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Edição n.º 1296
09/08 a 11/08/2016
 
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EFEMÉRIDES

Dia 09/08: 222.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1973 era lançada a sonda soviética Mars 7. A 6 de março de 1974 o "orbiter"/"lander" falha a entrada na órbita de Marte. A órbita torna-se, assim, solar. 

Em 1976, lançamento da soviética Luna 24, a última missão do programa Luna e a terceira a enviar amostras lunares. A cápsula aterrou na Terra no dia 22 de agosto do mesmo ano.
Observações: Já avistou Vénus? Está, lentamente, a começar a sua longa e eventualmente espetacular aparição noturna que prosseguirá até ao final do próximo inverno. Cerca de 20 minutos depois do pôr-do-Sol, comece por avistar Júpiter baixo a oeste por entre o lusco-fusco. Vénus brilha para baixo e para a direita de Júpiter, cerca de 18º, aproximadamente dois punhos à distância de um braço esticado.

Dia 10/08: 223.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1945, morria Robert Goddard, um homem de visão que propôs que se enviasse foguetões à Lua já na década de 1920.

Em 1966 era lançado o Lunar Orbiter 1, missão de estudo para a série Apollo
Em 1990, a sonda Magalhães chega a Vénus
Em 1992, lançamento do KITSAT-A, também conhecido como Uribyol (que significa "a nossa estrela"), o satélite da Coreia do Sul.
Em 1999 os Sistemas de Ciência Espacial Malin anunciam a confirmação que descreve o nosso vizinho Marte como um local de mudanças meteorológicas e geológicas ao longo do tempo. Um planeta ativo é mais provável de conter vida.
Em 2000, uma equipa liderada por astrónomos da Universidade de Columbia descobrem o mais jovem pulsar, nascido de uma explosão há cerca de 700 anos atrás. Situado no lado oposto da Via Láctea, possui características invulgares que podem forçar os cientistas a reconsiderar como os pulsares são criados e evoluem.
Em 2003, Yuri Malencheko torna-se na primeira pessoa a casar no espaço.
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 19:21.
Ao anoitecer, Vega brilha perto do zénite e Arcturo a oeste. A um-terço do caminho entre Vega e Arcturo está Coroa Boreal, com a sua única estrela de brilho moderado: Alphecca ou Gemma. A dois-terços do caminho entre Arcturo e Vega está a constelação de Hércules, que alberga o enxame globular de sexta magnitude, M13.

Dia 11/08: 224.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1962, lançamento da Vostok 3.

Tripulada por Andriyan Nikolayev, orbitou a Terra 64 vezes durante quase quatro dias, um feito que só seria alcançado pela NASA durante o programa Gemini (1965-66). As Vostok 3 e 4 foram lançadas com um dia de diferença e com trajetórias que as aproximaram até 6,5 km entre si. Os cosmonautas a bordo das duas cápsulas comunicaram via rádio, a primeira vez que tal aconteceu. Estas missões marcam a primeira vez que mais do que uma nave espacial estava em órbita à mesma altura.
Em 1999 teve lugar o último eclipse solar total do século XX.
Observações: A Lua desenha esta noite a forma de um diamante com Saturno, Marte e Antares. A forma do diamante depende da hora e do local de observação.
A anual chuva de meteoros das Perseidas deverá atingir o seu pico depois da meia-noite (já dia 12). A Lua, que já passou a fase de Quarto Crescente, põe-se por volta das 01:30 (dia 12), deixando um céu escuro para as melhores horas de observação até ao amanhecer.
Encontre um local escuro, vista roupas adequadas, deite-se no chão um numa cadeira reclinável e olhe para o céu. Seja paciente. Este ano os cientistas prevêm uma boa chance de uma chuva especialmente forte, devido a uma perturbação recente da corrente por Júpiter.

 
CURIOSIDADES


Os meteoróides das Perseidas são rápidos. Entram na nossa atmosfera a cerca de 60 km/s, relativamente ao nosso planeta. A maioria são do tamanho de grãos de areia; alguns têm o tamanho de ervilhas ou berlindes. Quase nenhum atinge o chão, mas quando um atinge, é chamado de meteorito.

 
INVESTIGADORES DESCOBREM QUE ATIVIDADE VULCÂNICA DE MERCÚRIO PAROU HÁ 3,5 MIL MILHÕES DE ANOS
Imagem de Mercúrio a cores melhoradas. O depósito brilhante e circular acima do centro da imagem é um enorme depósito vulcânico efusivo, situado dentro da maior cratera de impacto do planeta, a bacia Caloris.
Crédito: NASA/JHUAPL/CIW
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Uma nova pesquisa da Universidade Estatal da Carolina do Norte, EUA, descobriu que a maior parte da atividade vulcânica no planeta Mercúrio muito provavelmente terminou há 3,5 mil milhões de anos atrás. Estas descobertas fornecem mais informações sobre a evolução geológica de Mercúrio em particular, e sobre o que acontece quando os planetas rochosos arrefecem e contraem.

Existem dois tipos de atividade vulcânica: efusiva e explosiva. O vulcanismo explosivo é muitas vezes um evento violento que resulta em grandes erupções de cinzas e detritos, como por exemplo o Monte Santa Helena em 1980. O vulcanismo efusivo refere-se a fluxos de lava generalizados que despejam lentamente para a paisagem - que se acredita ser um processo fundamental pelo qual os planetas formam as suas crostas.

A determinação das idades dos depósitos de vulcanismo efusivo pode dar aos investigadores mais informações sobre a história geológica de um planeta. Por exemplo, o vulcanismo efusivo esteve ativo há algumas centenas de milhões de anos atrás em Vénus, há alguns milhões de anos em Marte, e ainda ocorre hoje na Terra. Até agora, a duração da atividade vulcânica efusiva em Mercúrio, composto pelos mesmos materiais que os outros planetas, era desconhecida.

Paul Byrne, professor assistente e geólogo planetário da Universidade Estatal da Carolina do Norte, juntamente com colegas, determinou o momento em que a maior parte do vulcanismo que formou a crosta de Mercúrio terminou usando fotografias da superfície obtidas pela missão MESSENGER da NASA. Como não existem amostras físicas do planeta que podem usadas para a datação radiométrica, os investigadores utilizaram a análise de frequência de crateras, na qual o número e tamanho de crateras à superfície do planeta são colocados em modelos matemáticos estabelecidos, a fim de calcular as idades absolutas dos depósitos vulcânicos efusivos em Mercúrio.

De acordo com os resultados, a maior parte do vulcanismo em Mercúrio terminou há cerca de 3,5 mil milhões de anos atrás, em contraste com as idades vulcânicas de Vénus, Marte e da Terra.

"Há uma grande diferença geológica entre Mercúrio e a Terra, Marte ou Vénus," salienta Byrne. "Mercúrio tem um manto muito mais pequeno, onde o decaimento radioativo produz calor, do que os outros planetas, e por isso perdeu o seu calor muito mais cedo. Como resultado, Mercúrio começou a contrair e a crosta essencialmente vedou quaisquer condutas a partir das quais o magma podia chegar à superfície.

"Estes novos resultados validam previsões com 40 anos acerca do arrefecimento e contração global que desligou o vulcanismo," continua Byrne. "Agora que podemos explicar as observações das propriedades vulcânicas e tectónicas de Mercúrio, temos uma história consistente para a sua formação e evolução, bem como uma nova visão sobre o que acontece quando corpos planetários arrefecem e contraem."

A investigação foi publicada na revista Geophysical Research Letters e também foi financiada pela missão MESSENGER.

Links:

Cobertura da missão MESSENGER pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
2016/03/08 - Revelada a misteriosa "escuridão" de Mercúrio
2015/04/21 - Missão da MESSENGER aproxima-se do fim
2015/01/06 - Sonda MESSENGER pronta para última tournée de Mercúrio
2014/12/16 - Dados da MESSENGER sugerem chuva de meteoros recorrente em Mercúrio
2014/04/22 - MESSENGER completa 3000.ª órbita de Mercúrio, define data para maior aproximação
2012/12/04 - MESSENGER descobre novas evidências de água gelada nos pólos de Mercúrio
2012/03/27 - Sonda MESSENGER fornece novos dados sobre Mercúrio
2011/06/17 - Sonda MESSENGER fornece novos dados sobre Mercúrio
2011/03/15 - Sonda MESSENGER prepara-se para entrar em órbita de Mercúrio
2008/10/08 - MESSENGER envia imagens de um Mercúio nunca antes visto
2008/10/04 - MESSENGER regressa a Mercúrio
2008/07/05 - Superfície de Mercúrio dominada por actividade vulcânica 
2008/02/06 - Os mistérios de Mercúrio, velhos e novos
2008/01/26 - Mercúrio visto pela sonda MESSENGER 
2008/01/16 - Sonda MESSENGER passa por Mercúrio 
2008/01/12 - Sonda MESSENGER fará histórico voo rasante por Mercúrio
2005/06/07 - MESSENGER fotografa Terra e Lua
2004/04/03 - MESSENGER com destino a Mercúrio

Notícias relacionadas:
Universidade Estatal da Carolina do Norte (comunicado de imprensa)
Geophysical Research Letters
Astronomy
Astronomy Now
Nature World News
PHYSORG

Sonda MESSENGER:
NASA 
JHUAPL
Wikipedia

Mercúrio:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Rover lunar chinês, Yutu, termina a sua missão (via SPACE.com)
Depois de 31 meses à superfície da Lua, o primeiro rover chinês cessou as suas atividades. O Yutu foi o primeiro veículo robótico na Lua desde o soviético Lunokhod 2 no início da década de 1970. Tinha uma esperança de vida original de apenas três meses, e acabou por sobreviver e trabalhar durante mais de dois anos e meio - um novo recorde para um rover lunar. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Meteoros das Perseidas por Cima do Monte Shasta
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Brad Goldpaint (Goldpaint Photography)
 
De onde é que vêm estes meteoros todos? Em termos de direção no céu, a resposta é a constelação de Perseu. É por isso que a chuva de meteoros que atinge o pico no final desta semana é conhecida como as Perseidas - todos os meteoros parecem vir do radiante situado em Perseu. Em termos de corpo progenitor, no entanto, os detritos do tamanho de grãos de areia que constituem os meteoros das Perseidas são originários do Cometa Swift-Tuttle. O cometa segue uma órbita bem definida em torno do nosso Sol e a parte da sua órbita que se aproxima da Terra é sobreposta em frente de Perseu. Portanto, quando a Terra atravessa essa órbita, o radiante da queda de detritos aparece em Perseu. A imagem é uma composição que contém mais de 60 meteoros das Perseidas de 2015 e mostra muitas estrelas cadentes por cima do Monte Shasta, Califórnia, EUA. As Perseidas de 2016 prometem ser a melhor chuva de meteoros do ano.
 

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