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BOLETIM ASTRONÓMICO - EDIÇÃO N.º 466
De 12/11 a 14/11/2008
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  MISSÃO PHOENIX CHEGA AO FIM
   


O adeus da sonda Phoenix.
Crédito: NASA, Gizmodo
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A sonda Phoenix da NASA terminou comunicações após operar durante mais de cinco meses. Como antecipado, o declínio sazonal da luz solar no local de aterragem do robot não está a providenciar iluminação suficiente para os seus painéis solares recolherem a energia necessária para carregar as baterias que alimentam os instrumentos da sonda.

Os engenheiros da missão receberam pela última vez um sinal da sonda a 2 de Novembro. A Phoenix, além de dias mais pequenos, encontrou um céu mais poeirento, mais nuvens e temperaturas mais baixas à medida que o Verão no Norte de Marte se aproxima do Outono. A missão excedeu a sua vida operacional planeada de três meses para estudar e enviar dados científicos.


A sonda Phoenix em Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
(clique na imagem para ver versão maior)

A equipa do projecto permanecerá a escutar cuidadosamente durante as próximas semanas para determinar se a Phoenix ressuscita e "telefona para casa". No entanto, os engenheiros agora acreditam que seja improvável devido às cada vez piores condições em Marte. Embora o trabalho da sonda tenha terminado, a análise dos dados recolhidos pelos instrumentos está apenas no início.

"A Phoenix deu-nos algumas surpresas, e estou confiante que continuaremos a descobrir mais pérolas deste tesouro científico durante anos," disse Peter Smith, investigador principal da Phoenix, da Universidade do Arizona em Tucson, EUA.

Lançada a 4 de Agosto de 2007, a Phoenix aterrou em Marte no dia 25 de Maio de 2008, mais para Norte do que qualquer outra sonda que já aterrou na superfície. A sonda escavou, recolheu, cozeu, cheirou e saboreou o solo do Planeta Vermelho. Entre os resultados, verificou a presença de água gelada na subsuperfície marciana, que a sonda Mars Odyssey da NASA tinha detectado remotamente pela primeira vez em 2002. As câmaras da Phoenix também enviaram mais de 25.000 imagens, desde vistas impressionantes até quase ao nível atómico através do primeiro microscópio do género, pela primeira vez usado fora da Terra.


Durante os primeiros 90 dias marcianos após a sua aterragem a 25 de Maio de 2008, nas planícies árticas de Marte, a sonda Phoenix escavou várias trincheiras no solo com o seu braço robótico.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona/Universidade A&M do Texas
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"A Phoenix não só ultrapassou o tremendo desafio de aterrar em segurança, como também levou a cabo investigações científicas em 149 dos 152 dias marcianos como resultado de um trabalho árduo por uma equipa talentosa," disse Barry Goldstein, Gestor do Projecto Phoenix no JPL da NASA em Pasadena, Califórnia.

Os feitos científicos preliminares da Phoenix avançam o objectivo de estudar se o ambiente ártico marciano foi alguma vez favorável para micróbios. Os resultados adicionais incluem a documentação de um ambiente com um solo ligeiramente alcalino, ao contrário do que foi descoberto por missões anteriores; a descoberta de pequenas concentrações de sais que poderiam ser nutrientes para vida; a descoberta de sais de perclorato, que tem implicações para as propriedades do gelo e do solo; e a descoberta de carbonato de cálcio, uma marca dos efeitos da água líquida.


Estas imagens mostram a sublimação de gelo na trincheira informalmente denominada "Dodo-Goldilocks" ao longo de quatro dias. As imagens foram obtidas a 15 de Junho e 19 de Junho de 2008.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona/Universidade A&M do Texas
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As descobertas da Phoenix também suportam o objectivo de aprender mais sobre a história da água em Marte. Estes achados incluem o escavar solo por cima da camada de gelo, revelando pelo menos dois tipos distintos de depósitos gelados; a observação de neve caíndo das nuvens; um longo registo meteorológico, com dados sobre temperaturas, pressões, humidades e ventos; observações de neblinas, nuvens, geadas e "diabos" marcianos; e a coordenação com a sonda Mars Reconnaissance Orbiter para recolher observações simultâneas, terrestres e orbitais, do clima marciano.

"A Phoenix deu um importante passo em frente na esperança de descobrirmos se Marte foi já habitável e possivelmente já suportou vida," disse Doug McCuistion, director do Programa de Exploração de Marte na sede da NASA em Washington. "A Phoenix foi auxiliada por sondas orbitais, que providenciaram comunicações enquanto recolhiam os seus próprios dados científicos. Com o lançamento do muito antecipado Mars Science Laboratory, o Programa de Marte nunca dorme."

Links:

Retrospectiva da cobertura da missão Phoenix pelo CCVAlg:
11 de Julho de 2007 - O próximo passo da exploração marciana
3 de Maio de 2008 - Sonda Phoenix prepara-se para aterrar no ártico marciano
14 de Maio de 2008 - Phoenix a caminho da aterragem em Marte
21 de Maio de 2008 - Como a Phoenix aterrará em Marte
24 de Maio de 2008 - Os derradeiros momentos da aterragem da Phoenix Mars Lander
28 de Maio de 2008 - Phoenix aterra em Marte e envia primeira imagens
31 de Maio de 2008 - Phoenix estica braço e observa ártico marciano
7 de Junho de 2008 - Phoenix usa pela primeira vez o seu microscópio óptico
7 de Junho de 2008 - Podem os micróbios da Phoenix sobreviver em Marte?
18 de Junho de 2008 - Phoenix pode ter descoberto gelo no limite de polígono
21 de Junho de 2008 - Material esbranquiçado escavado pela Phoenix é gelo
28 de Junho de 2008 - Phoenix envia tesouro de dados científicos
30 de Julho de 2008 - Solo de Marte é surpreendentemente pegajoso
2 de Agosto de 2008 - Phoenix confirma: há água em Marte
6 de Agosto de 2008 - Equipa da Phoenix abre janela do processo científico
16 de Agosto de 2008 - Microscópio da Phoenix tira primeira imagem de uma partícula de poeira marciana
23 de Agosto de 2008 - Química heterogénea na atmosfera de Marte
13 de Setembro de 2008 - Phoenix observa os seus primeiros diabos marcianos
1 de Outubro de 2008 - Cai neve em Marte
11 de Outubro de 2008 - Phoenix aproxima-se do fim
1 de Novembro de 2008 - O princípio do fim para a sonda Phoenix

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
JPL (comunicado de imprensa)
Universidade do Arizona (comunicado de imprensa)
Universe Today
SPACE.com
Sky & Telescope
New Scientist
PHYSORG.com
Spaceflight Now
National Geographic
The Register
Euronews
Ars Technica
Wired
Gizmodo
AFP
UPI
IGN
NBC
Associated Press
Reuters
FOXNews.com
MSNBC
Bloomberg
New York Times
Washington Post
SIC
Rádio Renascença
IOL Diário

Phoenix:
Página oficial (Universidade do Arizona)
Página oficial (NASA)
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
 
 
EFEMÉRIDES:

Dia 12/11: 317.º dia do calendário gregoriano.
História: Em  1965, é lançada a sonda Venera 2 (USSR), com objectivo Vénus.

Em 1980, a sonda Voyager 1 faz a sua maior aproximação de Saturno.
Em 1981, lançamento STS-2 do vaivém Columbia.
Observações: Novembro é a altura do ano em que a Ursa Maior descansa horizontalmente na sua mais baixa posição a Norte-Noroeste após o lusco-fusco. Como tal, pode nao a conseguir observar por mergulhar para baixo do horizonte.

Dia 13/11: 317.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1833, deu-se a Grande Chuva de Meteoros Leónidas. Durante as quatro horas que precederam o nascer-do-dia, os detritos do cometa Tempel-Tuttle iluminaram o céu nocturno, causando pânico a quem os observava.
Em 1971, a sonda americana Mariner 9 torna-se na primeira a orbitar Marte.

Em 1999, a falha de um quarto giroscópio deixa em maus lençóis o Telescópio Espacial Hubble até que o encontro SM3A (missão STS-103 do vaivém espacial) o repara a 20 de Dezembro de 1999.
Observações: Lua Cheia, pelas 6:18.

Dia 14/11: 318.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1969, lançamento da Apollo 12 às 11:22 EST do Centro Espacial Kennedy.

A segunda aterragem lunar aterrou no Oceano das Tempestades, perto do local de aterragem da Surveyor 3.
Em 1999, primeira confirmação de um planeta extrasolar.
Observações: A estrela mais brilhante que brilha bem alto a Oeste após o anoitecer é Vega. Ainda mais alto encontra-se Deneb. Olhe para a esquerda de Vega para encontrar Altaír. Estas três estrelas formam o grande Triângulo de Verão.

 
 
CURIOSIDADES:

Diz-se que as estrelas azuis são  quentes e que as estrelas frias são vermelhas. Tal como em muitas outras situações os termos quente e frio são muito relativos. O frio das estrelas vermelhas significa mais de 2000 ºC à superfície ( a estrela MIra que é uma das mais frias pertence à classe M7III e tem pouco mais de 2000 K).
 
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS:

Foto

A Teia Cósmica da Nebulosa da Tarântula
Crédito
: Joseph Brimacombe

Primeiro catalogada como uma estrela, 30 Dourado é na realidade uma imensa região de formação estelar na vizinha Grande Nuvem de Magalhães. A aparência aracnídea da região é responsável pelo seu nome popular, a Nebulosa da Tarântula, só que esta tarântula mede 1000 anos-luz e situa-se a 180.000 anos-luz de distância na direcção da constelação do hemisfério Sul, Dourado. Se a Nebulosa da Tarântula estivesse à distância da Nebulosa de Orionte (1500 anos-luz), o berçário estelar mais próximo da Terra, pareceria cobrir 30 graus (60 Luas Cheias) no céu. As patas peludas da Nebulosa da Tarântula rodeiam NGC 2070, um enxame estelar que contém algumas das mais massivas e brilhantes estrelas conhecidas. Nesta imagem cientificamente colorida, encontram-se também detalhes intrigantes. A Tarântula cósmica também se situa perto do local da supernova recente mais próxima.
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