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Edição n.º 983
06/08 a 08/08/2013
 
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EFEMÉRIDES

Dia 06/08: 218.º dia do calendário gregoriano.
História:  Em 1961 era lançada a Vostok 2 pela União Soviética, levando a bordo o cosmonauta Gherman Titov, o primeiro voo soviético com a duração de um dia.
Em 1996, a NASA anuncia que o meteorito ALH 84001, que se pensa ser originário de Marte, continha evidências de formas de vidas primitivas. No entanto, actualmente os resultados são tidos como inconclusivos e insuficientes.
Em 2012, o rover Curiosity aterra na superfície de Marte.

Observações: A pequena constelação de Escudo, perto da cauda de Águia, é ténue a olho nu mas impoirtante devido ao seu campo super-rico que passa pela Via Láctea e pelos seus objectos de céu profundo, particularmente M11 e M26.
Lua Nova, pelas 22:51.

Dia 07/08: 219.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1959 o Explorer 6, com uma massa de 64,4 kg, torna-se no primeiro satélite a enviar fotos da Terra de órbita. 

Em 1976, a Viking 2 entra em órbita de Marte.
Em 2000, uma equipa internacional de pesquisa planetária descobre em Epsilon Eridani, a apenas 10,5 anos-luz da Terra, um novo planeta gasoso.
Observações: As duas estrelas mais brilhantes do Verão são Vega, quase no zénite após o anoitecer, e Arcturo a Oeste. A um-terço do caminho entre Arcturo e Vega está o ténue semicírculo da Coroa Boreal. A dois-terços está a constelação de Hércules.

Dia 08/08: 220.º dia do calendário gregoriano.
História: Em 1576, é colocada a pedra angular do observatório Uranienborg de Tycho Brahe, em Ven, Dinamarca.
Em 1989 era lançado o STS-28. A quarta missão secreta do Departamento de Defesa americano. Tempo de duração: 5 dias, 1 hora, 0 minutos e 8 segundos. 

Observações: A chuva de meteoros das Perseídas está a crescer! Deverá atingir o pico nas noites de Domingo e Segunda. Este ano a Lua põe-se cedo, por isso não incomoda à observação das estrelas cadentes.

 
CURIOSIDADES


Última contagem de planetas extrasolares confirmados: 927 planetas (em 715 sistemas planetários, 144 destes são sistemas com planetas múltiplos).

 
PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DO CURIOSITY EM MARTE
Esta cena combina sete imagens da câmara telefoto no lado direito da Mastcam do rover Curiosity.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Malin Space Science Systems
(clique na imagem para ver versão maior)
 

O rover Curiosity da NASA faz hoje um ano [terrestre] em Marte e já atingiu o seu principal objectivo científico de revelar se Marte pode ter suportado vida. O laboratório móvel está também orientando projectos para futuras missões planetárias.

"Os sucessos do nosso Curiosity - aquela aterragem dramática de há um ano e os resultados científicos desde então - levam-nos em frente na exploração, incluindo o envio de humanos a um asteróide e Marte," afirma o administrador da NASA, Charles Bolden. "As marcas de rodas vão levar-nos no futuro a pegadas."

O rover Curiosity usou a câmara de navegação (Navcam) no seu mastro para capturar esta imagem no 347.º dia marciano, ou sol, do veículo em Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
(clique na imagem para ver versão maior)
 

Depois de inspirar milhões de pessoas em todo o mundo com a sua aterragem bem-sucedida numa cratera do Planeta Vermelho a 6 de Agosto de 2012, o Curiosity já enviou mais de 190 gigabits de dados, mais de 36.700 imagens completas e 35.000 imagens em miniatura, lançou mais de 75.000 disparos de laser para investigar a composição de alvos, recolheu e analisou amostras de material de duas rochas, e percorreu mais de 1,6 km.

Os membros da equipa do Curiosity no JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, irão partilhar memórias sobre a dramática aterragem e sobre a missão global num evento que poderá ser seguido no stream online da NASA TV, entre as 15:45 e as 17:00 de hoje, 6 de Agosto (hora de Portugal). Imediatamente depois, entre as 17:00 e as 18:30 (hora de Portugal), a NASA TV fará um directo a partir da sede da NASA em Washington. Este evento irá contar com a participação de funcionários da NASA e membros da tripulação a bordo da Estação Espacial Internacional, à medida que observam o aniversário do rover e discutem como as suas actividades e outros projectos robóticos ajudam à preparação de uma missão tripulada a Marte e a um asteróide. Os seguidores das redes sociais podem submeter as suas questões no Twitter e no Google+ com antecedência e durante o evento usando a hashtag #askNASA. Para seguir a conversa online sobre o primeiro ano do Curiosity em Marte, use a hashtag #1YearOnMars ou siga @NASA e @Mars Curiosity no Twitter.

O Curiosity, que tem o tamanho de um carro pequeno, viajou 699 metros nas últimas quatro semanas desde que deixou um grupo de alvos científicos onde trabalhou mais de seis meses. O rover está a dirigir-se para a base do Monte Sharp, onde irá investigar as camadas inferiores de um montanha que se eleva a 5,5 km do chão da cratera.

Algumas curiosidades do rover Curiosity.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
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A nave MSL (Mars Science Laboratory) da NASA e o seu sistema de aterragem por guindaste aéreo sem precedentes colocou o rover Curiosity em Marte perto da base do Monte Sharp. A montanha expôs camadas geológicas, incluindo aquelas identificadas por sondas marcianas como originárias de ambientes húmidos. O rover aterrou a cerca de 1,6 km do centro de uma área-alvo cuidadosamente escolhida com 20 quilómetros de extensão.

Os cientistas decidiram primeiro investigar afloramentos mais próximos, onde a missão rapidamente encontrou sinais de fluxos antigos. Estes foram os primeiros depósitos de seixos examinados de perto em Marte.

Evidências de um ambiente passado bem adequado à vida microbiana surgiram nos primeiros oito meses da missão principal com a duração planeada de 23 meses, a partir da análise da primeira amostra de material já recolhido através de perfuração de uma rocha em Marte.

A distância total percorrida pelo rover Curiosity, que passou os 1,6 km poucos dias antes do primeiro aniversário da aterragem em Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
(clique na imagem para ver versão maior)
 

"Sabemos agora que Marte já teve condições favoráveis à vida microbiana há milhares de milhões de anos atrás," afirma John Grotzinger, cientista do projecto da missão, do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. "O sucesso tem sido gratificante, mas também aguçou o apetite de saber mais. Esperamos que estas atraentes camadas do Monte Sharp preservem uma grande diversidade de condições ambientais que possam ter afectado a habitabilidade."

A missão mediu os níveis de radiação natural na viagem até marte e está monitorizando a radiação e o clima à superfície de Marte, o que será útil para a concepção de futuras missões tripuladas ao planeta. A missão Curiosity também encontrou evidências de que Marte perdeu a maior parte da sua atmosfera original através de processos que ocorreram no topo da atmosfera. A próxima missão a Marte, a MAVEN (Mars Atmosphere and Volatile Evolution), está sendo preparada para lançamento previsto para Novembro e vai estudar esses processos na atmosfera superior.

Links:

Cobertura da missão do rover Curiosity pelo CCVAlg:
23/07/2013 - Artigos relatam pistas do passado atmosférico de Marte
09/07/2013 - Rover Curiosity começa viagem até Monte Sharp
07/06/2013 - Cientistas calculam exposição à radiação durante viagem a Marte
04/06/2013 - Seixos comprovam antigo leito de rio em Marte
21/05/2013 - Rover Curiosity da NASA perfura segundo alvo
19/03/2013 - Rover Curiosity vê tendência em presença de água
15/03/2013 - Rover da NASA descobre que Marte já teve condições para suportar vida
05/02/2013 - Curiosity perfura rocha marciana pela primeira vez
18/01/2013 - Curiosity prepara-se para primeira perfuração marciana
28/12/2012 - Rover Curiosity passa Natal na "Casa da Avó"
11/12/2012 - O futuro do Curiosity: mapeamento montanhoso
04/12/2012 - Rover da NASA completa primeira análise de solo marciano
06/11/2012 - Rover Curiosity encontra pistas de mudanças na atmosfera de Marte
02/11/2012 - Curiosity analisa primeiras amostras de solo marciano
02/10/2012 - Curiosity descobre que tempo em Marte é surpreendentemente quente
28/09/2012 - Rover Curiosity descobre antigo leito na superfície marciana
21/09/2012 - Rover Curiosity aponta armas para rocha invulgar na sua viagem
07/09/2012 - Rover Curiosity começa actividades com o seu braço robótico
31/08/2012 - Curiosity começa viagem para Este
28/08/2012 - Curiosity envia incrível imagem em alta-resolução do Monte Sharp
21/08/2012 - Laser e braço do Curiosity passam primeiros testes
10/08/2012 - Curiosity envia 1.º panorama a cores
07/08/2012 - Curiosity aterra em Marte!
03/08/2012 - Rover Curiosity: tudo ou nada
31/07/2012 - Aterragem de rover marciano segue grande tradição dramática com 40 anos
17/07/2012 - Rover Curiosity a caminho da aterragem no início de Agosto
20/12/2011 - Rover marciano da NASA começa pesquisa no espaço
25/11/2011 - Como é que o Curiosity vai para Marte? Com muito cuidado
22/11/2011 - Mega-rover pronto para pesquisar sinais de vida em Marte
05/07/2011 - Rover Curiosity poderá subir monte com altura do Kilimanjaro

Notícias relacionadas:
NASA (comunicado de imprensa)
Universe Today
SPACE.com
PHYSORG
redOrbit
The Planetary Society
Jornal de Notícias
diáriodigital

NASA TV:
NASA
USTREAM

Twitter:
NASA
Curiosity

Rover Curiosity (MSL):
NASA
NASA - 2 
NASA - 3
Wikipedia

Marte:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
ASTERÓIDE APONTADO COMO PROVÁVEL FONTE DO METEORO RUSSO

Quem tem estado a fazer tiro ao alvo à Terra? Um novo estudo mostra como um aglomerado de rochas com 200 metros de diâmetro, visto pela primeira vez por cientistas em 2011, pode ter criado o meteoro Chelyabinsk que explodiu sobre a Rússia no início deste ano.

Se estiver correcto, isto significa que podemos ter que monitorizar possíveis impactos de outros fragmentos do aglomerado, que ainda estão por aí, em órbita do Sol.

O meteoro que explodiu sobre a Rússia a 15 de Fevereiro, espalhando detritos em toda a região de Chelyabinsk e que feriu centenas, surgiu como uma surpresa inesperada. Desde então, investigadores traçaram-no até à família Apollo de asteróides, mas ninguém o tinha ligado a um determinado membro do grupo.

O meteoro de Chelyabinsk provocou danos quando explodiu.
Crédito: Zuma/Rex Features
 

Agora, Carlos de la Fuente Marcos e seu irmão Raul, ambos da Universidade Complutense de Madrid, Espanha, estão a apontar o dedo ao asteróide 2011 EO40. Com cerca de 200 metros de largura, é uma rocha - ou conjunto de rochas - anteriormente catalogada como potencialmente perigosa pelo Centro de Planetas Menores da União Astronómica Internacional em Cambridge, Massachusetts, EUA.

Primeiro, usaram uma simulação de computador para criar percursos orbitais hipotéticos em torno do Sol, que teriam cruzado com a Terra no momento em que o meteoro caiu. Depois, procuraram numa base de dados de asteróides conhecidos aqueles que poderiam ter produzido rochas que seguem as órbitas. A correspondência mais próxima é com 2011 EO40.

A maioria dos asteróides não são rochas sólidas, mas sim aglomerados de rochas que gradualmente se fragmentam com o passar dos éones. "A maioria dos asteróides são pilhas de escombros, muitos frágeis," explica Carlos. Por isso os irmãos também simularam a desintegração de um objecto do tamanho de 2011 EO40 e mostraram que poderia produzir um fragmento do tamanho do objecto de Chelyabinsk, que teria um impacto com a Terra no tempo correcto.

Observações futuras de 2011 EO40 podem ajudar a confirmá-lo como o pai de Chelyabinsk. A análise da reflexão da luz permitiria combinar a sua composição com fragmentos do meteorito recolhidos na Rússia. O envio de uma sonda para recolha de amostras do asteróide é a única maneira de ter a certeza, mas essa é uma missão extremamente dispendiosa, o que torna improvável que aconteça. "A abordagem mais barata, mas não totalmente conclusiva, terá de momento que ser suficiente," realça Carlos.

Se 2011 EO40 é realmente o pai do meteoro de Chelyabinsk, observações futuras também devem ajudar a prever se tem quaisquer irmãos ainda em órbita, que também podem representar uma ameaça à Terra, acrescenta. "Um censo exacto desta população pode ajudar-nos a prever impactos semelhantes no futuro."

Satélites viram a chegada do meteoro.
Crédito: EUMETSAT
 

Jorge Zuluaga da Universidade de Antioquia na Colômbia, que traçou o meteoro de Chelyabinsk até à família de asteróides Apollo, adverte que 2011 EO40 ainda tem de ser confirmado como pai. E mesmo que seja, não está muito preocupado com mais impactos.

"Eu não acho que este asteróide em particular seja mais perigoso que outros na lista," afirma. Ele também realça que, em qualquer caso, o próprio asteróide não está em rota de colisão directa com a Terra.

Entretanto, outros cientistas estão trabalhando para reunir a órbita do meteoro Chelyabinsk através de métodos diferentes. Um estudo recente por Simon Proud da Universidade de Copenhaga, Dinamarca, descobriu fotos de satélite que mostram como o meteoro era visto do espaço, à medida que riscava a nossa atmosfera.

Links:

Núcleo de Astronomia do CCVAlg:
08/03/2013 - Actualização do meteoro russo
26/02/2013 - Cientistas calculam órbita e origens de bola de fogo russa
19/02/2013 - Impacto de asteróide na Rússia: actualização e avaliação
15/02/2013 - Explosão de meteoro nos céus da Rússia

Notícias relacionadas:
Artigo científico (formato PDF)
Nature
NewScientist
Space Daily
physics central

2011 EO40:
Centro de Planetas Menores da UAI
Wikipedia

Evento Chelyabinsk - 2013 (meteorito Chebarkul):
Wikipedia
Wikipedia (meteorito Chebarkul)

Meteoros, meteoritos:
Núcleo de Astronomia do CCVAlg
Wikipedia

 
TAMBÉM EM DESTAQUE
  Um cemitério cometário (via Royal Astronomical Society)
Uma equipa de astrónomos da Universidade de Antioquia, Medellin, Colômbia, descobriu um cemitério de cometas. Os investigadores, descrevem como alguns destes objectos, inactivos durante milhões de anos, regressaram à vida, o que fez com que o grupo fosse denominado 'cometas Lázaro'. Ler artigo científico ou ler fonte
     
  Descoberta nova classe de enxame estelar (via Universidade de Swinburne)
Enxames estelares com propriedades nunca antes vistas foram descobertos por uma equipa internacional de astrofísicos. Usando dados do Hubble do Observatório Keck no Hawaii, os cientistas encontraram vários enxames com tamanhos e massas que não se sabia anteriormente existirem. Ler fonte
 
ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS - Superfície de Io: Em Construção
(clique na imagem para ver versão maior)
Crédito: Projecto GalileuJPLNASA
 
Tal como o centro de uma cidade, a superfície de Io está sempre em construção. Esta lua de Júpiter tem a distinção de ser o corpo com maior actividade vulcânica do Sistema Solar - a sua superfície bizarra está constantemente a ser formada e reformada por fluxos de lava. Compilada utilizando dados de 1996 obtidos pela sonda Galileu da NASA, esta imagem em alta resolução está centrada no lado de Io que fica sempre de costas para Júpiter. Foi manipulada digitalmente para realçar o brilho da superfície de Io e suas variações de cor, revelando características tão pequenas quanto 1,5 km de diâmetro. A notável ausência de crateras de impacto sugere que toda a superfície é coberta com novos depósitos vulcânicos muito mais rapidamente do que o ritmo de formação de crateras. O que leva a esta potência vulcânica? A fonte provável de energia são as mudanças gravitacionais de maré provocadas por Júpiter e pelas outras luas galileanas à medida que Io orbita o gigante gasoso. Aquecendo o interior de Io, as marés geram actividade vulcânica sulfurosa.
 

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