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Edição n.º 1176
16/06 a 18/06/2015
 
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19/06/15 - OBSERVAÇÃO NOTURNA
20:30 – 22:30 - Observação noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável)
Local: Hotel Vila Galé Albacora - Tavira

26/06/15 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
20:30 – 22:30 - Apresentação sobre tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Público: Público em geral
Local: CCVAlg
Preço: 2€ - adultos, 1€ jovens/ estudantes/ reformados (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: consultar este link
Telefone: 289 890 922
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 16/06: 167.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1888, nascia Alexander Friedmann, físico e matemático soviético, conhecido pela sua teoria da expansão do Universo, regida por um conjunto de equações por ele desenvolvidas, agora conhecidas como as equações de Friedmann.
Em 1911, um meteorito rochoso com 772 g atinge a Terra perto de Kilbourn, no estado americano do Wisconsin, danificando um celeiro.
Em 1963, Valentina Tereshkova torna-se na primeira mulher a ir ao espaço, a bordo da nave soviética Vostok 6.

O seu voo solitário é ainda único. Vinte anos mais tarde, no dia 18, Sally Ride torna-se na primeira americana em órbita, a bordo do vaivém espacial.
Em 1999, maior aproximação do asteróide 1685 Toro pela Terra (0,757 UA).
Em 2012, a China lança com sucesso a nave Shenzhou 9, que transporta três astronautas - incluindo a primeira astronauta chinesa, Liu Yang - até ao módulo orbital Tiangong-1. No mesmo dia, o avião robótico espacial dos EUA, Boeing X-37B, regressa à Terra após uma missão orbital secreta de 469 dias
Observações: Lua Nova, pelas 15:05.
Olhe bem alto a nordeste em busca da Ursa Maior, apoiada na sua "pega". A estrela do meio da "pega" é Mizar, acompanhada da pequena Alcor mesmo ao lado. De que lado de Mizar deve procurar Alcor? Como sempre, no lado virado para Vega! Que brilha agora a este-nordeste.

Dia 17/06: 168.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1909, A. Kopff descobria o asteróide Hagar (682).
Em 1970, a tripulação da Soyuz 9, ao fim de 17 dias, quebra o anterior recorde (com cinco anos) de mais tempo passado no espaço.
Em 1985, lançamento da missão STS-51-G.

A bordo seguia o sultão Salman Al Saud da Arábia Saudita, o primeiro árabe, muçulmano e primeiro membro de uma família real no espaço.
Observações: Será que consegue observar o grande enxame estelar de Cabeleira de Berenice? Será que é a poluição luminosa que o esconde, ou não sabe exatamente onde procurar? Está atualmente a oeste depois do anoitecer; procure a cerca de 40% do caminho entre Denébola (cauda de Leão) e o fim da "pega" da "frigideira" de Ursa Maior. Os seus membros mais brilhante formam um Y invertido. O enxame mede mais ou menos 5º em largura - um brilho grande mas ténue que pode ser observado, no mínimo, com um céu moderadament escuro. As suas estrelas dispersas preenchem quase um campo de visão binocular.

Dia 18/06: 169.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1178, 5 monges de Canterbury assistem à formação daquilo que provavelmente é a cratera Giordano Bruno.

Acredita-se que as atuais oscilações da distância da Lua (na ordem de metros) sejam resultado desta colisão.
Em 1799, nascia William Lassell, astrónomo inglês que descobriu Tritão, a maior lua de Neptuno, apenas 17 dias depois da descoberta do próprio planeta por Johann Gottfried Galle. Em 1848, codescobriu independentemente Hiperião, lua de Saturno. Em 1851, descobriu Ariel e Umbriel, luas de Urano.
Em 1926, nascia Allan Rex Sandage, astrónomo americano, conhecido por determinar o primeiro valor razoavelmente preciso da constante de Hubble e da idade do Universo. É também o descobridor do primeiro quasar
Em 1983, Sally Ride tornava-se a primeira astronauta dos Estados Unidos no espaço. 
Em 2006, lançamento do primeiro satélite do Cazaquistão, o KazSat.  
Em 2009, era lançada a sonda LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter) da NASA.
Observações: O verão está a apenas 3 dias de distância. O Triângulo de Verão está agora alto a este depois do cair da noite. A estrela do topo é Vega. Deneb é a estrela mais brilhante para baixo e para a esquerda de Vega. Altair está para baixo e para a direita de Vega.
Trânsito de Europa, entre as 22:47 e as 01:45 (já de dia 19).

 
CURIOSIDADES


Cada ano em Marte corresponde a 1,88 anos terrestres (especificamente, 686,971 dias). O começo de cada ano marciano coincide com o equinócio da primavera [no hemisfério norte de Marte]. Assim sendo, o novo ano marciano terá início no dia 18 de junho.

 
O MÓDULO DE ATERRAGEM DA ROSETTA, PHILAE, ACORDOU

O módulo Philae da Rosetta acorda da hibernação.
Crédito: ESA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O módulo de aterragem da Rosetta, Philae, acordou depois de sete meses de hibernação na superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

Os sinais foram recebidos no Centro de Operações da Agência Espacial Europeia, em Darmstadt, às 22:28 CEST de 13 de junho. Foram analisados mais de 300 pacotes de dados pelas equipas no Centro de Controlo do "Lander", no Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR).

"O Philae está muito bem: tem uma temperatura de operação de -35ºC e há 24 Watts disponíveis," explica o Gestor de Projeto para o Philae da DLR, Stephan Ulamec. "O 'lander' está pronto para as operações."

Durante 85 segundos o Philae ‘falou’ com a sua equipa no chão, através da Rosetta, naquele que foi o seu primeiro contacto desde que entrou em hibernação em novembro.

Imagem de uma animação da separação do Philae e descida até à superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em novembro de 2014.
Crédito: ESA/ATG medialab
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Pela análise dos dados de estado tornou-se claro que o Philae deve ter estado acordado antes: "recebemos dados históricos - mas até agora o lander não tinha sido capaz de nos contactar."

Agora os cientistas aguardam o próximo contacto. Ainda há mais de 8000 pacotes de dados na memória do Philae que irão fornecer à equipa da DLR informação sobre o que aconteceu ao módulo nos últimos dias no cometa 67P/Churymov-Gerasimenko.

O Philae desligou-se a 15 de novembro de 2014 às 1:15 CET depois de ter estado em operações no cometa por cerca de 60 horas. Desde 12 de março de 2015 que a unidade de comunicações no orbitador Rosetta está ligada, à espera de um sinal do módulo.

Links:

Cobertura da missão Rosetta pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
12/06/2015 - Equipa da Rosetta avista brilho que poderá ser módulo desaparecido
05/06/2015 - Estudo ultravioleta revela surpresas na cabeleira de cometa
17/04/2015 - Rosetta e Philae descobrem que cometa não é magnetizado
24/03/2015 - Sonda Rosetra faz a primeira deteção de nitrogénio molecular num cometa
06/02/2015 - Rosetta "mergulha" para encontro íntimo
27/01/2015 - Rosetta observa cometa a largar o seu revestimento de poeira
23/01/2015 - Dando a conhecer o cometa da Rosetta
12/12/2014 - Rosetta alimenta debate sobre origem dos oceanos da Terra
28/11/2014 - Onde diabos pousou o Philae?
21/11/2014 - Primeiros resultados científicos do Philae
18/11/2014 - Philae completa missão principal antes de hibernar
14/11/2014 - Philae poisa no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
11/11/2014 - Como aterrar num cometa
07/11/2014 - Adeus "J", olá Agilkia
28/10/2014 - O "perfume" do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
17/10/2014 - ESA confirma local de aterragem do Philae
30/09/2014 - Philae com aterragem prevista para 12 de Novembro
16/09/2014 - Está escolhido o local de aterragem do Philae
26/08/2014 - Onde é que o Philae vai aterrar?
08/08/2014 - A nave Rosetta chega ao seu cometa de destino
05/08/2014 - Sonda Rosetta chega a cometa esta semana
01/04/2014 - Philae está acordado!
17/01/2014 - O despertador mais importante do Sistema Solar
13/07/2010 - Rosetta triunfa no asteróide Lutetia
13/11/2009 - Será que o "flyby" da Rosetta indica uma nova física exótica? 
06/11/2009 - Rosetta faz último "flyby" pela Terra a 13 de Novembro 
06/09/2008 - Rosetta passa por Steins: um diamante no céu 
03/09/2008 - Contagem decrescente para "flyby" por asteróide 
28/02/2007 - A semana dos "flybys" 
01/06/2004 - Primeira observação científica da Rosetta 
12/03/2004 - Escolhidos os dois asteróides para aproximação da Rosetta 
09/03/2004 - Sonda Rosetta finalmente lançada

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
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Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko:
Wikipedia
ESA

Sonda Rosetta:
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Blog da Rosetta - ESA
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Philae (Wikipedia)

 
HUBBLE DETETA "PROTETOR SOLAR" EM PLANETA DISTANTE

O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA detetou uma estratosfera, uma das camadas principais da atmosfera da Terra, no exoplaneta quente e gigante conhecido como WASP-33b.

A presença de uma estratosfera pode proporcionar pistas sobre a composição de um planeta e o modo como foi formado. Esta camada atmosférica inclui moléculas que absorvem a luz visível e ultravioleta, agindo como uma espécie de "protetor solar" para o planeta que rodeia. Até agora, os cientistas não tinham a certeza se estas moléculas seriam encontradas nas atmosferas de planetas grandes e extremamente quentes em redor de outras estrelas.

Estes resultados foram publicados na edição de 12 de junho da revista The Astrophysical Journal.

"Alguns desses planetas têm atmosferas superiores tão quentes, que essencialmente fervem para o espaço," afirma Avi Mandell, cientista planetário do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Maryland. "Não esperamos necessariamente, e a estas temperaturas, encontrar uma atmosfera com moléculas que possam levar a estas estruturas em camadas múltiplas."

A estratosfera de WASP-33b foi detetada através da medição da diminuição de brilho à medida que o planeta passava por trás da sua estrela (topo). As temperaturas na estratosfera variam proporcionalmente com a altitude devido às moléculas que absorvem a radiação da estrela (direita). Sem uma estratosfera, as temperaturas ficariam mais baixas a altitudes mais altas (esquerda).
Crédito: NASA/Goddard
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Na atmosfera da Terra, a estratosfera fica por cima da troposfera - a região turbulenta e meteorologicamente ativa que vai do solo até ao topo das nuvens mais altas. Na troposfera, a temperatura é mais quente na secção inferior - nível do solo - e arrefece a altitudes mais elevadas.

A estratosfera é exatamente o oposto. Nesta camada, a temperatura aumenta com a altitude, um fenómeno chamado inversão de temperatura. Na Terra, a inversão de temperatura ocorre porque o ozono na estratosfera absorve grande parte da radiação ultravioleta do Sol, impedindo-a de alcançar a superfície, protegendo a biosfera e, portanto, aquecendo ao invés a estratosfera.

Inversões de temperaturas similares ocorrem nas estratosferas de outros planetas do nosso Sistema Solar como Júpiter e Saturno. Nestes casos, o culpado é um grupo diferente de moléculas chamadas hidrocarbonetos. No entanto, nem o ozono nem os hidrocarbonetos conseguem sobreviver às altas temperaturas da maioria dos planetas extrasolares conhecidos. Isto levou a um debate acerca da existência de estratosferas em exoplanetas.

Usando o Hubble, os investigadores resolveram este debate ao identificarem uma inversão de temperatura na atmosfera de WASP-33b, que tem cerca de quatro vezes e meia a massa de Júpiter. Os membros da equipa também suspeitam que o responsável pela inversão de temperatura na estratosfera de WASP-33b seja o óxido de titânio.

"Estas duas linhas de evidência criam um caso muito convincente para a deteção de uma estratosfera num exoplaneta," afirma Korey Haynes, autora principal do estudo. Haynes foi estudante da Universidade George Mason em Fairfax, Virginia, EUA, e trabalhava com Mandell quando a pesquisa foi realizada.

Os cientistas analisaram observações feitas pelo coautor Draken Deming (Universidade de Maryland em College Park) com o instrumento WFC3 (Wide Field Camera 3) do Hubble. O WFC3 consegue capturar um espectro na região do infravermelho próximo onde a assinatura da água aparece. Os cientistas podem usar o espectro para identificar a água e outros gases na atmosfera de um planeta distante e determinar a sua temperatura.

Haynes e colegas usaram as observações do Hubble e dados de estudos anteriores para medir a emissão de água e assim compará-la com a emissão de gases mais profundos na atmosfera. A equipa determinou que a emissão da água era produzida na estratosfera a cerca de 3300º C. O resto da emissão vem de gases mais profundos na atmosfera, a uma temperatura de mais ou menos 1650º C.

A equipa também apresentou a primeira evidência observacional de que a atmosfera de WASP-33b contém óxido de titânio, um de poucos compostos que age como um forte absorvente de radiação visível e ultravioleta e que é capaz de permanecer no estado gasoso numa atmosfera tão quente como esta.

"É fundamental compreender as ligações entre as estratosferas e as composições químicas a fim de estudar os processos atmosféricos dos exoplanetas," afirma Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, Reino Unido. "A nossa descoberta marca um avanço importante nesta direção."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Artigo científico (arXiv.org)
Animação do planeta WASP-33b (cortesia YouTube)
Science
SPACE.com
AstronomyNow
PHYSORG
Popular Mechanics
UPI

WASP-33b:
Wikipedia
Exoplanet.eu

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Hubble:
Site dos 25 anos do Hubble 
Hubble, NASA 
ESA
STScI
SpaceTelescope.org
Base de dados do Arquivo Mikulski para Telescópios

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Planetas envoltos em hélio podem ser comuns na nossa Galáxia (via NASA)
Não flutuam como balões nem nos põem a falar com vozes agudas, mas os planetas com céus de hélio podem constituir uma plasse planetária exótica na nossa Via Láctea. Investigadores, usando dados do Telescópio Espacial Spitzer da NASA, propõem que planetas mornos com o tamanho de Neptuno e com nuvens de hélio, podem existir aos milhares e estar espalhados pela nossa Galáxia. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - M101: A Galáxia do Cata-Vento
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Telescópio Subaru (NAOJ), Telescópio Espacial Hubble; Processamento e Direitos de Autor:  Robert Gendler
 
Porque é que muitas galáxias são espirais? Um esplêndido exemplo é M101, visto na imagem, cuja relativa curta distância de aproximadamente 27 milhões de anos-luz permite o estudo com algum detalhe. As evidências observacionais indicam que uma próxima interação gravitacional com uma galáxia vizinha criou ondas de matéria e gás condensado que continuam a orbitar o centro da galáxia. Estas ondas comprimem o gás existente e provocam formação estelar. Um resultado é que M101, também chamada Galáxia do Cata-Vento, tem várias regiões de formação estelar extremamente brilhantes (denominadas regiões HII) ao longo dos seus braços espirais. M101 é tão grande que a sua enorme gravidade distorce galáxias vizinhas mais pequenas.
 

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