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Edição n.º 997
24/09 a 26/09/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 24/09: 267.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1970, a primeira sonda não-tripulada, a soviética Luna 16, regressa da Lua com mais de um quilograma de material lunar.

Observações: Mercúrio e Espiga estão em conjunção, separados por apenas 0,5º, muito baixos a Oeste-Sudoeste no ainda muito brilhante lusco-fusco. Mais ou menos 20 minutos após o pôr-do-Sol, use binóculos para os ver a apenas 22º para baixo e para a direita de Vénus. Mercúrio tem magnitude -0,11. Espiga tem apenas magnitude 0,96.

Dia 25/09: 268.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1644, nascia Ole Romer, um astrónomo dinamarquês que foi responsável pela demonstração de que a velocidade da luz era finita contrariamente ao que se pensava à data.

Em 1992, a NASA lança a Mars Observer, uma sonda de 511 milhões de dólares com destino Marte, a primeira ao planeta em 17 anos. Onze meses mais tarde, a sonda falha. 
Em 2008, a China lança a nave Shenzhou 7.
Observações: A Lua nasce tarde hoje (por volta das 23:30, dependendo da sua localização), com Aldebarã para cima e para a sua direita, e a brilhante Capella ainda mais distante para a esquerda. Um pouco mais cedo, aviste estas duas estrelas quando estão mais baixas e "adivinhe" o local de "nascimento" da Lua.

Dia 26/09: 269.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1580, Sir Francis Drake completa a sua circumnavegação da Terra.

Observações: Com a chegada do Outono, a brilhante "estrela de Outono" Arcturo, move-se cada vez mais para baixo a Oeste após o pôr-do-Sol. Mas ainda tem muito que percorrer até que desapareça durante o resto do ano. Olhe bem para a sua direita para encontrar a Ursa Maior, que está agora quase direita.

 
CURIOSIDADES


Existem mais de 170.000 kg de objectos artificais na Lua, restos de missões e sondas. Consulte aqui a lista.

 
MISSÃO DEEP IMPACT CHEGA AO FIM

Depois de quase nove anos no espaço, que contou também com um impacto sem precedentes e posterior "flyby" por um cometa, seguido de uma passagem cometária adicional, e o envio de cerca de 500 mil imagens de objectos celestes, a missão Deep Impact da NASA terminou.

A equipa do projecto no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, relutantemente pronunciou a missão como terminada após ter sido incapaz de comunicar com a nave espacial durante mais de um mês. A última comunicação com a sonda teve lugar dia 8 de Agosto. A Deep Impact é a missão de investigação cometária mais viajada da história, percorrendo cerca de 7,58 mil milhões de quilómetros.

"A Deep Impact foi uma fantástica e duradoura sonda, que produziu bem mais dados do que estávamos à espera," afirma Mike A'Hearn, investigador principal da Deep Impact na Universidade de Maryland em College Park. "Revolucionou o nosso conhecimento dos cometas e suas actividades."

Ilustração da sonda Deep Impact.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

A Deep Impact concluiu com sucesso a sua ousada missão original de seis meses em 2005, quando investigou tanto a superfície como a composição interior de um cometa. A posterior missão prolongada levou-a a passar por outro cometa e a fazer observações de planetas em torno de outras estrelas entre Julho de 2007 e Dezembro de 2010. Desde aí, a nave espacial tem sido continuamente usada como um observatório planetário espacial para capturar imagens e outros dados científicos de vários alvos de oportunidade com os seus telescópios e instrumentos.

Lançada em Janeiro de 2005, a sonda viajou 431 milhões de quilómetros até às proximidades do cometa Tempel 1. A 3 de Julho de 2005, lançou um objecto impactante que essencialmente foi "atropelado" pelo núcleo do cometa no dia 4 de Julho. O impacto provocou a ejecção de material da superfície do cometa para o espaço, onde foi examinado pelos telescópios e instrumentos da sonda transeunte. Dezasseis dias depois do encontro, a equipa da Deep Impact colocou a sonda numa trajectória que a fez passar pela Terra no final de Dezembro de 2007 e a colocou a caminho de outro cometa, o Hartley 2, em Novembro de 2010.

Imagem do Cometa Tempel 1 tirada 67 segundos de ter obliterado a sonda Impactor da Deep Impact. A imagem revela características topográficas e possivelmente crateras impacto há muito tempo formadas.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UMD
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Seis meses após o lançamento, esta nave espacial já havia completado a sua missão planeada de estudar o cometa Tempel 1," afirma Tim Larson, gestor do projecto Deep Impact no JPL. "Mas a equipa científica continuava a encontrar coisas interessantes para fazer, e através da sua criatividade e com o suporte do Programa Discovery da NASA, a Deep Impact manteve-se activa por mais de 8 anos, produzindo resultados surpreendentes ao longo do caminho."

A missão estendida da nave culminou no sucesso da passagem rasante pelo cometa Hartley 2 a 4 de Novembro de 2010. Ao longo do caminho, também observou seis estrelas diferentes para confirmar o movimento de planetas em órbita, e capturou imagens e dados da Terra, da Lua e de Marte. Estes dados ajduaram a confirmar a existência de água na Lua, e tentaram confirmar a assinatura do metano na atmosfera de Marte. Uma das suas sequências de imagens mostra uma deslumbrante passagem da Lua sobre a face da Terra.

Trânsito lunar da Terra.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
 

Em Janeiro de 2012, a Deep Impact capturou imagens e estudou a composição do distante cometa C/2009 P1 (Garradd). Obteve imagens do cometa ISON este ano e recolheu novas imagens deste mesmo objecto em Junho.

Após perder contacto com a sonda no mês passado, os controladores da missão passaram várias semanas a tentar enviar comandos para reactivar os seus sistemas de bordo. Embora a causa exacta da perda não seja conhecida, a análise revelou um potencial problema com a marcação de tempo do computador que poderá ter levado à perda de controlo da orientação da Deep Impact. Isto afectaria então a posição das suas antenas de rádio, tornando a comunicação difícil, bem como a orientação dos seus painéis solares, que por sua vez impediriam a sonda de receber energia e permitiriam com que as frias temperaturas do espaço arruinassem os equipamentos de bordo, essencialmente congelando os seus sistemas de propulsão e baterias.

"Apesar deste inesperado desfecho, a Deep Impact alcançou muito mais do que alguma vez imaginámos ser possível," afirma Lindley Johnson, executivo do Programa Discovery na sede da NASA, também executivo da missão. "A Deep Impact virou completamente o que pensávamos que sabíamos sobre cometas e também forneceu um tesouro de dados planetários adicionais que serão fonte de investigação para os próximos anos."

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
05/11/2010 - "Flyby" da missão EPOXI revela imagens do cometa Hartley 2
02/11/2010 - Sonda "Deep Impact" passa pelo cometa Hartley 2 a 4 de Novembro
25/09/2009 - Água pode agarrar-se à superfície da Lua
03/06/2009 - Nova técnica poderá revelar planetas extrasolares com água
22/08/2007 - Será que a vida começou nos cometas?
07/02/2006 - Detectada água na superfície de um cometa
13/09/2005 - Primeiros resultados científicos da Deep Impact
12/07/2005 - Um conto de um cometa
08/07/2005 - Mais imagens do ferido cometa Tempel 1
04/07/2005 - "Deep Impact" é um sucesso explosivo!
01/07/2005 - Para lá do "Impacto": possíveis alvos
28/06/2005 - "Impacto Profundo" aproxima-se
10/06/2005 - Deep Impact busca segredos dos cometas
31/05/2005 - Preparando para o impacto
11/01/2005 - Quebra-cometas é lançado amanhã

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
NASA - 2 (comunicado de imprensa)
Space Daily
SPACE.com
Universe Today
PHYSORG
National Geographic
Discovery News
The Verge
AstroPT

Deep Impact:
NASA
Wikipedia

Missão EPOXI:
Wikipedia
NASA
NASA - 2

Cometa Tempel 1:
Wikipedia
Gary W. Kronk's Cometography

Cometa Hartley 2:
Wikipedia

Cometa ISON:
Wikipedia
NASA
Gary W. Kronk's Cometography

 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - IC 4628: Nebulosa do Camarão
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: ESO; Reconhecimento: Martin Pugh
 
A Sul de Antares, na cauda da constelação rica em nebulosas, Escorpião, fica situada a nebulosa de emissão IC 4628. Estrelas vizinhas quentes e massivas, com apenas alguns milhões de anos de idade, irradiam a nebulosa com luz ultravioleta, retirando electrões dos átomos. Os electrões eventualmente recombinam-se com os átomos para produzir o brilho nebular visível, dominado pela emissão avermelhada do hidrogénio. A uma distância estimada de 6000 anos-luz, a região mede cerca de 250 anos-luz de comprimento, cobrindo uma área equivalente a quatro Luas Cheias no céu. A nebulosa também está catalogada como Gum 56, em honra ao astrónomo australiano Colin Stanley Gum, mas os astrónomos amantes de marisco podem conhecer esta nuvem cósmica como a Nebulosa do Camarão.
 

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