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Edição n.º 960
17/05 a 20/05/2013
 
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31/05/13 - APRESENTAÇÃO ÀS ESTRELAS
21:00 - 23:00
Preço: 1€ (crianças até 12 anos grátis)
Pré-inscrição: info@ccvalg.pt ou 289 890 920/22
Palestra sobre um tema de astronomia seguida de observação do céu nocturno com telescópio (dependente da meteorologia favorável)

01/06/13 - DESCOBRINDO O SOL
16:00 - 17:00 (actividade incluída na visita ao Centro; 1€ para participantes que não visitem o Centro - crianças até 12 anos grátis)
Nesta actividade os participantes poderão observar os fenómenos visíveis na "superfície" do Sol e participar em experiências que ajudam a conhecer melhor o astro-rei.

 
EFEMÉRIDES

Dia 17/05: 137.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1836 nascia J. Norman Lockyer, descobridor do elemento hélio em 1868. J. N. L. fazia estudos espectrais do Sol quando atribuíu linhas desconhecidas de absorção ao novo elemento, só "descoberto" na Terra em 1891. 

Sir Lockyer também é conhecido como o Pai da Arqueoastronomia. Foi um dos primeiros a propôr cientificamente que Stonehenge era um observatório astronómico e que as pirâmides do Egipto e as grandes catedrais Cristãs medievais foram construídas ao longo de orientações astronómicas importantes.
Em 1882 foi descoberto um cometa em fotografias da coroa solar tiradas durante um eclipse total; o cometa nunca mais foi visto. Provavelmente era um "suicida", em rota de colisão com o Sol.
Em 1969, a soviética Venera 6começa a sua descida pela atmosfera de Vénus, enviando dados atmosféricos antes de ser destruída pela pressão.
Em 1999, lançamento doSETI@Home. Depois de alguns anos de preparação, o maior projecto informático distribuído do mundo começa a pesquisar os céus em busca de sinais enviados por uma civilização extraterrestre inteligente.
Observações: Régulo e a Foice de Leão brilham por cima da Lua em Quarto Crescente esta noite. A Lua está a 1,3 segundos-luz da Terra. Régulo está quase precisamente mil milhões de vezes mais longe, a 42 anos-luz.

Dia 18/05: 138.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1910, a Terra passa pela cauda do cometa Halley.
Em 1969 era lançada a Apollo 10, a quarta missão tripulada do programa Apollo, que foi a segunda a orbitar a Lua.

A Apollo 10 detém o recorde da maior velocidade já atingida por um veículo tripulado: 39.896 km/h. Este foi atingido durante o regresso da Lua a 26 de Maio de 1969.
Em 2005, uma segunda foto do Hubble confirma que Plutão tem mais duas luas: Nix e Hydra.
Observações: Lua em Quarto Crescente, pelas 05:34.
Por volta das 22 horas esta semana, Antares já é visível muito baixa a Sudeste, juntamente com outras estrelas de Escorpião.

Dia 19/05: 139.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1961, a Venera 1 torna-se o primeiro objecto feito por humanos a passar por outro planeta, Vénus.

A sonda tinha perdido o contacto com a Terra um mês antes e não enviou nenhuns dados de volta).
Em 1971, lançamento da sonda Mars 2 (USSR). A 27 de Novembro do mesmo ano, alcança Marte, e continua a enviar dados até 1972. Era suposto também aterrar um «lander», mas colidiu com a superfície devido a uma avaria nos foguetes de travagem.
Observações: Arcturo é a estrela mais brilhante alta a Sudeste por estas noites. É a estrela principal da constelação de Boieiro, com a forma de uma espécie de papagaio-de-papel.

Dia 20/05: 140.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1498, Vasco da Gama chegava a Calcutá (India) numa viagem de exploração equivalente na época às modernas odisseias espaciais.

Observações: A Lua, Espiga e Saturno fazem uma linha quase recta no céu a Sul-Sudeste.

 
CURIOSIDADES


O sucessor do Kepler tem o nome de TESS (Transition Exoplanet Survey Satellite). Ao contrário do primeiro, o TESS irá observar todo o céu ao longo de dois anos. Tem lançamento previsto para 2017.

 
MISSÃO KEPLER EM RISCO
Impressão de artista do Telescópio Espacial Kepler.
Crédito: NASA
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O Telescópio Espacial Kepler da NASA perdeu a sua capacidade de apontar com precisão para as estrelas, colocando em perigo a sua busca planetária. Um dispositivo chamado roda de reacção - instrumentos que permitem com que o Telescópio aponte em diferentes direcções sem necessitar ligar os motores - falhou. Este é um problema grave porque a roda de reacção n.º 2 falhou o ano passado, e agora foi a vez da n.º 4. Os cientistas do Kepler dizem que o Telescópio precisa de pelo menos três rodas de reacção para poder apontar precisamente para caçar planetas em órbita de estrelas distantes.

"Precisamos de três rodas em serviço para nos dar a precisão que precisamos para descobrir planetas," afirma Bill Borucki, investigador principal do Kepler, durante uma conferência de imprensa na passada Quarta-feira. "Sem três rodas em funcionamento não é claro se podemos continuar a usar o Kepler normalmente."

Mas a equipa do Kepler disse que ainda há possibilidades de manter o telescópio em condições de funcionamento, ou talvez até mesmo de encontrar outras oportunidades científicas para o Kepler, algo que não necessite capacidades tão precisas.

"Nós não estamos prontos para terminar a missão," afirma John Grunsfeld, administrador associado da NASA para o Directorado de Missões Científicas, "mas por qualquer medida foi uma missão espectacular."

A NASA aprovou o ano passado o prolongamento da missão Kepler até 2016, por isso muito está dependente da saúde das rodas de reacção da nave.

O Kepler entrou em modo de segurança no passado dia 14 de Maio, um modo de software pré-programado activado quando o observatório tem problemas em apontar, que o coloca num estado onde os painéis solares apontam para o Sol para manter ligados os seus sistemas, assim como envia um alerta para os controladores da missão. Quando os engenheiros viram a telemetria, viram indícios de que a quarta roda de reacção não se movia, mesmo após terem enviado um comando para acelerar.

"Inicialmente, viram movimento na roda," afirma Charles Sobeck, vice-gestor do projecto Kepler durante a conferência de imprensa, "mas rapidamente voltou para velocidade zero, indicativo de falha interna. O nosso próximo passo é ver o que podemos fazer para reduzir o consumo de combustível, pois gostaríamos de estender ao máximo a reserva de combustível."

Sobeck acrescenta que ainda podem tentar algumas coisas para reparar a roda n.º 4, como "sacudi-la" ou tentar rodá-la em sentido inverso.

"Nós podemos tentar sacudi-la, como faríamos com qualquer roda cá na Terra, comandando-a para se mover para a frente e para trás," realça Sobeck, "para que volte a funcionar. Ou talvez, já que a roda n.º 2 já não é ligada há oito meses, podemos tentar ligá-la novamente. Vai levar algum tempo até construir um plano."

Sobeck explicou que actualmente estão usando os motores para estabilizar o telescópio, e no seu modo actual, tem combustível suficiente para alguns meses. Mas esperam colocar o observatório no que chamam de "Estado de Descanso", que estenderia o combustível até vários anos.

"O Estado de Descanso é uma espécie de oásis onde podemos estacionar o veículo enquanto decidimos o que podemos fazer, ou ver se há outro modo para podermos operar o telescópio," afirma Sobeck. "Assim que saibamos como o podemos operar, podemos saber o que fazer no futuro."

O Estado de Descanso é um estado controlado por motores que minimiza o uso de combustível ao mesmo tempo que proporciona uma comunicação contínua na banda-X. Sobeck descreveu que usa a pressão solar do Sol em conjunção com o uso mínimo do propulsor para permitir um movimento periódico lento, que é muito eficiente em combustível e que mantém os painéis solares apontados para o Sol e as antenas de comunicação apontadas à Terra.

O software necessário para executar este estado foi carregado no telescópio a semana passado, e anteontem a equipa terminou o envio dos parâmetros a usar pelo software.

Sobeck também disse que existe a possibilidade da roda girar na direcção oposta, mas isso significaria ter que usar mais combustível. "As rodas de reacção tentam balançar as forças da pressão solar, que é o que obriga a roda a movimentar-se," explica. "Se estamos girando a roda na direcção oposta, não equilibramos as forças, adicionamos a elas, e o observatório começa a inclinar-se, por isso teríamos que compensar esse movimento com disparos adicionais dos motores."

As rodas de reacção têm já dado problemas noutras missões, e Sobeck disse que a NASA tem uma equipa que estuda os problemas das rodas de reacção e tenta encontrar formas de maximizar a sua longevidade.

No início deste ano, foi detectada fricção elevada na roda de reacção n.º 4, e como precaução e medida para reduzir o atrito, as rodas de reacção diminuíram para velocidade zero e a sonda foi colocada num modo de segurança controlado por propulsores durante alguns dias. Depois disso, a roda ficou em condições de ser usada novamente e operou até esta semana.

Mas a equipa salienta que mesmo que o Kepler não consiga fazer mais observações, existem ainda terabytes de dados da missão por estudar.

"Temos dois anos de dados ainda por estudar," afirma Borucki. "Estou optimista que os dados que temos serão capazes de satisfazer a missão do Kepler de descobrir outra Terra. Acreditamos que nos próximos dois anos teremos muitas mais descobertas excitantes no que toca à descoberta de exoplanetas." Borucki acrescentou que embora esteja contente que tenha sido descobertos tantos candidatos planetários, por outro lado "teria ficado muito mais feliz se a missão tivesse continuado por mais quatro anos. Isso seria a cereja no topo do bolo," realça, "mas temos actualmente um excelente bolo."

O Kepler já descobriu mais de 2700 candidatos a planeta, com 130 já confirmados, desde o tamanho da Lua da Terra até planetas maiores que Júpiter.

"Vamos continuar a analisar os dados para obter os resultados que o Kepler foi construído para fazer," afirma Paul Hertz, director de astrofísica da NASA. "Apesar do Kepler estar em apuros, recolheu todos os dados necessários para responder aos seus objectivos científicos. O Kepler não é a última missão exoplanetária, é a primeira. Foi um grande começo para o nosso caminho da exploração exoplanetária."

Links:

Cobertura da missão Kepler pelo Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
19/04/2013 - Kepler descobre planetas mais pequenos, até à data, na 'zona habitável'
15/03/2013 - Planetas tipo-Terra em zonas habitáveis são mais comuns do que se pensava
22/02/2013 - Kepler descobre sistema planetário minúsculo
08/02/2013 - Planetas tipo-Terra na "porta ao lado"
08/01/2013 - Milhares de milhões de planetas
16/11/2012 - Kepler completa missão principal, começa missão prolongada
16/10/2012 - Amadores descobrem planeta em sistema quádruplo
27/07/2012 - Cientistas medem orientação de sistema multiplanetário, descobrem ser muito parecido ao nosso Sistema Solar
24/07/2012 - Será Gliese 581g verdadeiramente o "primeiro planeta extrasolares potencialmente habitável"?
22/05/2012 - Exoplaneta recém-descoberto pode tornar-se em pó
08/05/2012 - Procurando Terras ao procurar Júpiteres
27/04/2012 - Astrónomos identificam três exoplanetas
24/04/2012 - Irmã da Terra na mira
27/01/2012 - Kepler anuncia 11 sistemas planetários com 26 planetas
13/01/2012 - Kepler descobre os três exoplanetas mais pequenos até agora
27/12/2011 - Kepler descobre dois planetas "torriscados"
23/12/2011 - Kepler descobre primeiros planetas do tamanho da Terra para lá do Sistema Solar
06/12/2011 - Kepler confirma seu primeiro planeta na zona habitável de estrela tipo-Sol
20/09/2011 - Missão Kepler descobre mundo que orbita duas estrelas
17/05/2011 - Pesquisa SETI aponta telescópio para lista de "topo" em planetas tipo-Terra
22/03/2011 - Nova estimativa para mundos tipo-Terra: 2 mil milhões, só na Via Láctea
01/03/2011 - Descobertos dois planetas que partilham a mesma órbita
04/02/2011 - Excelentes notícias orundas do Telescópio Kepler
11/01/2011 - Missão Kepler da NASA descobre o seu primeiro planeta rochoso
27/08/2010 - Missão Kepler da NASA descobre dois planetas que transitam a mesma estrela
18/06/2010 - Kepler divulga dados acerca de 306 potenciais exoplanetas
10/08/2009 - Kepler descobre o seu primeiro planeta extrasolar
15/05/2009 - Que comece a caça planetária
20/04/2009 - Primeiras imagens da missão Kepler
10/04/2009 - Telescópio Kepler abre o seu olho
09/03/2009 - Missão Kepler parte em busca de novos mundos
06/03/2009 - Telescópio Kepler é lançado hoje
18/02/2009 - Via Láctea poderá ter milhares de milhões de 'Terras'
06/02/2009 - Telescópio Kepler irá pesquisar "Terras" extrasolares

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
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SPACE.com - 2
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Rodas de reacção:
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Mapa das zonas de estudo do Kepler (formato PDF)
Wikipedia

 
NOVO MÉTODO DE CAÇA PLANETÁRIA FAZ PRIMEIRA DESCOBERTA

A detecção de mundos alienígenas constitui um desafio considerável porque são pequenos, ténues e estão perto das suas estrelas. As duas técnicas mais prolíficas para encontrar exoplanetas são o método de velocidade radial (observando a oscilação de estrelas) e o método de trânsito (diminuição do brilho de uma estrela devido à passagem de um planeta em frente). Uma equipa da Universidade de Telavive e do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (CfA) descobriu um exoplaneta usando um novo método que se baseia na teoria especial da relatividade de Einstein.

"Estamos à procura de efeitos muito subtis. Precisávamos de medições de alta qualidade de brilhos estelares, com precisões de apenas algumas partes por milhão," afirma David Latham, membro da equipa do CfA.

"Isto foi apenas possível graças aos requintados dados que a NASA recolhe com a sonda Kepler," afirma Simchon Faigler, autor principal da Universidade de Telavive em Israel.

Impressão de artista do "planeta de Einstein", formalmente conhecido como Kepler-76b, em órbita da sua estrela-mãe, que foi distorcida ligeiramente (exagerada aqui para efeito).
Crédito: David A. Aguilar (CfA)
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Embora o Kepler tenha sido concebido para encontrar planetas em trânsito, este planeta não foi identificado usando o método de trânsito. Em vez disso, foi descoberto usando uma técnica proposta pela primeira vez por Avi Loeb do CfA e seu colega Scott Gaudi (agora na Universidade Estatal de Ohio, EUA) em 2003 (coincidentemente, desenvolveram a sua teoria enquanto visitavam o Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde Einstein trabalhou).

O novo método procura três pequenos efeitos que ocorrem simultaneamente à medida que um planeta orbita a estrela. O efeito de "beaming" de Einstein faz com que a estrela aumente de brilho quando se move na nossa direcção, puxada pelo planeta, e diminua quando se afasta. O aumento de brilho deriva da acumulação de fotões em energia, bem como da concentração de luz na direcção do movimento da estrela devido a efeitos relativísticos.

"Esta é a primeira vez que este aspecto da teoria da relatividade de Einstein foi usado para descobrir um planeta," afirma o co-autor Tsevi Mazeh da Universidade de Telavive.

A equipa também procurou sinais de que a estrela foi "esticada" pelas marés gravitacionais do planeta em órbita. A estrela parece mais brilhante quando a observamos de lado, devido à mais visível área de superfície, e mais ténue quando vista de cima/baixo. O terceiro pequeno efeito foi devido à luz estelar reflectida pelo próprio planeta.

Assim que o novo planeta foi identificado, foi confirmado por Latham usando observações de velocidade radial recolhidas pelo espectrógrafo TRES no Observatório Whipple no estado americano do Arizona, e por Lev Tal-Or (Universidade de Telavive) usando o espectrógrafo SOPHIE do Observatório Alta-Provença, na França. Um olhar mais atento aos dados do Kepler também mostrou que o planeta transita a sua estrela, proporcionando confirmação adicional.

"O planeta de Einstein," formalmente conhecido como Kepler-76b, é um "Júpiter quente" que orbita a sua estrela a cada 1,5 dias. O seu diâmetro é aproximadamente 25% maior que o de Júpiter e tem o dobro da massa. Orbita uma estrela do tipo-F localizada a 2000 anos-luz da Terra na direcção da constelação de Cisne.

Esta imagem mostra a órbita de Kepler-76b em torno de estrela amarela-esbranquiçada do tipo-F, a 2000 anos-luz de distância na direcção da constelação de Cisne. Embora o planeta tenha sido detectado usando o efeito BEER, descobriu-se mais tarde que também transitava a estrela, a partir do ponto de vista da Terra.
Crédito: Dood Evan
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O planeta sofre de acoplamento de maré, mostrando sempre a mesma face à estrela, tal como a Lua à Terra. Como resultado, Kepler-76b ferve a uma temperatura de aproximadamente 1982º C.

Curiosamente, a equipa encontrou fortes indícios de que o planeta tem ventos extremamente rápidos que transportam o calor em seu redor. Como resultado, o ponto mais quente de Kepler-76b não é o ponto subestelar ("meio-dia"), mas numa localização a 16.000 km de distância. Este efeito apenas foi observado anteriormente uma vez, em HD 189733b, e apenas no infravermelho com o Telescópio Espacial Spitzer. Esta é a primeira vez que as observações ópticas mostraram evidências de correntes de vento em acção.

Embora o novo método não consiga encontrar mundos tipo-Terra usando a tecnologia actual, oferece aos astrónomos uma oportunidade única de descoberta. Ao contrário das pesquisas com o método de velocidade radial, não requer espectros de alta precisão. E ao contrário dos trânsitos, não requer um alinhamento preciso do planeta e da estrela, a partir do ponto de vista da Terra.

"Cada técnica de caça planetária tem os seus pontos fortes e fracos. E cada técnica nova que acrescentamos ao arsenal permite-nos estudar planetas em novos regimes," afirma Avi Loeb do CfA.

Kepler-76b foi identificado pelo algoritmo BEER (cuja sigla significa "relativistic BEaming, Ellipsoidal, and Reflection/emission modulations"). O BEER foi desenvolvido pelo Professor Tsevi Mazeh e pelo estudante Simchon Faigler, da Universida de Telavive em Israel.

O artigo que apresenta esta descoberta foi aceite para publicação na revista The Astrophysical Journal e está disponível online.

Links:

Notícias relacionadas:
Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica (comunicado de imprensa)
Universidade de Telavive (comunicado de imprensa)
Artigo científico (formato PDF)
Universe Today
redOrbit
SPACE.com
Space Daily
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PHYSORG
Science World Report
Discovery News
io9
AstroPT

Kepler-76b:
Wikipedia

HD 189733b:
Wikipedia
Exoplanet.eu

Relatividade especial de Einstein:
Wikipedia

Planetas extrasolares:
Wikipedia
Lista de planetas confirmados (Wikipedia)
Lista de planetas não confirmados (Wikipedia)
Lista de exoplanetas potencialmente habitáveis (Wikipedia)
Lista de extremos (Wikipedia)
PlanetQuest
Enciclopédia dos Planetas Extrasolares
Exosolar.net

Telescópio Espacial Kepler:
NASA (página oficial)
Arquivo de dados do Kepler
Descobertas planetárias do Kepler
Mapa das zonas de estudo do Kepler (formato PDF)
Wikipedia

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Quatro Proeminências de Classe-X
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: NASASDO, GSFC
 
Balançando em redor do limbo Este do Sol esta Segunda-feira passada, um grupo de manchas solares denominado região activa AR1748 produziu as quatro primeiras proeminências solares de classe-X de 2013 em menos de 48 horas. Em sequência cronológica na direcção dos ponteiros do relógio, começando na imagem do canto superior esquerdo, as erupções foram capturadas em imagens no ultravioleta extremo pela sonda SDO (Solar Dynamics Observatory). Classificadas de acordo com o seu brilho máximo em raios-X, as proeminências de classe-X são as mais poderosas e são frequentemente acompanhadas por ejecções de massa coronal (CMEs), nuvens enormes de plasma altamente energético lançadas para o espaço. Mas as CMEs das três primeiras proeminências não tiveram a direcção da Terra, embora a associada com a quarta proeminência possa desferir um golpe rasante ao campo magnético da Terra no dia 18 de Maio. Também provocando apagões temporários de rádio, AR1748 provavelmente ainda não terminou. Com previsões para a produção de proeminências adicionais, a região activa está girando para uma orientação mais favorável na face visível do Sol.
 

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