancas, e trabalhos recentes sugerem que o mesmo mecanismo poderia ser capaz de produzir campos mais fortes do que o originalmente previsto.

Para efeitos de comparação, a força do campo magnético da Terra, produzido por um mecanismo de dínamo, é de cerca de um gauss. Um mecanismo de dínamo pode explicar campos de até 0,1 milhões gauss, mas nas anãs brancas foram observados campos com até várias centenas de milhões gauss. Além disso, um mecanismo de dínamo precisa de rotação rápida, mas isto não é geralmente observado nas anãs brancas. São necessárias mais investigações teóricas e observacionais para resolver esta questão.

// ING (comunicado de imprensa)
// Artigo científico (Monthly Notices of the Royal Astronomical Society)
// Artigo científico (arXiv.org)

 


Saiba mais

Anãs brancas:
Wikipedia

Estrelas Ap e Bp:
Wikipedia

WHT (William Herschel Telescope):
Página principal
Wikipedia

ING (Isaac Newton Group of Telescopes):
Página principal
Wikipedia

Gaia:
ESA
ESA - 2
Gaia/ESA
Programa Alertas de Ciência Fotométrica do Gaia
EDR3 do Gaia
SPACEFLIGHT101
Wikipedia

 
   
InSight "ouve" três grandes sismos marcianos, graças à limpeza dos seus painéis solares

No dia 18 de setembro, o "lander" InSight da NASA celebrou o seu 1000.º dia marciano, ou sol, medindo um dos maiores e mais longos sismos marcianos que a missão já detetou. O tremor teve uma magnitude estimada em aproximadamente 4,2 e uma duração de quase hora e meia.

Este é o terceiro grande sismo que o InSight detetou apenas num espaço de um mês: no dia 25 de agosto, o sismómetro da missão detetou dois sismos de magnitudes 4,2 e 4,1. Para efeitos de comparação, um sismo de magnitude 4,2 tem cinco vezes a energia do detetor do recorde anterior da missão, um sismo de magnitude 3,7 detetado em 2019.

A missão estuda ondas sísmicas para aprender mais sobre o interior de Marte. As ondas mudam à medida que viajam através da crosta, manto e núcleo do planeta, fornecendo aos cientistas uma maneira de perscrutar as profundezas a partir da superfície. O que eles aprendem pode lançar luz sobre como todos os mundos rochosos se formam, incluindo a Terra e a sua Lua.

 
Este "selfie" do "lander" InSight da NASA é um mosaico composto por 14 imagens obtidas nos dias 15 de março e 11 de abril - o 106.º e 133.º dia marciano, ou sol, da missão - pela IDS (Instrument Deployment Camera) localizada no seu braço robótico.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Os sismos poderiam não ter sido detetados se a missão não tivesse entrado em ação no início do ano, já que a órbita altamente elíptica de Marte o afastou do Sol. As temperaturas mais baixas exigiam que o módulo confiasse mais nos seus aquecedores para se manter quente; isso, além da acumulação de poeira nos painéis solares do InSight, reduziu os níveis de energia do módulo de aterragem, exigindo que a missão conservasse energia desligando temporariamente certos instrumentos.

A equipa conseguiu manter o sismómetro ligado, adotando uma abordagem contraintuitiva: usaram o braço robótico do InSight para escorrer areia perto de um painel solar na esperança de que, à medida que as rajadas de vento a transportasse pelo painel, os grânulos varressem um pouco da poeira. O plano funcionou e, ao longo de várias atividades de remoção de poeira, a equipa viu os níveis de energia permanecerem razoavelmente estáveis. Agora que Marte está a aproximar-se do Sol mais uma vez, a energia está a começar a aumentar lentamente.

"Se não tivéssemos agido rapidamente no início deste ano, podíamos ter perdido grande ciência," disse o investigador principal Bruce Banerdt do JPL da NASA no sul da Califórnia, que lidera a missão. "Mesmo depois de mais de dois anos, Marte parece ter-nos dado algo novo com estes dois sismos, que têm características únicas."

Informações sísmicas

Enquanto o sismo de 18 de setembro ainda está a ser estudado, os cientistas já sabem mais sobre os sismos de 25 de agosto: o evento de magnitude 4,2 ocorreu a cerca de 8500 km do InSight - o tremor mais distante que o "lander" já detetou até agora.

Os cientistas estão a trabalhar para localizar o ponto de partida e a direção em que as ondas sísmicas viajaram, mas sabem que o sismo ocorreu demasiado longe para ter tido origem onde o InSight detetou quase todos os seus grandes sismos anteriores: Cerberus Fossae, uma região a aproximadamente 1609 km de distância, onde a lava pode ter fluído nos últimos milhões de anos. Uma possibilidade especialmente intrigante é Valles Marineris, o sistema de desfiladeiros epicamente longo que marca o equador marciano. O centro aproximado desse sistema de desfiladeiros está a 9700 km do InSight.

 
Esta cúpula protege o sismómetro do InSight, de nome SEIS (Seismic Experiment for Interior Structure). A imagem foi capturada durante o 110.º dia marciano, ou sol, da missão.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Para surpresa dos cientistas, os sismos de 25 de agosto também foram de dois tipos diferentes. O de magnitude 4,2 foi dominado por vibrações lentas de baixa frequência, enquanto vibrações rápidas de alta frequência caracterizaram o sismo de magnitude de 4,1. O sismo de magnitude 4,1 também estava muito mais perto do "lander" - a apenas mais ou menos 925 km de distância.

São boas notícias para os sismólogos: o registo de diferentes terremotos, de uma variedade de distâncias e com diferentes tipos de ondas sísmicas, fornece mais informações sobre a estrutura interna de um planeta. Este verão, os cientistas da missão usaram dados anteriores de sismos marcianos para detalhar a profundidade e espessura da crosta e do manto do planeta, além do tamanho do seu núcleo derretido.

Apesar das suas diferenças, além de serem grandes, os dois sismos de agosto têm algo em comum: ambos ocorreram durante o dia, a altura mais ventosa - e, para um sismómetro, a mais ruidosa - em Marte. O sismómetro do InSight geralmente encontra sismos marcianos à noite, quando o planeta arrefece e os ventos estão calmos. Mas os sinais destes sismos foram grandes o suficiente para ultrapassar qualquer ruído provocado pelo vento.

Olhando para o futuro, a equipa da missão está a considerar realizar mais limpezas de poeira após a conjunção solar de Marte, quando a Terra e Marte estão em lados opostos do Sol. Dado que a radiação do Sol pode afetar os sinais de rádio, interferindo com as comunicações, a equipa vai parar de emitir comandos ao InSight amanhã, dia 29 de setembro, embora o sismómetro continue a "ouvir" sismos durante toda a conjunção.

// NASA (comunicado de imprensa)

 


Saiba mais

Cobertura da missão InSight pelo CCVAlg - Astronomia:
27/07/2021 - InSight da NASA revela o interior de Marte
06/04/2021 - InSight da NASA deteta dois sismos consideráveis em Marte
19/01/2021 - "Toupeira" do InSight termina a sua viagem em Marte
22/12/2020 - Três coisas que aprendemos com o InSight da NASA
08/09/2020 - Surpresa em Marte
28/02/2020 - Um ano de ciência surpreendente da missão InSight da NASA
25/02/2020 - "Lander" InSight vai empurrar a "toupeira"
22/10/2019 - "Toupeira" do InSight está a mover-se novamente
08/10/2019 - A estratégia da NASA para salvar a "toupeira" do InSight
04/10/2019 - InSight "ouve" sons peculiares em Marte
05/07/2019 - InSight da NASA destapa a "toupeira"
26/04/2019 - InSight captura áudio do seu primeiro sismo marciano
08/03/2019 - "Toupeira" do InSight faz uma pausa na escavação
19/02/2019 - InSight prepara-se para medir a temperatura de Marte
08/02/2019 - Sismómetro do InSight tem agora um abrigo aconchegante em Marte
21/12/2018 - InSight coloca primeiro instrumento no solo marciano
11/12/2018 - Lander InSight "ouve" ventos marcianos
27/11/2018 - "Lander" InSight aterra em Marte
23/11/2018 - InSight aterra em Marte no dia 26
20/11/2018 - Local de aterragem do InSight é perfeitamente "chato"
08/05/2018 - InSight a caminho de Marte
03/04/2018 - NASA pronta para estudar o coração de Marte
03/04/2018 - Sismos marcianos podem revolucionar ciência planetária
21/08/2012 - Nova missão da NASA vai estudar directamente e pela primeira vez o interior de Marte

InSight:
NASA
NASA - 2
Twitter
Wikipedia

Marte:
CCVAlg - Astronomia
Wikipedia
Cerberus Fossae (Wikipedia)

 
   
Também em destaque
  Terra e Vénus cresceram como planetas "incontroláveis" (via Universidade do Arizona)
Usando aprendizagem de máquina e simulações de impactos gigantes, investigadores descobriram que os planetas que residem no Sistema Solar interior provavelmente nasceram a partir de colisões "toca-e-foge" repetidas, desafiando os modelos convencionais de formação planetária. Ler fonte
     
  Satélite do tamanho de uma caixa de cereais vai estudar Júpiteres quentes (via Universidade do Colorado em Boulder)
Um novo satélite em miniatura vai fornecer evidências de que "coisas fofas" podem enfrentar grandes desafios científicos. O CUTE (Colorado Ultraviolet Transit Experiment) é do género do CubeSat e, ao longo de sete meses, vai rastrear física volátil em planetas extremamente quentes para lá do nosso Sistema Solar Ler fonte
 
   
Álbum de fotografias - A Nebulosa do Quadrado Vermelho
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Peter Tuthill (Universidade de Sydney) & James Lloyd (Universidade de Cornell)
 
Como é que uma estrela redonda cria esta nebulosa quadrada? Ninguém tem a certeza. A estrela redonda, conhecida como MWC 922 e possivelmente parte de um sistema de estrelas múltiplas, aparece no centro da Nebulosa do Quadrado Vermelho. A imagem em destaque combina exposições infravermelhas do Telescópio Hale no Monte Palomar, Califórnia, e do Telescópio Keck-2 no Mauna Kea, Hawaii. Uma das principais hipóteses progenitoras da nebulosa quadrada é que a estrela ou estrelas centrais, de alguma forma, expeliram cones de gás durante um estágio final de desenvolvimento. Para MWC 922, estes cones incorporam ângulos quase retos e são visíveis dos lados. As evidências que apoiam a hipótese dos cones incluem raios na imagem que podem correr ao longo das paredes. Os investigadores especulam que os cones, vistos de outro ângulo, pareceriam semelhantes aos anéis gigantescos da supernova 1987A, possivelmente indicando que uma estrela em MWC 922 poderia um dia explodir como uma supernova semelhante.
 
   
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