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Edição n.º 1337
30/12 a 02/01/2017
 
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27/01/17 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
19:30 - Este evento inclui uma apresentação sobre um tema de astronomia, seguida de observação astronómica noturna com telescópio (dependente de meteorologia favorável).
Local: CCVAlg
Preço: 2€
Pré-inscrição: siga este link
Telefone: 289 890 920
E-mail: info@ccvalg.pt

 
EFEMÉRIDES

Dia 30/12: 365.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1924, Edwin Hubble anuncia a existência de outras galáxias.
Em 2000, dá-se a passagem das sondas acopladas Cassini-Huygens por Júpiter.

Passam a 9.721.846 km do topo das nuvens de Júpiter à medida que recebem um impulso gravitacional para a última parte da viagem até Saturno.
Observações: Consegue avistar a finíssima Lua Crescente ao lusco-fusco? Tem menos de dois dias. Olhe para perto do horizonte entre 30 a 50 minutos após o pôr-do-Sol. A Lua está a cerca de 30º (três punhos à distância do braço esticado) para baixo e para a direita do brilhante planeta Vénus.

Dia 31/12: 366.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2011, a NASA consegue colocar em órbita lunar a primeira das duas sondas GRAIL.

Observações: Eclipse de Io, entre as 05:37 e as 07:54.
Ao anoitecer, aviste a Lua Crescente, Vénus e Marte formando uma linha diagonal gentilmente curvada a sudoeste. Para a esquerda está Fomalhaut, a 25 anos-luz de distância - a mesma distância que Vega, a estrela mais brilhante a noroeste.
Marte está a passar o ténue Neptuno que, de magnitude 8, tem 1/1000 do seu brilho. Esta noite estão separados por apenas pouco mais de 1º. Use uma alta ampliação para discernir o disco ligeiramente não-estelar de Neptuno, com apenas 2,2 segundos de arco de diâmetro.

Dia 01/01: 1.º dia do calendário gregoriano.
História: No ano 45 AC, começa o calendário Juliano.
Em 1801, Giuseppe Piazzi, monge italiano, descobre Ceres, o primeiro asteroide observado entre Marte e Júpiter, agora classificado como planeta-anão.
Em 1925, numa reunião da Sociedade Astronómica Americana e da Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência em Washington, D.C., Edwin Hubble reporta que encontrou cefeidas nas "nebulosas espirais", o que levaria ao declínio da hipótese que dizia que a nossa Via Láctea seria o todo do Universo.

A descoberta de Hubble levaria à descoberta que vivemos numa de muitas galáxias. 
Em 2012, a NASA consegue colocar em órbita lunar a segunda das duas sondas GRAIL.
Em 2014, o primeiro asteroide descoberto nesse ano, designado 2014 AA, colide com a Terra por cima do Oceano Atlântico.
Observações: Depois das celebrações e do barulho da passagem de ano, saia à rua para um local escuro. Sirius brilha a sul, perto da sua posição mais alta. As outras estrelas de Cão Maior estarão para a sua direita e um pouco para baixo. Sirius forma a parte de baixo do brilhante e equilátero Triângulo de Inverno. As outras estrelas do Triângulo são: Betelgeuse, no ombro de Orionte, para cima e para a direita de Orionte, e Procyon, à mesma distância mas para a esquerda e para cima de Sirius.
Eclipse de Ganimedes, entre as 00:56 e as 04:00.
Trânsito de Io, entre as 04:09 e as 06:26.
Ocultação de Ganimedes, entre as 05:59 e as 08:43.
Acompanhe a viagem da Lua, que vai crescendo ao longo dos dias, entre as constelações de Capricónio e Aquário. Para cima e para a esquerda estão o planeta Vénus e Marte.

Dia 02/01: 2.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1860 é anunciada a descoberta teórica do planeta Vulcan, numa reunião da Academia de Ciências em Paris.
Em 1959, é lançada a sonda soviética Luna 1, a primeira a alcançar a vizinhança da Lua e a orbitar o Sol.

Em 2004, a Stardust passa com sucesso pelo Cometa Wild 2, recolhendo amostras que são posteriormente enviadas para a Terra.
Observações: Ocultação de Io, entre as 01:19 e as 03:33.
A Lua Crescente encontra-se entre Marte (para cima e para a esquerda) e Vénus (para baixo e para a direita), baixos a oeste-sudoeste à hora de jantar.
O Grande Quadrado de Pégaso está balançado num canto a oeste. A vasta área das constelações de Pégaso-Andrómeda vai desde perto do zénite (pé de Andrómeda) e passa pelo Grande Quadrado (corpo de Pégaso) até baixo a oeste (nariz de Pégaso).

 
CURIOSIDADES


Sabia que 2016 vai ter um segundo a mais? O segundo a mais será adicionado às 23:59:60 de dia 31 de dezembro.

 
"ROÇANDO" UMA ATMOSFERA ALIENÍGENA
Impressão de artista da sonda TGO, pertencente à missão ExoMars 2016, em Marte.
Crédito: ESA/ATG medialab
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Após a chegada da mais recente sonda marciana da ESA, os controladores da missão estão agora a preparar-se para o desafio final: mergulhar na atmosfera do Planeta Vermelho para alcançar a sua órbita final.

O orbitador ExoMars TGO (Trace Gas Orbiter) está numa missão de vários anos para compreender as pequenas quantidades de metano e outros gases na atmosfera de Marte que podem ser evidências de atividade biológica ou geológica.

Após a sua longa viagem, a nave disparou o seu motor principal no dia 19 de outubro para travar o suficiente e assim ser capturada pela gravidade do planeta.

Entrou numa órbita altamente elíptica onde a sua altitude varia entre cerca de 250 km e 98.000 km, cada órbita tendo uma duração aproximada de quatro dias terrestres.

No entanto, em última análise os objetivos científicos e o seu papel como retransmissor de dados para rovers à superfície significa que a nave necessita colocar-se numa órbita quase circular a apenas 400 km de altitude, cada órbita levando cerca de duas horas.

Aerotravagem: o desafio final

Os controladores da missão vão usar a manobra de "aerotravagem" para conseguir alcançar esta órbita, comandando a nave para "raspar" a parte superior da atmosfera, para que a fraca fricção a puxe gentilmente para baixo.

"A quantidade de arrasto atmosférico é muito pequena," afirma Peter Schmitz, gestor de operações da nave, "mas depois de cerca de 13 meses será suficiente para atingir a altitude planeada de 400 km, enquanto disparamos o motor apenas algumas vezes, poupando combustível."

Durante a aerotravagem, a equipa no controlo da missão em Darmstadt, Alemanha, deve monitorizar cuidadosamente a sonda durante cada órbita para se assegurar que não é exposta a demasiado aquecimento ou pressão por fricção.

Espera-se que o arrasto varie de órbita para órbita devido à mudança atmosférica, a tempestades de poeira e à atividade solar. Isto significa que as equipas de dinâmica de voo da ESA terão de medir a órbita repetidamente para garantir que não cai demais, demasiado depressa.

A campanha de aerotravagem tem início programado para o dia 15 de março, quando Marte estiver a pouco mais de 300 milhões de quilómetros da Terra, e continuará até ao início de 2018.

Especialistas de dinâmica de voo no centro de operações da ESA, que trabalham em todas as missões da agência espacial, desde aquelas em baixa órbita, como a Swarm e Cryosat, até as que exploram o nosso Sistema Solar, como a Rosetta e ExoMars. Estão envolvidos desde os primeiros passos do desenho de uma missão até ao envio do último comando.
Crédito: ESA/J. Mai
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Intensificando para o início da campanha

Os controladores da missão estão agora a trabalhar intensivamente para preparar o orbitador, o plano de voo e os sistemas terrestres para a campanha.

Primeiro, no dia 19 de janeiro, vão ajustar o ângulo da órbita, em relação ao equador de Marte, para 74º, para que as observações científicas possam cobrir a maior parte do planeta.

De seguida, para entrar numa órbita de onde começar a aerotravagem, o ponto mais alto será reduzido nos dias 3 e 9 de fevereiro, deixando a sonda numa órbita de 200 x 33.475 km que completa a cada 24 horas.

Os controladores da missão na ESA têm já alguma experiência com a aerotravagem da sonda Venus Express, apesar de ter sido feita no final dessa missão apenas como demonstração. A NASA também já usou a aerotravagem para colocar a MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) e outras naves em órbitas baixas em torno de Marte.

"Esta será a primeira vez que vamos usar a aerotravagem para alcançar uma órbita operacional, de modo que estamos a aproveitar o tempo disponível para garantir que os nossos planos são robustos e que suportam quaisquer contingências," comenta o diretor de voo, Michel Denis.

Começando a abrandar

"Só então é que a atmosfera pode começar o seu trabalho, puxando-nos para baixo," realça Peter Schmitz. "Se tudo correr como planeado, será necessário muito pouco combustível até ao final da aerotravagem no início de 2018, quando os disparos finais circularizarem a órbita de 400 km."

Ainda não foi estabelecida nenhuma data, mas as observações científicas podem começar assim que a órbita final seja atingida. Além disso, o percurso fornecerá dois a três sobrevoos por cada rover, todos os dias, para a retransmissão de sinais.

Sonda saudável

No geral, a TGO está de excelente saúde. No dia 30 de novembro, recebeu uma atualização do sistema operativo. Até à data, apenas entrou em "modo de segurança" uma vez, quando uma falha fez com que a sonda se reinicializasse e aguardasse por comandos de correção. Isto teve lugar durante os testes preliminares do motor principal, quando uma configuração defeituosa foi rapidamente identificada e corrigida.

"Estamos muito satisfeitos por estar a manobrar uma nave tão incrível," comenta Michel. "Temos uma missão emocionante e desafiante pela frente."

Links:

Cobertura da missão ExoMars 2016 pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
02/12/2016 - Primeiras imagens de Marte revelam potencial para a nova sonda da ESA
25/11/2016 - Investigação do que aconteceu ao Schiaparelli faz progressos
22/11/2016 - Nova sonda ESA prepara-se para a primeira ciência
08/11/2016 - Local da colisão do Schiaparelli a cores
01/11/2016 - Imagens detalhadas do Schiaparelli e da sua maquinaria de descida em Marte
25/10/2016 - MRO observa local de aterragem do Schiaparelli
21/10/2016 - ExoMars 2016 - TGO em órbita de Marte; destino do Schiaparelli ainda por apurar
18/10/2016 - ExoMars preparada para o Planeta Vermelho
14/10/2016 - O que esperar da câmara do módulo Schiaparelli
07/10/2016 - Os perigos de aterrar em Marte
15/03/2016 - Missão ExoMars parte para Marte
08/03/2016 - Sonda ExoMars com lançamento previsto

Notícias relacionadas:
ESA (comunicado de imprensa)
Primeiro ano em órbita da ExoMars
PHYSORG
UPI
Forbes

ExoMars TGO:
ESA
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Jogo de Conchas na Grande Nuvem de Magalhães
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: John Gleason
 
Uma visão sedutora nos céus do hemisfério sul, a Grande Nuvem de Magalhães é aqui vista através de filtros de banda estreita. Os filtros são desenhados para transmitir apenas luz emitida pelos átomos ionizados de enxofre, hidrogénio e oxigénio. Ionizados por luz estelar energética, os átomos emitem a sua luz característica à medida que os eletrões são recapturados e os átomos transitam para um estado de energia mais baixo. Como resultado, esta imagem a cores falsas da Grande Nuvem de Magalhães parece coberta com nuvens, em forma de concha, de gás ionizado em redor de estrelas jovens e massivas. Esculpidas pelos fortes ventos estelares e por radiação ultravioleta, as nuvens brilhantes, dominadas pela emissão do hidrogénio, são conhecidas como regiões H II (hidrogénio ionizado). Ela mesma composta por muitas conchas sobrepostas, a Nebulosa da Tarântula é a grande região de formação estelar no centro superior. Uma galáxia satélite da Via Láctea, a Grande Nuvem de Magalhães mede aproximadamente 15.000 anos-luz de diâmetro e está a apenas 180.000 anos-luz de distância na direção da constelação Dourado.
 

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