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Edição n.º 1216
03/11 a 05/11/2015
 
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EFEMÉRIDES

Dia 03/11: 307.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1957, primeira forma de vida e morte terrestre no espaço: a cadela Laika é lançada a bordo do soviético Sputnik 2 e morre depois de uma semana em órbita.

Em 1973 era lançada a Mariner 10. Chegou a Vénus a 5 de Fevereiro de 1974, maior aproximação a 5700 km. Devolveu imagens do topo das nuvens venusianas. A 29 de Março de 1974, torna-se na primeira sonda a alcançar Mercúrio.
Observações: Lua em Quarto Minguante, pelas 12:24.
Marte e Vénus continuam muito próximos um do outro, no céu a este-sudeste antes do amanhecer. Um pouco para cima destes dois planetas temos Júpiter.

Dia 04/11: 308.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 2003 foi registada a mais forte erupção solar conhecida.

Observações: Nota diferença na posição de Vénus em relação a Marte, comparando com o dia de ontem? Vénus está um pouco mais baixo que o Planeta Vermelho. Esta tendência é para continuar.

Dia 05/11: 309.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1743, são organizadas observações científicas coordenadas do trânsito de Mercúrio por Joseph-Nicolas Delisle.
Em 1906, nascia Fred Whipple, que propôs o modelo da "bola de neve suja" para o núcleo dos cometas. 

Em 1964, lançamento da Mariner 3, com destino Marte. No entanto, a cobertura que alojava a sonda não abriu corretamente e a Mariner 3 não chegou ao planeta. Está agora numa órbita solar.
Em 2007, o primeiro satélite lunar da China, Chang'e 1, entra em órbita da Lua.
Em 2013, a Índia lança a sua primeira sonda interplanetária, a MOM ou Mangalyaan
Observações: Vénus, Marte, Júpiter e a Lua formam uma linha antes do amanhecer a este-sudeste.
Pelas 22 horas, Orionte fica totalmente visível acima do horizonte a este. Acima de Orionte encontra-se a alaranjada Aldebarã. E por cima de Aldebarã está o enxame das Plêiades, Para a esquerda de M45 está a brilhante Capella.

 
CURIOSIDADES


Sabia que a Estação Espacial Internacional é habitada continuamente há já 15 anos? Veja aqui uma infografia com mais curiosidades.

 
DESCOBRINDO MUNDOS NOVOS COM UM JOGO DE LUZ E SOMBRA
Impressão de artista de um planeta a transitar em frente da sua estrela-mãe.
Crédito: NASA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Os astrónomos usam muitos métodos diferentes para descobrir planetas para lá do Sistema Solar, mas o mais bem-sucedido é, de longe, a fotometria de trânsito, que mede mudanças no brilho da estrela provocadas por um mini-eclipse. Quando um planeta, da nossa perspetiva, passa em frente da sua estrela, bloqueia parte da luz da estrela. Se a diminuição dura um determinado período de tempo e ocorre em intervalos regulares, provavelmente é um planeta que passa em frente, ou transita, a estrela uma vez a cada período orbital.

O Telescópio Espacial Kepler da NASA usou esta técnica para se tornar no mais bem-sucedido caçador exoplanetário até à data, com mais de mil descobertas estabelecidas e muitas mais aguardando confirmação. Missões que transportam tecnologia melhorada estão agora previstas, mas será que nos podem dizer mais sobre os sistemas planetários alienígenas semelhantes ao nosso?

De acordo com estudos recentemente publicados por Michael Hippke do Instituto de Análise de Dados em Neukirchen-Vluyn, Alemanha, e Daniel Angerhausen, investigador de pós-doutorado do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado americano de Marylan, sim. E muito. Eles mostram que, nos cenários mais favoráveis, as missões futuras podem descobrir luas planetárias, mundos com anéis parecidos com os de Saturno e até mesmo grandes coleções de asteroides.

"Destas novas missões, esperamos uma avalanche de descobertas, por isso queremos ter uma ideia das possibilidades, para que os cientistas possam aproveitar ao máximo os dados," afirma Angerhausen.

Tanto a NASA como a ESA apoiam-se no sucesso do Kepler. O TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, com lançamento previsto o mais tardar para 2018, será o primeiro levantamento espacial de trânsitos a englobar todo o céu. Ao longo de dois anos, o TESS irá acompanhar cerca de 200.000 estrelas vizinhas em busca de sinais. O satélite PLATO (Planetary Transits and Oscillations of stars) da ESA, uma missão de seis anos prevista para 2024, irá procurar planetas em torno de cerca de um milhão de estrelas espalhadas por mais de metade do céu.

A quantidade de escurecimento estelar provocado por um planeta em trânsito diz aos astrónomos quão grande é o planeta em relação à sua estrela, enquanto eventos recorrentes podem dizer-nos em quanto tempo o objeto orbita a sua estrela. Trânsitos adicionais aumentam a confiança que a diminuição de brilho não é provocada por um outro objeto cósmico (como uma estrela ténue), manchas solares na estrela hospedeira, ou ruído no detetor. Ao longo do tempo de vida operacional de um satélite, os sinais mais fortes vêm sempre de planetas maiores que orbitam perto das suas estrelas, porque produzem tanto uma diminuição de brilho mais profunda como trânsitos mais frequentes.

"Planetas com tamanhos e órbitas parecidas com as de Marte ou Mercúrio permanecerão fora de alcance, mesmo quando os seis anos dos dados PLATO forem combinados," afirma Hippke. "Mas mundos parecidos com Vénus e a Terra serão detetados rapidamente." O Kepler demonstrou a presença de planetas mais pequenos que a Terra em órbitas muito próximas de estrelas mais pequenas que o Sol, mas estes mundos escaldantes não são suscetíveis de suportar vida. O TESS e o PLATO vão revelar mundos do tamanho da Terra em órbitas semelhantes à da Terra e em redor de estrelas parecidas com o Sol.

Júpiter e Saturno demoram mais de uma década a orbitar o Sol. Mundos similares poderão transitar apenas uma vez durante as missões do TESS e do PLATO, mas produzirão eventos fortes. Se, como Júpiter, o planeta tiver luas grandes, os seus trânsitos também poderão aparecer nos dados. "Nós não teríamos uma deteção clara e não seríamos capazes de dizer se o planeta tinha uma única lua grande ou um conjunto de luas pequenas, mas a observação forneceria um forte candidato a lua para acompanhamento por outros observatórios futuros," explicou Angerhausen.

Atualmente, só foram detetados anéis em torno de um único planeta, chamado J1407b. O sistema de anéis é 200 vezes maior que o de Saturno. Tendo em conta o modo como um planeta parecido com Saturno apareceria nos dados do PLATO, os investigadores mostram que o sistema de anéis em trânsito produz um sinal claro que antecede e segue a passagem do planeta em frente da estrela. Estes resultados foram publicados na edição de 1 setembro da revista The Astrophysical Journal.

Num segundo estudo, publicado na edição de 20 setembro da mesma revista, os investigadores exploraram a possibilidade de deteção de asteroides presos em zonas orbitais chamadas pontos de Lagrange, posições onde a força gravitacional de um planeta é igual à força gravitacional da sua estrela. Estas áreas lideram e seguem o planeta na sua órbita por cerca de 60 graus. No nosso Sistema Solar, o exemplo mais proeminente ocorre perto de Júpiter, onde pelo menos 6000 objetos conhecidos se reuniram em dois grupos coletivamente chamados asteroides Troianos. Menos conhecido, é que a Terra, Marte, Úrano e Neptuno, à semelhança de Júpiter, também capturaram um ou mais asteroides ao longo das suas órbitas, e os astrónomos agora referem-se a todos os objetos presos desta forma como corpos Troianos.

O mesmo fenómeno também ocorrerá noutros sistemas planetários, sendo que Hippke e Angerhausen combinaram mais de 1000 observações de estrelas com planetas pelo Kepler à procura de uma diminuição média na luz estelar que indicasse corpos Troianos. Eles descobriram um sinal subtil correspondente às posições esperadas de objetos presos em dois pontos de Lagrange.

"Os dados do Kepler são bons, mas estamos a puxá-los até ao limite, de modo que este é um resultado muito preliminar," comenta Hippke. "Nós mostrámos, cautelosamente, que é possível detetar asteroides Troianos, mas vamos ter de esperar por melhores dados do TESS, do PLATO e de outras missões para realmente termos a certeza."

Links:

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Procurando as Sombras de Novos Mundos (NASA Goddard via YouTube)
The Astrophysical Journal
Artigo científico (arXiv.org)
The Astrophysical Journal - 2
Artigo científico (arXiv.org) - 2
PHYSORG

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
Open Exoplanet Catalogue
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Wikipedia

TESS:
NASA/Goddard
Wikipedia

PLATO:
ESA
Wikipedia

 
RESULTADOS DA MISSÃO ROSETTA ANTES DO PERIÉLIO

A Rosetta é uma missão fundamental para o programa de ciência espacial da ESA. A nave espacial foi lançada no dia 2 de março de 2004 e chegou ao seu alvo em agosto de 2014 após uma viagem de dez anos. O destino da sonda, o Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (ou 67P/C-G), é um cometa de curto período (6,55 anos) e de baixa inclinação orbital. O seu periélio situa-se nos 1,24 UA e a distância do afélio é de 5,68 UA. A Rosetta chegou ao 67P/C-G quando este estava a 3,5 UA do Sol e entrou na sua órbita para o acompanhar na viagem em direção ao Sol. A Rosetta consiste de um orbitador e de um módulo de aterragem, o Philae, que foi implantado na superfície do cometa no dia 12 de novembro de 2014. Ao contrário das missões cometárias anteriores que só passaram pelos seus alvos, a Rosetta orbita pela primeira vez um cometa e segue o seu caminho até ao periélio a fim de testemunhar o despertar da sua atividade.

A revista Astronomy & Astrophysics publicou uma edição especial que cobre uma variedade de temas na ciência cometária e cujos 46 artigos revolucionam este campo científico.

"Selfie" da missão Rosetta a uma distância de aproximadamente 16 km da superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Crédito: ESA/Rosetta/Philae/CIVA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Um primeiro resultado direto da Rosetta foi a oportunidade de ver o núcleo do cometa diretamente. O núcleo exibe uma forma surpreendente parecida com a de um "patinho de borracha", muito diferente das previsões (Preusker et al.). Será que a forma é uma consequência da formação e história de colisões do cometa, ou de uma erosão progressiva? Os investigadores também há muito tempo questionam-se sobre a estrutura cometária. Como é que a composição do núcleo está relacionada com a da cabeleira, como é que um cometa evolui e, claro, como é que os cometas se formam: serão, possivelmente, os blocos de construção de planetas? Com o seu tesouro de dados, a Rosetta fornece algumas respostas a estas perguntas de longa data.

O cometa tem sido, claro, monitorizado a partir da Terra, e a sua atividade tem sido semelhante ao que se esperava, com um aumento gradual durante a sua aproximação ao Sol (Zaprudin et al.). Tornou-se evidente que a maioria da sua atividade vinha de jatos de poeira da região Hapi, isto é, no "pescoço" entre os dois lóbulos do cometa (Lin et al., Lara et al.). A análise dos dados obtidos pelos instrumentos da Rosetta permitiram uma caracterização extensa da atividade do cometa e da sua cabeleira gasosa (Feldman et al., Biver et al., Lee et al., Bieler et al.). As considerações teóricas mostraram que a variação da velocidade de rotação do cometa pode ser explicada pela perda de cerca de um metro de material cometário em cada órbita em torno do Sol (Bertaux). Apenas mais ou menos 6% da superfície precisa de estar ativa para coincidir com os níveis de produção de água observados no periélio (Keller et al.). Para explicar a cauda de poeira observada, a poeira (principalmente grãos de tamanho milimétrico) precisa de ser libertada a partir da superfície do cometa a velocidades muito baixas (Soja et al.). Isto só é possível se a poeira à superfície tiver uma força de tensão muito baixa, mil vezes mais baixa do que a de uma camada de poeira produzida a partir de grãos de tamanho micrométrico. Uma solução é que o núcleo foi formado por meio de colapso gravitacional a partir de um conjunto de agregados milimétricos e até centimétricos (Gundlach et al.).

As observações do núcleo do cometa pela Rosetta mostram uma superfície jovem coberta por um revestimento empoeirado e uma composição possivelmente heterogénea entre os dois lóbulos (El-Maarry et al.). Observa-se uma grande variedade de terrenos e morfologias, incluindo características arredondadas e elevadas que traem condutas de desgaseificação, que por sua vez indicam a existência de grandes espaços vazios primordiais dentro do núcleo (Auger et al.). Foram identificados milhares de pedregulhos que mostram evidências múltiplas de que toda a superfície foi remodelada por deposição de material libertado (Pajola et al., Thomas et al.). A medição das inclinações de encostas permite uma determinação da força de tração do material do cometa. É extremamente baixa, apontando novamente para uma formação lenta por acréscimo suave de agregados porosos (Groussin et al.).

O interior do cometa também foi estudado pela Rosetta. As experiências de laboratório preveem uma estratificação vertical com um manto superior poroso de poeira refratária sobre uma camada de gelo duro formado por recondensação ou sinterização. Em concordância com esta previsão, a superfície do cometa é escura e "poeirenta", mas mostra remendos brilhantes de água gelada suja com tamanhos de um metro (Pommerol et al). As fortes variações diurnas na emissão submilimétrica e milimétrica indicam valores muito baixos de inércia térmica, compatíveis com uma superfície altamente porosa, solta e parecida com rególitos, e sugerem uma estrutura vertical a alguns centímetros da superfície (Brouet et al., Schloerb et al., Choukroun et al.). Embora as observações de radar entre o orbitador e o Philae sejam difíceis de interpretar, sugerem que a permissividade e a constante dielétrica mudam por baixo da superfície (Ciarletti et al.).

Com um albedo geométrico de 6%, o Cometa 67P/C-G é escuro como carvão. O espectro infravermelho e visível do núcleo tem geralmente muito poucas características e é avermelhado, compatível com uma composição orgânica (Fornasier et al., Ciarnello et al., La Forgia et al.). As observações no ultravioleta longínquo confirmam que a superfície está coberta por uma camada homogénea de material e que o gelo da superfície não é ubíquo em grandes abundâncias (Feaga et al.).

Mosaico composto por quatro imagens, capturado a uma distância de 27,9 km do centro do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko no dia 12 de janeiro de 2015.
Crédito: ESA/Rosetta/NAVCAM
(clique na imagem para ver versão maior)
 

As medições com espectrómetros de massa e instrumentos de deteção remota permitiram a determinação direta da composição da cabeleira em função do tempo. Esta informação é importante na determinação da profundidade a que as várias moléculas são originárias. Por exemplo, a produção de água é fraca em regiões com baixa iluminação solar, enquanto o CO2 é libertado tanto de regiões iluminadas como não iluminadas, o que indica que, ao contrário do H2O, o CO2 sublima abaixo da "pele" diurna (Bockelee-Morvan et al.). As espécies menores mostram uma correlação ou com H2O ou com CO2, mas o CH4 mostra um padrão diferente e inexplicado (Luspay-Kuti et al.). O cometa também contém moléculas orgânicas complexas e as grandes diferenças nas abundâncias relativas entre os hemisférios de verão e inverno apontam para uma possível evolução em larga escala da superfície cometária (Le Roy et al.). Com este método até foram detetados iões, permitindo o estudo da química de iões neutra (Fuselier et al.). À superfície do 67P/C-G, o próprio espectrómetro de massa do Philae também mediu com sucesso uma proporção CO/CO2 substancialmente mais baixa do que algumas medições da cabeleira, o que indica a heterogeneidade significativa do núcleo (Morse et al.).

A Rosetta também investigou as interações entre a cabeleira e o vento solar (Broiles et al., Nilsson et al.), descobrindo uma altamente turbulenta interação, mais forte que o esperado (Clark et al.), e a presença de nanogrãos carregados negativamente (Gombosi et al.).

Uma surpresa foi a descoberta de pelo menos quatro grandes grãos com diâmetros entre 10 e 50 cm em órbita do núcleo (Davidsson et al.), bem como milhões de partículas (Fulle et al.). A partir do vento solar e das medições dos espectrómetros de massa, parece que esta poeira tem a mesma abundância de Na (sódio) que os condritos carbonáceos (os meteoritos mais primitivos), mas está esgotada no que toca ao cálcio e tem potássio em excesso (Wurz et al.). Foram encontradas tanto partículas compactas como partículas mais fofas e porosas, com massas entre 0,1 e 100 µg e velocidades entre os 0,3 e 12 m/s (Della Corte et al.). Não foi descoberto, em órbita do núcleo, nenhum objeto com tamanho superior a seis metros (Bertini et al.). Uma partícula de tamanho milimétrico foi descoberta pelo detetor de poeira do Philae. As suas propriedades materiais são compatíveis com uma partícula porosa com uma densidade baixa de aproximadamente 0,25 g/cm3 (Krüger et al.).

Com a sua densidade baixa, alta porosidade e baixas forças de tração, este cometa parece frágil. Mesmo assim, as simulações da história de colisão no Sistema Solar mostram que é altamente improvável que se tenha formado como um único corpo com 4 km e que tenha sobrevivido, inalterado, à viagem de 4,5 mil milhões de anos até nós. Ao invés, deve ser um fragmento de um objeto maior que sofreu uma ou várias colisões maciças (Morbidelli & Rickman). Enquanto o "pescoço" do cometa é a região de onde a maioria dos jatos são originários, a erosão parece ser demasiado limitada para ter escavado centenas de metros de material cometário. O estudo detalhado de imagens da Rosetta, juntamente com modelos teóricos, indica que os dois lóbulos do núcleo do 67P/C-G são derivados de dois objetos distintos que formaram um binário de contacto via uma fusão suave (Rickman et al.).

O Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko ainda guarda muitos segredos. Estes artigos científicos interpretam dados obtidos durante o auge da atividade, isto é, antes do cometa ter alcançado o periélio de dia 13 de agosto de 2015. Já durante esse período, a Rosetta observou mudanças à superfície, como o crescimento de características redondas com 100 metros, associadas com H2O e/ou gelos de CO2 (Groussin et al.). Os dados recolhidos durante e após o periélio prometem ser igualmente ricos em surpresas.

Links:

Cobertura da missão Rosetta pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
30/10/2015 - Primeira deteção de oxigénio molecular num cometa
06/10/2015 - Rosetta espia o lado escuro do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
29/09/2015 - Cometa da Rosetta é um binário de contacto
25/09/2015 - Rosetta revela ciclo de água do Cometa 67P/C-G
14/08/2015 - O grande dia da Rosetta ao Sol
11/08/2015 - "Fogos de artifício" cometários antes do periélio
07/08/2015 - Há um ano que a Rosetta orbita o Cometa 67P/C-G
04/08/2015 - Ciência à superfície do Cometa 67P/C-G
03/07/2015 - Depressões no Cometa 67P/C-G produzem jatos
26/06/2015 - Água gelada exposta, detetada à superfície do Cometa 67P/C-G
19/06/2015 - Despertar do Philae desencadeia intenso esforço de planeamento
16/06/2015 - O módulo de aterragem da Rosetta, Philae, acordou
12/06/2015 - Equipa da Rosetta avista brilho que poderá ser módulo desaparecido
05/06/2015 - Estudo ultravioleta revela surpresas na cabeleira de cometa
17/04/2015 - Rosetta e Philae descobrem que cometa não é magnetizado
24/03/2015 - Sonda Rosetra faz a primeira deteção de nitrogénio molecular num cometa
06/02/2015 - Rosetta "mergulha" para encontro íntimo
27/01/2015 - Rosetta observa cometa a largar o seu revestimento de poeira
23/01/2015 - Dando a conhecer o cometa da Rosetta
12/12/2014 - Rosetta alimenta debate sobre origem dos oceanos da Terra
28/11/2014 - Onde diabos pousou o Philae?
21/11/2014 - Primeiros resultados científicos do Philae
18/11/2014 - Philae completa missão principal antes de hibernar
14/11/2014 - Philae poisa no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
11/11/2014 - Como aterrar num cometa
07/11/2014 - Adeus "J", olá Agilkia
28/10/2014 - O "perfume" do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
17/10/2014 - ESA confirma local de aterragem do Philae
30/09/2014 - Philae com aterragem prevista para 12 de Novembro
16/09/2014 - Está escolhido o local de aterragem do Philae
26/08/2014 - Onde é que o Philae vai aterrar?
08/08/2014 - A nave Rosetta chega ao seu cometa de destino
05/08/2014 - Sonda Rosetta chega a cometa esta semana
01/04/2014 - Philae está acordado!
17/01/2014 - O despertador mais importante do Sistema Solar
13/07/2010 - Rosetta triunfa no asteróide Lutetia
13/11/2009 - Será que o "flyby" da Rosetta indica uma nova física exótica? 
06/11/2009 - Rosetta faz último "flyby" pela Terra a 13 de Novembro 
06/09/2008 - Rosetta passa por Steins: um diamante no céu 
03/09/2008 - Contagem decrescente para "flyby" por asteróide 
28/02/2007 - A semana dos "flybys" 
01/06/2004 - Primeira observação científica da Rosetta 
12/03/2004 - Escolhidos os dois asteróides para aproximação da Rosetta 
09/03/2004 - Sonda Rosetta finalmente lançada

Notícias relacionadas:
Astronomy & Astrophysics (comunicado de imprensa)
Astronomy & Astrophysics - Vol. 583 (novembro de 2015)
PHYSORG

Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko:
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  Sinais de nevoeiro ácido em Marte (via Sociedade Geológica da América)
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  Espirais em redor de estrelas jovens podem trair presença de planetas gigantes (via NASA)
Uma equipa de astrónomos está a propôr que os grandes padrões espirais vistos em redor de algumas estrelas recém-nascidas, com uns meros milhões de anos (cerca de 1% da idade do Sol), podem ser evidências da presença de planetas gigantes ainda por descobrir. Esta ideia não só abre a porta para um novo método de deteção planetária, mas também fornece um olhar sobre os primeiros anos de formação dos planetas. Ler fonte
 
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(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Wally Pacholka (AstroPics.comTWAN)
 
Não precisamos de estar em Monument Valley para ver o arco da Via Láctea no céu - mas ajuda. Só em Monument Valley, EUA, é que vemos este pitoresco primeiro plano que incluem estes icónicos picos rochosos. São compostos por rocha dura deixada para trás depois da água ter erodido a rocha mais fraca circundante. Nesta imagem, captada em 2012, o pico rochoso mais próximo à esquerda e o da direita são conhecidos como Mittens, enquanto Merrick Butte pode ser visto mais para a direita. Bem acima, estica-se uma banda de luz difusa que faz parte do disco central da nossa Galáxia espiral, a Via Láctea. A banda da Via Láctea pode ser avistada por quase qualquer pessoa em praticamente qualquer noite limpa, quando suficientemente longe de uma cidade e das suas luzes brilhantes.
 

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