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Edição n.º 926
18/01 a 21/01/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 18/01: 18.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1896 era apresentada a primeira máquina capaz de gerar raios-X.
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 23:45.

Dia 19/01: 19.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1747 nascia Johann Bode, autor da Lei de Titius-Bode, uma progressão quase geométrica das distâncias dos planetas a partir do Sol.

Também determinou a órbita de Urano e sugeriu o nome do planeta.
Em 1851 nascia Jacobus Kapteyn, que estudou a distribuição e o movimento de meio milhão de estrelas e criou o primeiro modelo moderno do tamanho e estrutura da Via Láctea.
Em 2006, era lançada a sonda New Horizons, a primeira missão a Plutão.
Observações: Já alguma vez observou a Nebulosa do Caranguejo por um telescópio? E com binóculos? Este ténue brilho difuso encontra-se perto das pontas dos chifres de Touro. Com magnitude 8,4, precisa de um céu escuro se estiver a usar um instrumento pequeno.

Dia 20/01: 20.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1961, a agência soviética Tass anunciava que a cadela Strelka, que havia tripulado a Spacecraft II em Agosto de 1960, tinha dado à luz 6 cachorros.

Observações:  À hora de jantar esta semana, Andrómeda e Pégaso prolongam-se para o céu a Oeste - desde o brilhante pé de Andrómeda perto do zénite até ao nariz de Pégaso por cima do horizonte a Oeste. No meio está o Grande Quadrado de Pégaso, suportado num único canto.

Dia 21/01: 21.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1960, a nave MercuryLittle Joe 1B, levantava voo a partir de Wallops Island, com Miss Sam, uma fêmea de macaco a bordo.

Em 2004, a NASA "perdia" contacto com o rover Spirit, um problema que viria a ser resolvido remotamente a 6 de Fevereiro.
Observações: Esta noite a Lua encontra-se perto de Júpiter, a cerca de 2,5º entre si.

 
CURIOSIDADES


Neptuno demora 165 anos a completar uma órbita em torno do Sol. Por isso, se morássemos no planeta, nunca teríamos um aniversário.

 
CURIOSITY PREPARA-SE PARA PRIMEIRA PERFURAÇÃO MARCIANA

O rover Curiosity da NASA está a aproximar-se de uma rocha plana com veias pálidas que podem conter pistas de um passado molhado no Planeta Vermelho. Se a rocha for aprovada pelos engenheiros do rover quando o Curiosity aí chegar, tornar-se-á na primeira a ser perfurada para recolha de amostras pelo veículo.

Com o tamanho de um carro, o Curiosity encontra-se dentro da Cratera Gale, investigando se o planeta já teve condições favoráveis para a vida microbiana. O Curiosity aterrou na cratera há cinco meses para levar a cabo uma missão principal de dois anos.

"A perfuração de uma rocha para recolha de amostras será a actividade mais difícil da missão desde a aterragem. Nunca foi antes feita em Marte," afirma Richard Cook, gestor do projecto MSL (Mars Science Laboratory) do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia. "O hardware da broca interage energeticamente com o material marciano que nós não controlamos. Não vamos ficar surpresos se alguns passos do processo não saírem da primeira vez exactamente como planeado."

Esta imagem mostra a zona de rochas rasas e com veias seleccionada como o primeiro local perfuração para o Curiosity.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Curiosity vai primeiro recolher amostras em pó de dentro da rocha e usá-las para esfregar a broca. O robot então perfura e ingere mais amostras da rocha, que serão analisadas para obter informações acerca da sua composição química e mineral.

A rocha escolhida encontra-se numa área onde o instrumento Mastcam do Curiosity, bem como outras câmaras, revelaram características diversas e inesperadas, incluindo veias, nódulos, camadas cruzadas, um seixo brilhante embebido em arenito e, possivelmente, alguns buracos no chão.

A rocha escolhida para perfuração tem o nome "John Klein", em homenagem ao ex-vice gestor do projecto John W. Klein, que morreu em 2011.

O alvo encontra-se num leito rochoso e plano dentro de uma depressão rasa chamada "Yellowknife Bay". O terreno nesta área é diferente do terreno no local de aterragem do rover, um antigo leito de rio cerca de 500 metros para Oeste. A equipa científica do Curiosity decidiu este local como primeiro alvo de perfuração porque as observações orbitais mostram terrenos fracturados que arrefecem todas as noites mais lentamente do que terrenos próximos.

Esta imagem de um afloramento rochoso com o nome de "Sheepbed", obtida pelo rover Curiosity com a sua câmara Mastcam, mostra veias bem definidas cheias com minerais esbranquiçados, interpretados como sulfato de cálcio.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
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"O sinal orbital atraiu-nos aqui, mas o que encontrámos quando chegámos foi uma grande surpresa," afirma John Grotzinger, cientista do projecto MSL do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Esta área tinha um tipo diferente de ambiente húmido do que o leito do rio onde pousámos, talvez até alguns tipos diferentes de ambientes húmidos."

Uma linha de evidência vem da inspecção de veias claras com o laser pulsante do ChemCam, que encontrou níveis elevados de cálcio, enxofre e hidrogénio.

"Estas veias são provavelmente constituídas por sulfato de cálcio hidratado, como bassinite ou gipsita," afirma Nicolas Mangold, membro da equipa do ChemCam e do Laboratório de Planetologia e Geodinâmica em Nantes, França. "Na Terra, veias como estas requerem água que circula em fracturas."

Os cientistas têm usado o MAHLI (Mars Hand Lens Imager) do rover para examinar rochas sedimentares na área. Algumas são de arenito, com grãos do tamanho de grãos de pimenta-preta. Um grão tem um brilho interessante, com uma forma que cativou a Internet pois parecia uma "flor de Marte". Outras rochas na área circundante têm siltito, com grãos mais finos do que açúcar de confeiteiro. Estes diferem significativamente do conglomerado de rochas de cascalho na área de aterragem.

Esta imagem obtida com a Mastcam do Curiosity mostra sedimentos inclinados conhecidos como leitos cruzados num afloramento apelidado de "Shaler" numa escala de dezenas de centímetros.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Todas estas rochas são rochas sedimentares, e dizem-nos que Marte tinha ambientes que activamente depositavam aqui material," acrescenta Aileen Yingst, vice-investigadora principal do MAHLI e do Instituto de Ciências Planetárias em Tucson, Arizona, EUA. "Os diferentes tamanhos dos grãos dizem-nos mais as diferentes condições de transporte.

Links:

Cobertura da missão do rover Curiosity pelo CCVAlg:
28/12/2012 - Rover Curiosity passa Natal na "Casa da Avó"
11/12/2012 - O futuro do Curiosity: mapeamento montanhoso
04/12/2012 - Rover da NASA completa primeira análise de solo marciano
06/11/2012 - Rover Curiosity encontra pistas de mudanças na atmosfera de Marte
02/11/2012 - Curiosity analisa primeiras amostras de solo marciano
02/10/2012 - Curiosity descobre que tempo em Marte é surpreendentemente quente
28/09/2012 - Rover Curiosity descobre antigo leito na superfície marciana
21/09/2012 - Rover Curiosity aponta armas para rocha invulgar na sua viagem
07/09/2012 - Rover Curiosity começa actividades com o seu braço robótico
31/08/2012 - Curiosity começa viagem para Este
28/08/2012 - Curiosity envia incrível imagem em alta-resolução do Monte Sharp
21/08/2012 - Laser e braço do Curiosity passam primeiros testes
10/08/2012 - Curiosity envia 1.º panorama a cores
07/08/2012 - Curiosity aterra em Marte!
03/08/2012 - Rover Curiosity: tudo ou nada
31/07/2012 - Aterragem de rover marciano segue grande tradição dramática com 40 anos
17/07/2012 - Rover Curiosity a caminho da aterragem no início de Agosto
20/12/2011 - Rover marciano da NASA começa pesquisa no espaço
25/11/2011 - Como é que o Curiosity vai para Marte? Com muito cuidado
22/11/2011 - Mega-rover pronto para pesquisar sinais de vida em Marte
05/07/2011 - Rover Curiosity poderá subir monte com altura do Kilimanjaro

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
PHYSORG
SPACE.com
Mars Daily
COSMOS
Discovery News
POPSCI
Wired
National Geographic
UPI.com
BBC News

Rover Curiosity (MSL):
NASA
NASA - 2 
NASA - 3
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - NGC 1309: Galáxia Espiral e Amigos
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Arquivo do HubbleESANASAProcessamento Martin Pugh
 
Uma linda galáxia espiral a cerca de 100 milhões de anos-luz de distância, NGC 1309 situa-se nas margens da constelação de Erídano. NGC 1309 abrange cerca de 30.000 anos-luz, mais ou menos um-terço do tamanho da nossa Via Láctea. Os enxames azulados de estrelas jovens e as faixas de poeira traçam os braços espirais de NGC 1309 à medida que giram em torno de uma população de estrelas amareladas e mais velhas no seu núcleo. Além da sua importante aparência vista de cima, observações de supernovas recentes em NGC 1309 e de estrelas variáveis Cefeidas contribuem para a calibração da expansão do Universo. Ainda assim, depois de superarmos a beleza da galáxia, podemos ver inúmeras galáxias de fundo também capturadas nesta imagem nítida e reprocessada do Telescópio Hubble.
 

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